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5 dicas (mais uma extra) para deixar seu personagem cativante

Sempre me perguntam sobre como deixar um personagem mais atrativo ou cativante.

Como fazer com que os leitores se interessem pelos personagens, como fazer com que eles queiram acompanhar as aventuras de um determinado personagem.

Bom, existem muitas coisas que fazem um personagem ser querido pelos leitores, ser um personagem cativante.

Por isso neste vídeo eu resolvi abordar algumas dessas coisas.

Nele eu dou cinco dicas (mais uma extra) para deixar seu personagem cativante e fazer com que os leitores se interessem e se identifiquem com ele.

Links úteis para você

Quem sou eu pra falar de personagem cativante?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso ComoCriarHQ.com. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Como registrar seu personagem

Neste post vou responder uma pergunta que recebo o tempo todo por email e por mensagens: devo registrar meu personagem?

A maioria das pessoas que mandam essas mensagens me falam a mesma coisa.

“Tenho medo de que copiem meu personagem / minha história em quadrinhos”.

Mas será que registrar seu personagem no EDA (Escritório de Direitos Autorais) vai garantir que ele não seja copiado?

Eu fiz um vídeo explicando como é o processo de registro de obras visuais na Biblioteca Nacional e também discutindo algumas questões sobre o assunto.

Um pouco de história

Quando eu comecei a publicar quadrinhos na internet era ainda adolescente no final dos anos 90. Essa mesma pergunta que todos me fazem eu me fazia também naquela época.

“E se alguém copiar meu personagem? Copiar a minha ideia de história?”

Cheguei a pesquisar sobre o assunto na época e confesso que era muito mais difícil encontrar informações sobre isso.

Cheguei a pesquisar sobre o assunto na época e confesso que era muito mais difícil encontrar informações sobre isso.

Mesmo assim descobri como devia fazer, mas a situação financeira que eu vivia na época não me permitiu fazer essa loucura.

Mas por que seria uma loucura?

O momento da verdade sobre registro de personagens

Bem, era uma loucura na época porque ninguém nesses 20 anos que se passaram jamais tentou copiar ou se apropriar do personagem que criei.

Os direitos autorias vão ajudar você em processos judiciais contra usos indevidos da sua obra.

Ou seja, vão te ajudar se você processar alguém por uso indevido da sua criação.

Entrar com uma ação judicial contra alguém que usou indevidamente seu trabalho é algo que demanda tempo e dinheiro.

Isso quer dizer que se você não foi lesado financeiramente, ou seja, a pessoa que usou indevidamente seu trabalho ganhou dinheiro com ele, provavelmente não vai valer a pena entrar com um processo na justiça.

De forma resumida, o registro do seu personagem não necessariamente vai garantir que ele não seja copiado ou usado por terceiros.

E sobre a minha ideia de personagem ou hq?

Lembra o que eu acabei de relatar sobre os 20 anos sem ninguém ter se apropriado comercialmente da minha “grande ideia”?

É isso que vai acontecer com autores independentes que estão começando a publicar suas histórias agora.

Nós costumamos achar que nossas ideias são incríveis e únicas e que precisam ser protegidas com nossa vida, se preciso for.

Só que aprendi com os anos que uma ideia por si só não tem valor. A execução dela é que vale alguma coisa.

Isso não vale apenas para quadrinhos, mas para qualquer coisa.

Ter a ideia para uma história incrível não vai valer nada se você não for para sua mesa de trabalho e começar a executar.

Não é uma ideia que vale algo, é a criação que você faz a partir dela.

Então antes de se preocupar em registrar seu personagem, foque em criar sua história, desenvolver bem o seu personagem, praticar e estudar para melhorar seus desenhos e assim por diante.

Quando chegar o momento em que você tenha criado e executado algo que realmente tenha valor comercial, você pode começar a se preocupar com os direitos autorais de sua obra.

Até lá, publique sua HQ online sem medo.

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Quem sou eu pra falar sobre registro de personagem?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Seus personagens mudam?

Pessoas mudam, então seus personagens também precisam mudar durante sua história em quadrinhos.

Venho falando bastante sobre criação de personagens nos meus conteúdos e cada vez mais percebo que é um assunto que não tem fim!

Sempre podemos melhorar nosso conhecimento sobre esse tema e consequentemente melhorar os personagens que criamos.

No vídeo dessa quinzena no meu canal do Youtube o assunto foi esse.

Neste vídeo eu falo um pouco sobre a necessidade de conseguir que o leitor se relacione com seus personagens e como a mudança que a história vai obrigar o personagem a fazer tem a ver com isso.

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Quem sou eu pra falar sobre seus personagens?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Criando bons personagens para sua história

Na hora de contar uma boa história nada é mais importante do que sobre quem ela nos fala. Personagens interessantes fazem parte de histórias interessantes. Mas como criar bons personagens?

Lembrando que criar quadrinhos é contar uma história através de imagens e texto. Por isso eu sempre indico que se estude sobre estrutura de história na hora de começar a criar uma HQ.

Desenvolver personagens interessantes é o maior desafio em qualquer história, não apenas nos quadrinhos.

Já falei um pouco sobre esse tópico no post sobre os 3 erros que cometi criando HQs, mas esse assunto não é simples o suficiente para apenas um item em um post ou até para apenas um ou dois textos.

Então vou levantar mais alguns pontos sobre criação de personagens.

Nem todos esses pontos são obrigatórios para que um personagem seja bom, mas podem ser combinados e adaptados para dar forma à sua criação.

Personagens que geram empatia

Um bom personagem deve gerar empatia no seu leitor. Mas o que é empatia?

Segundo o site Significados:

Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.

Simplificando. É uma maneira de dizer que o leitor deve conseguir se colocar, de um jeito ou de outro, na pele do personagem.

Se o seu leitor conseguir sentir o que seu personagem sente ou se colocar no lugar dele, a chance de que ele se envolva mais com sua história e queira continuar acompanhando é muito maior.

O leitor pode até não gostar do seu personagem, mas se entender os seus motivos ou seus sentimentos tem mais chance de se interessar pela história.

Personagens com grande capacidade de execução ou geniais

Personagens gênios, que são muito bons em algo ou que executam uma tarefa com maestria podem chamar muito a atenção dos leitores.

Esses personagens são interessantes pelas suas qualidade de execução e não necessariamente pela sua personalidade adorável.

Muito provavelmente a sua genialidade não gere muita empatia do leitor, porque gênios costumam ser muito excêntricos, mas isso será compensado pela vontade de vê-lo executando algo ou colocando suas habilidades incríveis em prática.

Nos quadrinhos temos o exemplo do Batman, um detetive gênio e estrategista, mas um ser humano sombrio e abalado por seus traumas do passado.

Temos também aqueles com grande capacidade de execução de alguma tarefa, porém com uma personalidade mais leve e de mais fácil identificação. Que geram mais facilmente uma empatia do leitor.

Personagens com falhas de caráter

Esse é o tópico que já comentei no post 3 erros que cometi criando HQs. As fraquezas do personagem são parte fundamental do que o deixa interessante.

Citando meu próprio texto:

O leitor precisa se identificar com os personagens que está lendo e fica muito difícil isso acontecer se ele é um ser humano ideal, cheio de virtudes e sem nenhuma falha de caráter.

Um personagem “perfeito” deixa a história chata. Para ser interessante é preciso que o personagem tenha falhas e cometa erros.

Voltamos ao primeiro tópico agora, falando sobre empatia.

Como seres humanos nós tendemos a nos identificarmos com coisas parecidas conosco. E seres humanos possuem falhas. Simples assim.

Por isso não conseguimos acreditar em personagens sem falhas. Eles não são críveis, não parecem reais o bastante.

Mas quais falhas poderíamos usar?

Podemos ter um personagem preguiçoso, mentiroso, covarde ou qualquer outra falha que nós todos podemos ter.

O importante é que se forme o caráter do personagem tanto com qualidades como com fraquezas.

Essas falhas podem (e devem) ser exploradas para ajudar na evolução do personagem durante a história, mas esse é outro tópico que quero abordar em um conteúdo futuro aqui no blog.

Alguns exemplos…

Vou finalizar mostrando alguns personagens que combinam os tópicos que mostrei aqui.

Lembrando que são apenas alguns dos itens importantes, servem mais para começo de conversa sobre criação de personagens interessantes.

Que tal analisarmos o exemplo anterior, o Batman. Ele possui muitas qualidades como detetive, estrategista, lutador, etc. Mas também possui falhas como problemas de relacionamento e traumas de infância que o deixam com mais facilidade de gerar empatia dos leitores.

Entretanto, o que mais chama a atenção nele é sua capacidade de execução e genialidade.

Queremos ver o Batman usando suas qualidades para resolver os problemas que enfrente. É isso que chama tanta atenção nesse personagem. Ele é genial.

No caso do Superman, temos um personagem formado somente de virtudes. Ele praticamente não tem falhas de caráter, apesar de ser um personagem icônico.

Talvez por isso muitas das histórias criadas com esse personagem acabem não sendo tão interessantes. Ele é o arquétipo do ser humano perfeito, aquele que não existe. Isso torna o trabalho dos escritores ainda mais complicado.

Mesmo assim, grandes roteiristas de quadrinhos criaram grandes histórias para esse personagem. Isso mostra o quanto eles são ótimos story tellers, ou contadores de histórias.

Uma das histórias do Superman que me chama a atenção é exatamente sobre suas possíveis fraquezas. Falo dos quadrinhos de Injustice. Nessa história ele comete uma falha e passa a não acreditar mais nas virtudes do mundo. Isso faz com que ele acabe se tornando um ditador tirano.

Bem, é isso por hoje. Como eu já comentei, esse é um começo de conversa sobre criação de personagens interessantes para nossas histórias em quadrinhos.

Se você quer mais conteúdo sobre esse assunto, deixe um comentário aí embaixo!

Até a próxima!