Fazendo quadrinhos para ler no celular ou “mobile comics”, ou “webtoon”, ou qualquer nome que você queira dar para este tipo de narrativa.
Desde que eu propus o #desafioFliptru eu falei que queria fazer uma história em quadrinhos com um tipo de narrativa diferente focada para leitura no celular. Neste vídeo eu trago o processo de criação desta narrativa.
É minha primeira tentativa de criar uma narrativa nesse formato, ainda acho que o resultado final vai ser um pouco diferente do que eu mostro no vídeo. Preciso estudar e entender melhor como funciona o fluxo de leitura na tela, mas poder explicar e expor esse primeiro processo foi muito educativo, no meu ponto de vista.
Quem sou eu para falar de quadrinhos para ler no celular?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Você sabe que o tom de voz faz parte de um bom diálogo, certo? E um bom diálogo pode fazer sua história ter uma recepção muito melhor entre os leitores.
Para um diálogo ser bom ele precisa ter alterações nas emoções de quem está conversando. É por isso que o tom de voz dos personagens é tão importante, porque ele pode ajudar, e muito, a passar estas emoções à quem está recebendo a história.
Mas como representar o volume de uma fala visualmente? Como mostrar tom de voz na narrativa visual de quadrinhos?
Dando continuidade ao assunto Som nos Quadrinhos, o qual abordei anteriormente aqui no blog, vou falar um pouco sobre como representar o volume da voz dos personagens através dos balões de fala.
Todos conhecemos a forma tradicional de representar a fala nos quadrinhos. Os balões de fala são uma marca registrada da nona arte.
Manipulando esses balões conseguimos demonstrar o tom de voz dos personagens em um diálogo.
Tamanho da letra para alterar tom de voz
Quero começar mostrando que, por incrível que pareça, sem nem mudar o forma tradicional do balão, podemos mudar o volume da fala de um personagem.
Observe estes três exemplos.
Aqui eu utilizei três formas diferentes de balão, mas todos poderiam ser idênticos.
O que realmente está fazendo a diferença nos três exemplos é o tamanho da fonte (letra) e sua força (negrito ou normal).
Somente alterando isso conseguimos um resultado interessante na diferença entre a sensação de volume da voz de quem está falando, certo?
Isso porque estamos representando visualmente uma coisa que não pode ser vista, apenas ouvida.
Então, se alguém fala mais alto, você ouve mais, correto? Se fala mais baixo, você tem maior dificuldade de ouvir, não é mesmo?
Da mesma forma que uma letra maior e mais forte, em negrito, vai ser muito mais visível do que uma letra média. Já uma letra menor, será levemente mais difícil de ler do que uma letra média.
Pensando dessa maneira, fica muito mais simples “aumentar” o volume agora. Vamos para O GRITO!
Formato do balão de fala para alterar volume
Veja o exemplo abaixo.
Através de formas assimétricas e pontiagudas, conseguimos passar a sensação de desconforto que um volume muito alto de som traria aos nossos ouvidos.
O mesmo acontece com a visibilidade.
Um som muito alto é muito audível, assim como essa forma assimétrica vai chamar mais a atenção na página de quadrinhos, ser mais visível e vai causar um certo desconforto visual.
E se quisermos “abaixar” o volume?
Veja o exemplo abaixo.
Para os sussurros continuamos utilizando os mesmos conceitos que utilizamos para os gritos.
Um volume baixo vai ser difícil de ouvir, então usamos as linhas interrompidas no formato do balão para diminuir sua visibilidade.
Também diminuímos o tamanho da fonte, para continuar dificultando a leitura.
Um sussurro é algo que mal podemos ouvir, então deve ser algo que vemos com uma certa dificuldades na representação visual.
Tudo isso eu explico de forma prática no vídeo abaixo.
Um ponto importante…
Toda vez que falo sobre certas ferramentas da narrativa visual faço questão de fazer um disclaimer.
A narrativa visual de quadrinhos possui muitas ferramentas que já estão no imaginário coletivo e nos ajudam a passar as sensações que queremos para nossos leitores.
A partir destas ferramentas nós criamos o nosso próprio jeito de fazer isso. Um estilo pessoal de contar histórias com quadrinhos.
É importante lembrar que para conseguir criar o seu próprio jeito é preciso estudar e entender os conceitos da linguagem muito bem.
Então lembre-se: estude e pratique essas ferramentas até que encontre o seu próprio estilo.
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Uma das principais competências que uma pessoa que faz quadrinhos precisa desenvolver é a narrativa visual de quadrinhos, também conhecida como narrativa gráfica.
Eu costumo publicar muito conteúdo falando sobre os conceitos e as teorias por trás dessa competência “quadrinística”.
Só que precisamos colocar em prática esses conceitos e teorias, senão elas não são de nenhuma serventia.
O que percebi é que nunca mostrei como fazer o exercício, apenas falei sobre ele e deixei em aberto.
Então resolvi fazer um vídeo demonstrando o passo-a-passo desse tal exercício para praticar narrativa visual de quadrinhos e todas as suas teorias, conceitos e técnicas.
Quem sou eu para falar de narrativa visual de quadrinhos?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Sempre recebo perguntas sobre as coisas que uso para fazer quadrinhos.
Qual o software? Que fonte para os textos dos balões? Qual o material para desenho? E muitas outras.
Por isso no vídeo dessa semana no meu canal eu me esforcei pra falar sobre o máximo de coisas que uso na criação das minhas HQs.
Fiz até um índice na descrição do vídeo para que seja uma espécie de “vídeo de fácil consulta”. Assim vou postar o link dele toda vez que alguém me perguntar sobre estas coisas.
Quem sou eu para falar o que uso para fazer quadrinhos?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Quem sou eu para falar como lidar com muito texto nos balões de fala?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Ver a página pronta nas mãos logo depois de ter concluído a arte final com caneta ou nanquim é uma sensação incrível. Mas e depois disso? Como escanear e limpar uma página de quadrinhos?
Essa resposta eu já estava devendo já faz algum tempo para meus alunos do curso online, então resolvi mostrar como eu faço isso através de um vídeo.
Como é o processo?
Usando um scanner comum eu digitalizo (ou “escaneio”) a página em Preto e Branco e com uma resolução de no mínimo 300 dpi.
Isso porque é preciso um tamanho de imagem grande, principalmente se você pensa em imprimir esse trabalho no futuro.
Mas mesmo que você publique apenas online, uma resolução alta ajuda na hora de tratar e limpar a imagem.
A imagem da página está exatamente assim quando vem do escaner:
A primeira coisa que faço é duplicar a camada onde essa imagem está, para criar uma “folha” em branco no fundo.
Não é extremamente necessário para essa fase da limpeza, mas pode ajudar na hora de colorir ou colocar os tons de cinza.
Depois é hora de usar os “levels”.
A ferramenta de correção de níveis de tonalidade está presente em praticamente qualquer programa de edição de imagem e, pra mim, é onde acontece a mágica de limpar uma página de quadrinhos.
É importante experimentar e testar ajustando os níveis nessa ferramenta até que a imagem fique com o contraste que você quer.
O branco mais branco (tipo propaganda de sabão em pó) e o preto mais preto!
Para finalizar, basta pegar a ferramenta de “borracha”, também presente em qualquer programa de edição de imagem e começar a apagar e corrigir o que você quiser na imagem.
De forma bem básica, é isso que você precisa fazer. No vídeo eu demonstro visualmente como tudo isso que expliquei aqui no texto funciona. Então aconselho a assistir para ter uma ideia melhor do processo.
O resultado final ficou assim:
O quanto você vai modificar, limpar ou alterar a imagem final fica a seu critério.
Neste exemplo pouquíssima coisa mudou, além da limpeza de manchas e a alteração dos níveis. Mas já dá pra notar a diferença.
O negócio é experimentar e colocar em prática essas dicas para melhorar com o tempo e com a experiência!
Quem sou eu para falar como escanear e limpar uma página de quadrinhos?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Neste vídeo eu apresento cinco dicas para fazer histórias curtas.
Estou sempre falando a importância de começar a fazer quadrinhos através de histórias curtas, por isso fiz mais um vídeo abordando o assunto.
Criar histórias curtas não é fácil, mas se você tiver um foco e entender sobre estrutura de histórias pode fazer um ótimo trabalho!
Segue a transcrição completa do vídeo.
Transcrição do vídeo “5 dicas para fazer histórias curtas”:
Olá, aqui é o Marcus Beck.
No vídeo anterior eu falei sobre como estruturar uma história curta usando uma das minhas HQs como exemplo prático.
Para dar continuidade nesse assunto eu resolvi procurar algumas dicas para criação de histórias curtas.
E aqui estão algumas delas.
Dica número um: limite-se a um personagem principal.
Em uma HQ curta você não terá tanto espaço para desenvolver um grupo de personagens e talvez ainda menos para trabalhar nos coadjuvantes da sua história.
Então busque trabalhar com um protagonista com uma motivação clara.
Imagine uma história de 20 páginas, você não poderá gastar metade só apresentando personagens e suas características e motivações.
Por isso, limite sua história em um personagem principal.
Você irá precisar de coadjuvantes para auxiliar a história, mas não tente desenvolve-los demais.
Dica número dois: use os três atos.
Eu falei mais sobre os três atos no vídeo anterior, vou deixar o link na descrição aqui em baixo e nos cards aqui em cima.
Agora que você já limitou sua história a um personagem, vamos pensar em qual é o conflito ou situação que ele vai enfrentar.
Seguindo a mesma lógica da dica anterior, não tente colocar muitos conflitos em uma mesma história curta.
Escolha um conflito desse personagem e como ele irá fazer para supera-lo e trabalhe isso em sua HQ.
Assim que você tiver escolhido o conflito, você precisa pensar em como a situação irá se desenrolar para que o personagem resolva o conflito, de preferência mudando de alguma forma durante o processo, e como você vai fechar a história.
Relembrando os três atos…
Primeiro ato: apresente o personagem e o conflito.
Segundo ato: o personagem se desenvolve em torno do conflito e a história chega no clímax.
Terceiro ato: o clímax leva o conflito a ser resolvido.
Dica número três: escreva toda a história em uma tacada só.
O que quero dizer com isso é, uma história curta não deve ser muito complexa, deve ter uma ideia geral simples e você provavelmente já sabe como começa e como termina, pelo menos.
Então pegue um lápis ou vá para o computador e escreva tudo que vai acontecer na história de uma vez só.
Não escreva como um roteiro, simplesmente descreva a história toda.
Essa com certeza não será a versão final da sua história curta, mas é o momento onde você começa a fazer sua história acontecer.
No momento que você começa a escrever a história ela começa a tomar forma e fica mais fácil definir as cenas, os conflitos, você começa a “conhecer” o personagem.
Escreva o que vier na cabeça e verá que isso ajuda muito no desenrolar da história.
Depois disso, você começa a transforma-la em um roteiro de quadrinhos.
Dica número quatro: mantenha um caderno de ideias.
Não precisa ser um caderno físico, mas um lugar onde você mantem suas ideias.
Eu costumo guardar tudo em um software de documentos na nuvem, tipo o Evernote ou o Google Drive.
Quando eu tenho uma ideia eu vou direto lá e começo a escrever.
As vezes até esqueço que coloquei por lá…
Uns meses atrás eu encontrei no Evernote uma ideia que tinha escrito em 2015.
A história já estava toda escrita lá, só não tinha os diálogos bem definidos, mas dizia o que deveria ter em cada um.
Agora eu estou trabalhando nela para fazer mais uma HQ curta para publicar no meu Instagram.
Se eu não tivesse escrito em algum lugar essa ideia mais de três anos atrás, provavelmente eu nunca lembraria que algum dia eu tinha pensado nessa história.
Por isso eu deixo essa dica aqui, mantenha um caderno de ideias! Mesmo que a ideia lhe pareça boba agora, anote, porque você pode revisitá-la e usá-la no futuro.
Neste vídeo eu explico como fazer história em quadrinhos usando o exemplo prático da HQ que fiz durante o mês de Outubro no desafio Inktober.
No final da transcrição do vídeo tem o link para leitura da HQ completa.
Transcrição do vídeo:
Olá, aqui é o Marcus Beck!
Estou de volta depois de um mês intenso com a produção do meu projeto do Inktober, o meu Comictober.
Talvez você tenha acompanhado, talvez não, mas eu entrei no desafio Inktober deste ano.
Em resumo, Inktober é um desafio de arte onde você deve fazer um desenho por dia durante todo o mês de outubro.
Vou deixar um vídeo no card aí em cima e na descrição do vídeo onde explico melhor o que é esse desafio.
Bem, como eu adoro fazer história em quadrinhos, resolvi modificar o desafio e fazer um Comictober.
Ou seja, durante todo o mês de outubro eu fiz uma página de quadrinhos por dia e postei no meu Instagram e aqui no Youtube.
Vou deixar o link para os vídeos que postei no card aqui em cima e na descrição do vídeo, se você quiser dar uma olhada.
Não é fácil fazer história em quadrinhos do zero. Principalmente quando você tem um número exato de páginas pré determinado.
Para dificultar ainda mais o que já estava difícil, eu resolvi que a história ia ser muda, ou seja, sem falas, o que exige ainda mais na hora de criar a narrativa visual.
Desse jeito eu conseguiria colocar em prática tudo que falo sobre narrativa visual de quadrinhos aqui no canal.
No ebook, o passo número um para fazer história em quadrinhos é a ideia!
Antes de começar a história é preciso ter o argumento dela.
Eu tive algumas ideias gerais da história que queria contar, mas não conseguia me decidir.
Cheguei a começar a rascunhar uma outra ideia, mas tomando um café da manhã com a minha namorada dois dias antes de começar o desafio, eu contei pra ela a minha ideia e não senti firmeza na reação…
Pra quem já leu o ebook, uma das dicas que dou é apresentar sua ideia de história para algumas pessoas e receber feedback do que pode ser melhorado.
Bem, o feedback dela não foi dos melhores.
Então começamos um brainstorm, ou seja, discutimos várias possibilidades de ideias para a história.
Como ela ama cachorros, todas as ideias dela incluiam os animaizinhos…
Até que ela sugeriu a história do cão de rua.
Fomos evoluindo a ideia durante a conversa até que decidi que essa seria a escolhida!
E pronto! O passo um da criação dessa HQ estava concluído.
Chegamos ao segundo passo para fazer história em quadrinhos: Os personagens!
A ideia geral era de um cachorrinho abandonado que passaria por situações ruins nas ruas até que alguém o encontrasse e o adotasse.
São pelo menos dois personagens: o cachorro e a pessoa que o adotaria.
Comecei pelo cachorro, meu personagem principal.
Três anos atrás nós adotamos o Chico, que você talvez já tenha visto em alguns dos vídeos aqui do canal, e ele foi a base para a criação do nosso cãozinho de rua.
Olha o chico aí!
Ele foi encontrado com sua ninhada em uma caixa na beira da estrada e foi daí que surgiu a ideia para a primeira parte da história.
Essa é uma dica que costumo dar na criação de personagens. Quando você usa alguém que já existe como referência, acaba sendo mais fácil.
Bem, agora faltava a pessoa que iria adotar o cachorro. Eu queria que fosse uma mulher, mas não tinha certeza ainda de como ela seria.
Só que ela só iria aparecer no final e bem rapidamente, então não precisaria gastar tanta energia desenvolvendo detalhes dela.
Além disso, eu já estava com o prazo apertado, pois faltava apenas um dia para começar o desafio.
Acabei deixando essa personagem para pensar depois.
Passei para o passo três para fazer história em quadrinhos , o roteiro.
Eu tinha um número fixo de páginas, que é a mesma da quantidade de dias do mês de outubro, 31.
Como eu falo no ebook, gosto de fazer o roteiro da HQ no modelo “layout” ou rascunho. Onde já rascunho como a página vai ficar enquanto desenvolvo os detalhes da história.
É nessa parte que defino a narrativa visual da minha história em quadrinhos.
Já era a noite final do dia 30 de setembro e eu tinha rascunhado boa parte das páginas, mas precisava começar a desenhar a primeira.
Então, mais uma vez por causa do prazo, precisei deixar um dos passos da criação da HQ incompleto.
Passei para o passo final, o desenho das páginas.
Como estou desenhando de forma digital e já fiz boa parte do roteiro rascunhado direto no computador, desenhar as páginas era basicamente melhorar os rascunhos e fazer a arte-final.
Só que inventei de publicar o making of de cada página aqui no meu canal durante todo o desafio. Isso acabou criando muito mais estresse do que eu imaginava.
Precisava gravar a tela durante todo o processo de desenho e depois editar o vídeo para aumentar a velocidade e adicionar uma trilha sonora que fizesse sentido com o que aquela página estava querendo dizer.
Eu escolhi a dedo cada trilha sonora para atingir esse objetivo.
Eu gostei do resultado, mas foi muito, mas muito trabalhoso.
Eu continuei fazendo esse processo por todo o mês de outubro, até que cheguei na parte onde deveria voltar aos passos anteriores.
Ou seja, desenvolver os personagens que faltavam e o final da história.
Estou pensando em fazer um vídeo explicando como eu estruturei a história dentro das 31 páginas. O que acha dessa ideia? Me fala nos comentários se quer ver um vídeo sobre isso!
Ah, pode me contar o que achou dessa história também. Quero saber a sua opinião!
Bem, se inscreva no canal, ative o sininho para receber notificações quando sair novos vídeos e dê um like se gostou do vídeo!
Sempre recebo comentários nos meus vídeos pedindo dicas de como desenhar cenários em histórias em quadrinhos. Esse não é um assunto simples, por isso resolvi começar pelo básico: Perspectiva.
Nesse vídeo dou uma introdução à perspectiva e falo algumas dicas para praticar a criação de cenários.
Sobre cenários em histórias em quadrinhos
Não existe uma resposta fácil e muito menos um jeito fácil de criar cenários.
Existem muitas coisas importantes sobre criação de cenários. Você precisa aprender a obervar os lugares e tentar simplificá-los em formas geométricas, por exemplo. Mas antes de qualquer outra coisa o que você realmente precisa aprender para começar a fazer cenários para seus quadrinhos é perspectiva.
Então eu vou falar um pouco sobre perspectiva básica aplicada à cenários aqui.
Perspectiva de um ponto. A perspectiva linear com apenas um ponto de fuga é uma perspectiva de um ponto. O ponto de fuga normalmente aparecerá na parte central da cena.
Perspectiva de dois pontos. A perspectiva linear que usa dois pontos de fuga é chamada de perspectiva de dois pontos. Cenas na perspectiva de dois pontos normalmente têm os pontos de fuga colocados na extrema esquerda e na extrema direita.
Perspectiva Multi-ponto. A perspectiva linear não precisa se limitar a um ou dois pontos de fuga. Uma cena pode ter vários pontos de fuga, dependendo da complexidade do assunto. Por exemplo, a perspectiva de três pontos é semelhante à perspectiva de dois pontos; tem pontos de fuga à esquerda e à direita no horizonte. Além disso, existe um terceiro ponto de fuga abaixo ou acima do horizonte.
Quer mais?
Aguardo seu comentário com dúvidas, sugestões e me dizendo se você quer ver mais vídeos tutoriais como esse sobre cenários e desenho de quadrinhos em geral.
Na hora de contar uma boa história nada é mais importante do que sobre quem ela nos fala. Personagens interessantes fazem parte de histórias interessantes. Mas como criar bons personagens?
Lembrando que criar quadrinhos é contar uma história através de imagens e texto. Por isso eu sempre indico que se estude sobre estrutura de história na hora de começar a criar uma HQ.
Desenvolver personagens interessantes é o maior desafio em qualquer história, não apenas nos quadrinhos.
Já falei um pouco sobre esse tópico no post sobre os 3 erros que cometi criando HQs, mas esse assunto não é simples o suficiente para apenas um item em um post ou até para apenas um ou dois textos.
Então vou levantar mais alguns pontos sobre criação de personagens.
Nem todos esses pontos são obrigatórios para que um personagem seja bom, mas podem ser combinados e adaptados para dar forma à sua criação.
Personagens que geram empatia
Um bom personagem deve gerar empatia no seu leitor. Mas o que é empatia?
Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.
Simplificando. É uma maneira de dizer que o leitor deve conseguir se colocar, de um jeito ou de outro, na pele do personagem.
Se o seu leitor conseguir sentir o que seu personagem sente ou se colocar no lugar dele, a chance de que ele se envolva mais com sua história e queira continuar acompanhando é muito maior.
O leitor pode até não gostar do seu personagem, mas se entender os seus motivos ou seus sentimentos tem mais chance de se interessar pela história.
Personagens com grande capacidade de execução ou geniais
Personagens gênios, que são muito bons em algo ou que executam uma tarefa com maestria podem chamar muito a atenção dos leitores.
Esses personagens são interessantes pelas suas qualidade de execução e não necessariamente pela sua personalidade adorável.
Muito provavelmente a sua genialidade não gere muita empatia do leitor, porque gênios costumam ser muito excêntricos, mas isso será compensado pela vontade de vê-lo executando algo ou colocando suas habilidades incríveis em prática.
Nos quadrinhos temos o exemplo do Batman, um detetive gênio e estrategista, mas um ser humano sombrio e abalado por seus traumas do passado.
Temos também aqueles com grande capacidade de execução de alguma tarefa, porém com uma personalidade mais leve e de mais fácil identificação. Que geram mais facilmente uma empatia do leitor.
Personagens com falhas de caráter
Esse é o tópico que já comentei no post 3 erros que cometi criando HQs. As fraquezas do personagem são parte fundamental do que o deixa interessante.
Citando meu próprio texto:
O leitor precisa se identificar com os personagens que está lendo e fica muito difícil isso acontecer se ele é um ser humano ideal, cheio de virtudes e sem nenhuma falha de caráter.
Um personagem “perfeito” deixa a história chata. Para ser interessante é preciso que o personagem tenha falhas e cometa erros.
Voltamos ao primeiro tópico agora, falando sobre empatia.
Como seres humanos nós tendemos a nos identificarmos com coisas parecidas conosco. E seres humanos possuem falhas. Simples assim.
Por isso não conseguimos acreditar em personagens sem falhas. Eles não são críveis, não parecem reais o bastante.
Mas quais falhas poderíamos usar?
Podemos ter um personagem preguiçoso, mentiroso, covarde ou qualquer outra falha que nós todos podemos ter.
O importante é que se forme o caráter do personagem tanto com qualidades como com fraquezas.
Essas falhas podem (e devem) ser exploradas para ajudar na evolução do personagem durante a história, mas esse é outro tópico que quero abordar em um conteúdo futuro aqui no blog.
Alguns exemplos…
Vou finalizar mostrando alguns personagens que combinam os tópicos que mostrei aqui.
Lembrando que são apenas alguns dos itens importantes, servem mais para começo de conversa sobre criação de personagens interessantes.
Que tal analisarmos o exemplo anterior, o Batman. Ele possui muitas qualidades como detetive, estrategista, lutador, etc. Mas também possui falhas como problemas de relacionamento e traumas de infância que o deixam com mais facilidade de gerar empatia dos leitores.
Entretanto, o que mais chama a atenção nele é sua capacidade de execução e genialidade.
Queremos ver o Batman usando suas qualidades para resolver os problemas que enfrente. É isso que chama tanta atenção nesse personagem. Ele é genial.
No caso do Superman, temos um personagem formado somente de virtudes. Ele praticamente não tem falhas de caráter, apesar de ser um personagem icônico.
Talvez por isso muitas das histórias criadas com esse personagem acabem não sendo tão interessantes. Ele é o arquétipo do ser humano perfeito, aquele que não existe. Isso torna o trabalho dos escritores ainda mais complicado.
Mesmo assim, grandes roteiristas de quadrinhos criaram grandes histórias para esse personagem. Isso mostra o quanto eles são ótimos story tellers, ou contadores de histórias.
Uma das histórias do Superman que me chama a atenção é exatamente sobre suas possíveis fraquezas. Falo dos quadrinhos de Injustice. Nessa história ele comete uma falha e passa a não acreditar mais nas virtudes do mundo. Isso faz com que ele acabe se tornando um ditador tirano.
Bem, é isso por hoje. Como eu já comentei, esse é um começo de conversa sobre criação de personagens interessantes para nossas histórias em quadrinhos.
Se você quer mais conteúdo sobre esse assunto, deixe um comentário aí embaixo!