Isso tem acontecido já faz algum tempo no meu emprego.
Não reclamo.
O meu “day job” é que paga as contas no final do mês… inclusive as da Fliptru.
Pra compensar a culpa por ter passado tempo demais no escritório, passo uma hora correndo pela casa brincando com minha filha até a exaustão… do pai, nunca da criança.
Depois disso, janta, higiene bucal, banho e uma ajudinha pra dormir. Pronto, ela está na cama.
Já passa das onze horas da noite.
Olho pro sofá e penso: vou me jogar lá e assistir meia hora de documentários aleatórios na TV.
Não posso assistir nada que eu não possa perder partes, tipo uma série ou um filme, já que a maior probabilidade é de que vou dormir assistindo.
Costumo assistir coisas como Alienígenas do Passado ou algo sobre o antigo Egito.
Mas pouco antes de finalmente me jogar na frente da TV e ter meu merecido descanso, lembro da vontade imensa que estou de completar a série Tailer.
Terminar essa história vai me liberar e me dar o aval psicológico que preciso para começar algo novo.
Talvez isso só faça sentido na minha cabeça, mas é assim que é.
Ainda faltam pelo menos umas 100 páginas pra chegar lá, mas me sinto mais perto do que longe do objetivo final.
Tenho trabalhado nas páginas em cada segundo livre durante o dia, mesmo eles não sendo muitos.
Então vou até o escritório, lugar o qual já passei a maior parte do meu dia, e ligo o computador e a mesa de desenho novamente.
Trabalhar nesse quadrinho vale a pena mesmo? Me questiono como sempre, é claro.
Ninguém se importa, porque eu deveria me importar?
Os demônios da autossabotagem não me deixam em paz, mas eu persisto.
Dois personagens desenhados no último quadro da página três. Ainda faltam mais dois e toda a parte de tons de cinza desse quadro que toma metade da página.
Meus olhos começam a fechar sozinhos.
A caneta cai da mão mais de uma vez.
É. Já deu por hoje.
Agora são uma da manhã do sábado. Amanhã tem mais.
O sonho de todo mundo que tem um projeto de aplicativo é vê-lo viralizar e lotar de gente usando, não é? Pois o meu aplicativo viralizou… e não deu conta da quantidade de acessos.
Isso aconteceu com a Fliptru, meu projeto de plataforma de autopublicação de quadrinhos online.
Resolvi escrever esse post para compartilhar um pouco da experiência de ver a Fliptru explodindo de usuários e saindo do ar graças a um vídeo do Youtube.
Também vou aproveitar pra falar de como resolvi o problema de performance que já vinha afetando a plataforma há anos.
Contexto inicial
Quero começar dando um contexto sobre a história e a situação atual da Fliptru.
Sou a única pessoa que mantém esse projeto rodando, financeira e tecnicamente falando. Desenvolvi a plataforma e a mantenho no ar no meu tempo livre.
Sua primeira versão foi implementada em algumas semanas no primeiro semestre de 2019 e a coloquei no ar usando um serviço de hospedagem de $10 onde o banco de dados e o servidor já estavam inclusos.
Manter a plataforma era muito barato e simples neste começo. Pouca gente usando, poucas funcionalidades, baixo custo do serviço de hospedagem…
Então, ainda em 2019, recebi um aviso de que o serviço bom e barato que eu usava ia simplesmente deixar de existir. Me vi na posição de encontrar uma alternativa pra hospedar a Fliptru em poucos meses.
Contratei um amigo que trabalha com infraestrutura para fazer a migração da aplicação para a AWS.
Ele me deu algumas opções incríveis para a infra do projeto.
Opções com auto-escaling, load balancer e etc (guarde essa informação), mas eu não tinha grana o bastante pra pensar em algo tão avançado e TÃO caro.
Então, entre as opções de infraestrutura que ele me apresentou, escolhi a versão mais barata e menos robusta. Só uma máquina EC2 com Docker rodando e o banco de dados eu mesmo resolveria com um serviço de fora da AWS.
No primeiro ano usei um cupom de 100% OFF na AWS, então, nada de custos muito altos.
Nota: a infra do projeto tem mais detalhes e outros serviços que uso, mas não são relevantes para a história que vou contar, então vou deixá-los de lado.
Bem, depois que o cupom de um ano de AWS na faixa terminou, os custos para manter a plataforma no ar subiram de forma expressiva. O que já era previsto.
Enquanto isso o projeto ganhou relevância entre o nicho de quadrinistas independentes e hoje é referência na área graças a comunidade incrível que se formou em volta da Fliptru, o que me deixa super orgulhoso.
O crescimento orgânico
A nossa comunidade é super engajada e ajuda muito a Fliptru a se divulgar e, consequentemente, a crescer.
Nunca gastei um centavo com anúncios pagos nestes mais de quatro anos de projeto. Mesmo assim, crescemos em uma taxa média de mais de 100% ao ano.
Veja o crescimento usual em 28 dias entre um mês (junho/23) e outro (julho/23) no Google Analytics.
São cerca de 14% a mais de usuários de um mês para o outro.
Lembrando que o GA considera usuário como uma pessoa única que visitou a página no período.
Eu gosto muito de acompanhar esse crescimento pelo Google Analytics e ver quantas pessoas estão usando a Fliptru nestes períodos.
Até agosto de 2023 nós, lentamente, ultrapassamos as 20 mil pessoas lendo quadrinhos independentes na Fliptru. Ver isso acontecendo é incrível!
A lentidão da plataforma
Com o crescimento da comunidade, a partir do segundo pro terceiro ano de operação, as primeiras reclamações de lentidão da plataforma começaram a aparecer.
Em horários de pico a experiência de navegação ficava bem mais lenta do que o normal.
Sempre assumi que o problema era que o serviço de banco de dados que eu usava era péssimo.
Eu recebia alguns erros de timeout do banco de dados durante estes períodos… então parecia obvio que eles tinham um serviço instável (guarde mais essa informação).
Cheguei a testar o Datadog para tentar encontrar o gargalo, mas sem sucesso.
Então continuei assumindo que tinha que migrar o banco de dados para resolver esse problema.
Alguns meses atrás eu implementei o Memcached para usar cache pra mitigar esse problema, já que ele estava ficando cada vez pior.
Depois de aprender muito sobre performance e cache, eu pensei ter conseguido um resultado melhor na Fliptru.
Só que algumas requisições ainda demoravam muito durante horários de pico… parecia que eu ia ter que migrar mesmo o banco de dados, mas não tinha tempo e nem dinheiro pra isso por enquanto.
Até que…
O dia em que a Fliptru parou
Domingo, 20 de agosto de 2023.
Os primeiros alertas do Cronitor (serviço que uso para monitorar a Fliptru) começam a pipocar no meu email.
A plataforma está super lenta e saindo do ar o tempo todo.
Fiquei super frustrado mais uma vez com o serviço de banco de dados e ainda mais decidido que estava na hora de migrar para outro provedor, mas não dava pra ser agora.
Soltei um aviso pra comunidade de que, por “problemas em um serviço terceiro”, estávamos com instabilidade na plataforma durante aquele dia.
Eu esperava que seria mais um dos (raros) dias em que o serviço estava fora do ar.
Abri chamados no suporte do serviço de banco de dados e eles responderam que não havia nada de errado da parte deles.
Fiquei com ainda mais raiva deles e fui pesquisar quanto custava servir o banco na AWS e, imediatamente, desisti da ideia porque era financeiramente inviável.
Tinha que ser o serviço do banco de dados, porque eu estava recebendo centenas de erros de timeout deles.
“Amanhã vou tentar umas mudanças de emergência para diminuir a carga no banco.” – pensei ao ir pra cama naquela noite.
O dia depois de ontem
Acordei cheio de ideias para melhorar a performance da aplicação e, pela manhã, fiquei sambando entre executar as tarefas do meu trabalho “9to5” e lidar com a plataforma caindo o tempo todo.
Até que, do nada, resolvi conferir o Google Analytics… e foi isso que eu vi.
Na verdade o que eu vi foi um número inacreditável no bloco “Usuários nos últimos 30 minutos“, eram cerca de 560 pessoas onde normalmente mostrava 50 e poucas.
Fui checar os detalhes de uso e vi que todo mundo estava lendo o quadrinho Sense Life.
Imediamente segui o meu “protocolo de viralização de quadrinho da Fliptru”.
Acessar o Google
Procurar pelo nome do quadrinho que tá viralizando
Encontrar de onde vem o tráfego pra ele
Normalmente acho um post do Twitter apontando pra algum quadrinho que viralizou por lá.
Note que, por eu ter um protocolo de viralização, isso já aconteceu algumas vezes no passado, mas nunca com o tamanho que Sense Life estava tendo naquele momento.
Seguindo meu “protocolo” eu descobri que o canal AniRap tinha lançado um vídeo-clipe em animação com um rap do quadrinho Sense Life.
Nunca tinha ouvido falar desse canal antes, mas ele tem milhões de visualizações em cada vídeo que lança.
E lá estava, na descrição do vídeo o link oficial pro quadrinho Sense Life é o da Fliptru.
Mesmo com nosso link direto lá, provando que as pessoas não leem descrição de vídeo no Youtube, a maioria das pessoas estava achando Sense Life através da busca no Google.
Olha, Sense Life já é um quadrinho com muito mais engajamento na Fliptru do que a média da plataforma, mas depois desse vídeo a coisa virou uma loucura!
Agora eu tinha que dar um jeito de fazer a plataforma aguentar esse tráfego louco!
Tentando, sem sucesso, manter a Fliptru no ar
Adicionar o cache e remover algumas requisições extras até que ajudou a manter a plataforma no ar por mais tempo. Mas não foi o bastante para os horários de pico.
No d+1 (um dia depois do incidente) a Fliptru continuava caindo e sendo péssima de navegar.
Comecei a ficar desesperado… eram milhares de novas pessoas conhecendo meu projeto e essa não era a experiência que eu queria que eles tivessem no primeiro acesso.
Continuei subindo melhorias e alterações de emergência e soltando avisos pra comunidade do que tava acontecendo.
Mas nada realmente concertava o problema.
No d+4, terça-feira, dia 23, eu decidi abandonar o barco.
“Uma hora o hype vai embora e a plataforma vai voltar ao normal.” – pensei.
Nada como deixar o inconsciente resolver o problema
Não me recordo para onde eu estava dirigindo, mas me lembro de qual era o trecho da estrada onde eu estava na hora em que a solução me veio, no meio de uma conversa com a minha esposa.
Depois de tentar “não pensar mais no problema”, lá estava ela… a causa disso tudo surgiu na minha cabeça como se fosse óbvia!
Não só a causa deste problema atual, mas de todo o problema histórico de lentidão da plataforma.
Durante as inúmeras horas procurando formas de otimizar todas as pontas do aplicativo, estudei as configurações do próprio banco de dados para saber se tinha como otimizar algo por lá.
Lá eu vi que 100 conexões era o máximo que o banco aguentava por vez.
E foi aí que eu percebi o que realmente estava causando tudo isso.
Desde os primeiros meses da Fliptru eu quis que os usuários tivessem informações sobre como os leitores estavam consumindo suas obras.
Pra isso eu criei endpoints que coletam dados de uso toda vez que um usuário lê uma página ou acessa detalhes de um quadrinho.
Bom, dezenas de milhares de pessoas estavam lendo Sense Life.
Ficou super claro que o banco era o gargalo sim, mas não por culpa do serviço terceiro que eu usava, mas sim por conta de um decisão de arqutiteura que eu fiz lá no começo da plataforma e nunca mais tive tempo de repensar.
Parecia tão óbvio agora… a falta que faz ter mais de uma cabeça pensando nas soluções, né?
Bom, saber a causa do problema é 50% da solução.
Agora é sentar na frente do computador e achar um jeito de coletar essas informações de uso sem abrir centenas de conexões com o banco de dados ao mesmo tempo.
Custo x benefício
Como eu comentei antes, a pessoa que fez a migração da infraestrutura da Fliptru tinha me oferecido uma arquitetura que seria auto-escalável e não enfrentaria esses problemas.
Eu devia ter escolhido essa solução mais robusta então?
Não. Nem pensar.
Se eu tivesse escolhido ser auto-escalável, a plataforma até não teria caído durante o viralização de Sense Life, mas eu provavelmente teria uma dívida gigantesca no meu cartão de crédito agora mesmo.
Estou falando de milhares de dólares…
Então, vou deixar a plataforma caindo sempre pra não ter que vender um rim?
Também não. Vou resolver de forma barata.
Resolvendo o problema com baixo-custo
Comecei a quebrar o problema em partes e pensar na solução para uma parte por vez.
Primeiro, vou usar uma operação “bulk” para gravar multiplos dados abrindo só uma conexão por vez.
Assim, milhares de usuários acessando ao mesmo tempo vão abrir uma única conexão com o banco de dados para persistir os dados de uso.
Mas como fazer isso?
Preciso acumular os dados em algum lugar temporátio para depois processá-los.
E se eu usasse o Memcached pra isso?
Estou usando esse serviço para “cachear” as coisas que são lidas, mas e se eu usasse ele para gravar dados temporários também?
Bora tentar, afinal, já estou pagando pelo serviço mesmo. E se não der certo, penso em outra solução.
Na prática eu fiz assim…
Memcached é um banco tipo chave-valor, então gravo uma chave de identificação específica com uma lista de dados relacionados ao uso dos leitores.
De tempos em tempos um script agendado persiste estes dados no banco de dados relacional usando uma operação bulk.
Claro que isso gera concorrência, já que enquanto um bloco de dados esta sendo processado ele tem que ficar bloqueado para novos dados.
Para lidar com isso, enquanto um bloco está sendo processado ele tem um “status” que não permite que mais dados sejam registrados nele e o endpoint que grava os dados de uso se vira para abrir um novo bloco ou encontrar um que ainda não começou a ser processado para acomodar os dados temporários.
Uma solução ultra-simples e que não adicionou NENHUM custo novo para a operação da plataforma.
E sabe o que mais?
Mesmo com o declínio do hype de Sense Life, continuamos com 400% mais usuários acessando nossa plataforma todo dia do que tínhamos no horário de pico antes.
Ainda assim, a Fliptru tá voando. Sem lentidão.
Otimização de baixo-custo feita com sucesso!
Conclusão
Bom, esse é o resultado final do caso da viraliação de Sense Life na Fliptru no Google Analytics.
Uau, cem mil pessoas usando minha aplicação… nunca imaginei isso acontecendo.
Agora que achei uma solução para otimizar a platsaforma, estou super feliz com tudo isso que aconteceu.
Aprendi muita coisa sobre caching e performance.
O estresse valeu a experiência e o resultado final.
Agora, bola pra frente e bora continuar levando a Fliptru além dos seus limites.
Existe, para mim, uma grande diferença entre quadrinho impresso e quadrinho digital. E não é apenas o lugar onde a pessoa vai ler a história.
São duas formas bem diferentes de consumo de histórias em quadrinhos.
Nesta semana eu publiquei um vídeo no meu canal do Youtube onde falo um pouco sobre a esta diferença de experiência de leitura entre quadrinhos impressos e quadrinhos digitais.
O vídeo foca especificamente em pensarmos na experiência que nossos leitores terão antes de começar a produzir a história.
Esse tema me fez pensar bastante.
Por que será que vivemos pensando em publicar os quadrinhos de forma impressa? Por que será que muitos de nós tendemos a dar mais valor ao quadrinho impresso do que ao quadrinho digital?
Nós vemos o quadrinho digital como uma forma de divulgar nosso trabalho para criar uma base de leitores e então conseguir publicar impresso de alguma forma no futuro.
Atualmente tenho mudado muito minha visão nesse sentido.
Eu vejo o quadrinho digital como uma nova maneira de curtir boas histórias. É uma mídia diferente, com um público mais amplo e também mais imediatista.
Um público que quer ver coisa nova o tempo todo, afinal qualquer conteúdo de internet precisa ter constância para ganhar relevância.
Tenho pensado sobre isso ultimamente e a Fliptru é a grande responsável por essa reflexão.
Muita gente pergunta se a Fliptru, que é uma plataforma de auto-publicação de quadrinhos digitais, vai se tornar uma editora de quadrinhos impressos… a resposta é não, não tenho essa intenção.
Na verdade eu quero que ela abra caminho para uma nova forma de consumir quadrinhos, consequentemente uma nova forma de vender/comprar quadrinhos.
Como eu falei no vídeo, se eu começasse a criar uma HQ do zero hoje em dia, certamente faria no formato vertical (pergaminho, webtoon) e focaria em entregar capítulos semanais para meu público.
A ideia seria vender estes capítulos semanais em um lugar como a Fliptru. Esse tipo de monetização é uma das coisas que quero permitir que autores façam na plataforma no futuro.
Ainda é um pensamento em início, mas vale levantar o assunto para entender a opinião das pessoas que estão lendo este texto.
Por favor, comente a sua opinião sobre esse tema.
Você acha que o quadrinho impresso tem mais “valor” do que o digital? Você acha que o quadrinho digital é apenas um meio de adquirir público? Ou você acredita que dá pra vender quadrinhos digitais consistentemente?
Temos que conversar sobre isso.
O mercado está mudando, os quadrinhos digitais já tem um apelo maior para a nova geração de leitores que está vindo por aí.
Porque não criar uma cultura de consumo de quadrinhos digitais aqui no Brasil, assim como acontece nos mercados de fora do país?
Sites como Webtoon e Tapas já estão vendendo quadrinhos digitais através de suas plataformas há anos!
Já existem autores e autoras gringos que ganham a vida ou vendendo seus quadrinhos por estes aplicativos ou sendo contratados para criarem quadrinhos exclusivos para estas plataformas.
Todos em um formato exclusivo para a ser lido pelo celular, o chamado formato webtoon.
Então porque nós por aqui ainda estamos tão atrasados em relação à isso?
Isso me faz pensar sobre formas de permitir que isso aconteça, principalmente como criador de uma plataforma de quadrinhos digitais nacionais.
Será que ter ferramentas para vender quadrinhos neste formato pela plataforma é um meio de fomentar esta mudança no mercado nacional?
Uns dias atrás recebi um email de uma das minhas primeiras alunas do curso de quadrinhos HQ na Prática.
Ela falava sobre ter receio de indicar seu quadrinho para as pessoas porque havia melhorado a qualidade da arte desde que publicou os primeiros capítulos e não considerava “bom o bastante” o que tinha feito antes.
Ou seja, de certa forma ela sentia vergonha dos quadrinhos que fez no passado.
Eu entendo esse sentimento, apesar de nunca ter sentido isso exatamente. Porque sempre gostei de publicar tudo que eu tinha disponível desde que comecei.
Foi assim quando lancei a Fliptru em 2019. A primeira coisa que fiz foi lotar meu perfil com quadrinhos que eu produzi mais de uma década antes.
São bons quadrinhos? Deixo que você julgue isso lendo cada um deles e comentando o que acha.
De qualquer forma isso não faz muita diferença, porque sendo bons ou ruins, eles são parte concreta da minha história como quadrinista. São parte do que sou hoje.
Se alguém acha meus quadrinhos um bom entretenimento hoje é porque eu tive anos de produção de quadrinhos com a qualidade (duvidosa) do que eu podia fazer na época.
Materiais baratos e um computador ruim compartilhado com a (grande) família inteira era tudo que eu podia ter.
Uma arte inocente, amadora, com poucas bases para uma boa perspectiva e anatomia, porque nunca tive acesso a cursos de desenho até aquele momento.
Tudo isso poderia ter me impedido de publicar naquela época.
Não impediu.
Talvez porque fossem outros tempos e as redes sociais não existiam, portanto não causavam a “pressão por comparação” que causam hoje.
A gente vê prodígios com artes incríveis publicadas no Instagram ou Facebook e logo pensa: “nossa, não tô nem perto desse nível, melhor esconder minha arte até ficar boa”.
Tenho uma notícia pra você: você nunca vai se achar “bom o bastante”, porque sempre terá gente “melhor” (com aspas enormes aqui) para você se comparar nas redes sociais.
Isso é o que chamo de “pressão por comparação”. Você se pressiona porque se compara constantemente.
Essa pressão é algo que pode ser um incentivo à melhoria constante ou um peso na sua mente que pode acabar te fazendo desistir.
De qualquer forma o ponto desse texto é que tanto você quanto a pessoa ali que é “melhor” passaram por um processo de aprendizado e não devem ter vergonha disso.
Pelo contrário, é muito saudável que isso seja mostrado. Que as pessoas vejam a trajetória e não apenas o destino final, ou melhor, o momento atual, da nossa jornada.
Então exiba com orgulho os quadrinhos que fez no passado e mostre assim sua evolução para todo mundo.
Durante esse processo você vai gerar ainda mais empatia das pessoas que são sua base de leitores. Na verdade você estará criando sua base de leitores e de forma mais firme. Isso é ouro para manter o relacionamento e o crescimento dela.
Não tenha vergonha dos quadrinhos que fez no passado. Nunca.
Resolvi abusar e me dar de presente um “brinquedo” novo, coisa que eu não fazia já tinha muitos anos.
Eu comprei um iPad 7 e uma Apple Pencil para desenhar.
Depois de muita pesquisa, minha mãe me deu a dica: “procura no Mercado Livre”.
Eu sempre fui meio cético com o Mercado Livre, mas a verdade é que consegui economizar mais de mil reais e ainda chegou em poucos dias na minha casa. Fica a dica.
Bem, mas esse post não é sobre o Mercado Livre e também não é sobre meu novo material de desenho.
Tudo isso foi apenas uma introdução para dizer que comecei a me divertir bem mais apenas em desenhar.
Eu sempre considerei o desenho uma ferramenta necessária para contar histórias através dos quadrinhos e dificilmente eu desenhava algo só para me divertir.
Só que com o iPad eu consegui me divertir muito fazendo desenhos aleatórios.
Assim que eu terminava de fazer um desenho, postava no meu Instagram e na comunidade Fliptru com algum texto (alguma crônica sobre o que aquele desenho representava) e já queria partir para o próximo logo.
Depois de relembrar estes personagens menores eu resolvi ir mais longe. Comecei a relembrar personagens de projetos de quadrinhos antigos.
E aí que a diversão começou de vez.
Zanecia
Me lembrei de um projeto de série em quadrinhos de 2004 que eu gostava muito chamado Zanecia.
O capítulo piloto da série, feito em 2004 mesmo, está disponível pra ler na Fliptru.
Aí fiz um desenho (que eu adorei o resultado, impressionantemente) dos personagens principais e me lembrei de parte da história.
Vou citar o que escrevi no post da comunidade Fliptru aqui pra você ver o tanto que consegui lembrar do projeto.
O ano era 2004 e eu tinha passado mais de um ano desenvolvendo um mundo fantástico que servia de base para a história de dois irmãos.
Gostaria de compartilhar com vocês o que eu lembro desta história (que acabou ficando apenas no capítulo piloto) e esse desenho que acabei de fazer dos protagonistas desta HQ esquecida.
Eu perdi todas as anotações, mapas e desenhos que tinha feito naquela época, então vou escrever aqui o que lembro.
Um continente com seu pequeno e litorâneo lado ocidental dividido em cinco reinos (e mais um deserto ao centro que é motivo de disputas por posse e o qual seu povo luta por independência) e seu lado oriental colossal, praticamente desconhecido para todos os habitantes dos reinos.
O que divide os dois lados é uma cordilheira impenetrável. Poucos foram os que conseguirem atravessar de um lado para outro nos últimos séculos.
Nos cinco reinos a magia ancestral domina. Magos que recitam mantras, palavras de poder e desenham símbolos conseguem extrair magia da energia da natureza que os ronda.
Em eras antigas deuses e demônios eram invocados em rituais extremamente difíceis. Eles batalhavam entre si neste território e, dizem as lendas, foram suas batalhas que ergueram a cordilheira e cravaram o grande cânion na região ocidental.
Estas invocações foram banidas há séculos e são pouco comuns nos tempos atuais.
Já o pouco que se sabe sobre o lado oriental é que seu povo domina a energia da natureza sem necessidade de símbolos e conjurações, e que tem uma aparência e cultura diferente dos cinco reinos.
Neste cenário encontramos nossos heróis.
Dois irmãos, um rapaz e uma garota, estão em busca de seu pai que foi sequestrado quando eles eram ainda crianças e levado para o reino sombrio.
Comandado por um rei misterioso, que muitos dizem ser um demônio, esse é o único dos cinco reinos que tem suas fronteiras totalmente fechadas. Ninguém entra e ninguém sai.
Os irmãos buscam pelo ocidental. Um homem que faz parte das histórias do passado recente dos cinco reinos.
Dizem que ajudou treinou e ajudou o líder do povo do deserto a começar a guerra pela independência.
Esse homem oriental é conhecido por ser muito forte, por isso os irmãos acreditam que ele pode ajudá-los a recuperar seu pai do reino sombrio.
Mas antes de encontrarem o oriental, os irmãos acabam interrompendo uma tentativa de invocação de um demônio. Com isso, o ser acaba vindo para nosso plano com um corpo pequeno e apenas parte de suas habilidades.
Esse é o grupo que vai avançar durante a história em busca do pai dos irmãos protagonistas.
Confesso que não lembro o nome dos irmãos, mas o oriental se chama Zan e o mini-demônio se chama Gy, ambos diminutivos dos seus nomes originais.
Bom, isso é parte do que eu lembro de toda essa história.
Eu lembro um pouco mais sobre Hilflos (o nome do deserto) e seu passado recente.
Mas no geral é só isso que sobrou na memória depois de 16 anos…
Espero que tenham gostado de saber mais sobre essa história que infelizmente nunca existiu como uma HQ pra valer.
Ainda hoje, enquanto relembro de todo o contexto dessa história, dos personagens, do desenvolvimento do mundo fantástico em que a história iria acontecer… me dá um pouco de pena de eu ter escolhido avançar com Tailer em vez de Zanecia em 2006.
Porque a questão era exatamente essa. Eu precisava escolher em qual série eu iria dedicar meu tempo livre, que na época era muito mais abundante do que é hoje.
Eu realmente acho que tinha algo muito bom ali.
D.A.P
Bem, vamos continuar com mais uma lembrança de série antiga… agora uma MUITO antiga.
Depois de brincar de desenhar os personagens de Zanecia, eu resolvi relembrar minha primeira webcomic. Ou seja, a primeira história em quadrinhos que eu publiquei na internet.
Eu mal me lembro o ano em que isso aconteceu, mas era por volta de 2000 ou 2001, não tenho certeza.
Mas me lembro do Rui Müller, protagonista da mini-série em três capítulos entitulada D.A.P ou Departamento para Assuntos Paranormais.
Surpreendentemente, também gostei do resultado desse desenho.
Vou citar o texto que postei na comunidade Fliptru aqui também, para você conhecer a história por trás dessa história.
D.A.P. foi minha primeira webcomic.
Se não me engano o ano era 2001.
Eu trabalhava em uma história em quadrinhos por pura diversão (que era o único motivo que eu tinha pra fazer HQ com 14 para 15 anos) até que um colega da escola técnica onde eu fazia o ensino médio descobriu que eu fazia quadrinhos.
Ele estava construindo um site de variedades e pediu para postar minhas histórias lá.
Foi assim que descobri que quadrinhos poderiam alcançar muita gente através da internet.
As pessoas me mandavam emails comentando sobre a história e isso me deixou tão empolgado que resolvi aprender a fazer sites pra publicar todos os meus quadrinhos na internet.
O nome dessa minha primeira webcomic era D.A.P. que é a sigla do Departamento para Assuntos Paranormais da Polícia Federal brasileira.
Esse cara no desenho era o protagonista do quadrinho. Um agente do D.A.P. que se chamava Rui Müller.
Eu mal me lembro dessa história e já perdi todas as páginas dela.
Só lembro que o Rui tinha um poder cinético que emanava das mãos, que dirigia um Scort preto e que morava só com seu cachorro.
Lembro que ele era meio mulherengo (estilo James Bond das antigas) e que estava sempre flertando com duas colegas, uma que o odiava e outra que era mais bobinha (bem clichê, obviamente).
Foi legal relembrar da minha primeira webcomic e fazer essa arte pra me divertir um pouco também.
Foi uma história que me marcou muito. Afinal, foi graças a ela que eu percebi que a internet poderia levar meus quadrinhos para um monte de gente que eu nem conhecia.
Infelizmente eu perdi as páginas (tanto os arquivos digitais como os originais) dos três capítulos dessa história e nem ao menos me lembro direito sobre o que era.
De qualquer forma, ela estará sempre na minha memória.
As que faltaram…
Pra finalizar, as histórias que ainda não fiz um desenho dos personagens. Mas isso ainda pode ser corrigido em algum momento em que eu puder relaxar com o iPad na mão.
Oni’s
Uma bem importante que faltou eu fazer um desenho foi Oni’s.
Oni’s foi uma história longa, chegou a ter dez capítulos, mas é um daqueles projetos longos que você nunca chega a finalizar, sabe?
Olha estes desenhos dos personagens feitos entre 2001 e 2002 (acho).
A única coisa que me lembro sobre a história é que as crianças eram reencarnações de seres muito antigos chamados de Onis.
A milhares de anos (ou seriam centenas, eu não lembro mesmo) existia uma rixa política entre dois países com seres poderosos (magicamente falando).
Eu parei de produzir capítulos exatamente quando ia começar a contar esta história do passado, mas a questão é que eles estavam sempre em guerra.
Agora que todos reencarnaram nos tempos atuais, eles se lembram de suas vidas passadas e se confrontam. Alguns buscando vingança e outros apenas querendo continuar sua guerra do passado.
Acho que era isso… não lembro quais das crianças dos desenhos aí eram reencarnações e quais eram apenas envolvidos acidentalmente na trama.
Apenas o Victor (o menino no meio do fogo ali em cima) e o Ader (o loiro alto) eu sei que eram reencarnações dos seres antigos.
Eu também perdi as páginas dessas história, tanto as originais feitas à mão como suas versões escaneadas… é uma pena.
Bom, de qualquer forma, quem sabe eu faça uma versão 2020 deles também para me divertir.
21
Também faltou falar de mais um projeto da mesma época que Oni’s.
Ele se chamava simplesmente 21 e teve apenas três capítulos, cada um desenhado por um artista diferente.
Eu escrevia o roteiro e achava pessoas que estavam a fim de participar do projeto para desenhar.
O protagonista se chamava Dio Moreno por causa do vocalista de uma banda que eu gosto muito chamada Deftones (Chino Moreno).
Ele era apenas um andarilho em um mundo fantástico que passava de cidade em cidade se metendo em problemas sem querer.
Não era um enredo lá muito diferenciado, na verdade…
Obviamente, eu também perdi as páginas que tinha dessa história. Já viu que eu não era muito cuidadoso com meu material, tanto físico como digital, né.
Só que era um projeto legal por ter sido a primeira vez que eu escrevi um roteiro para outros desenhistas.
Finalizando a nostalgia
Este texto foi muito legal de fazer, porque ele me fez voltar no tempo, assim como os próprios desenhos me fizeram também.
Espero que você também tenha se divertido lendo um pouco sobre as minhas HQs do passado.
Quadrinhos fazem parte da minha vida a muito mais tempo do que isso tudo que falei, ainda poderia comentar parágrafos e parágrafos sobre os projetos que tive antes do ano 2000, mas aí nem eu ia aguentar ver os desenhos dessa época.
Se você leu até aqui, obrigado de verdade! Me deixa um comentário falando que leu tudo só pra eu me sentir melhor de ter investido um tempo pra fazer este texto.
Eu sei que ele é mais divertido de escrever do que necessariamente vai ser para quem está lendo…
Neste vídeo falo um pouco sobre a relação de webcomics e quadrinhos impressos e te dou três motivos para você publicar seus quadrinhos online, você querendo ser quadrinista mais tradicional (impresso) ou mais visionário (webcomics).
Quem sou eu pra falar porque publicar quadrinhos online?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Neste vídeo apresento oficialmente a SEGUNDA EDIÇÃO do DESAFIO FLIPTRU e quais são as regras para que você também participe! Além disso aproveito para mostrar algumas maneiras para ter ideias a partir de um tema, como é necessário para participar deste desafio!
00:00 Intro 00:14 Desafio Fliptru 2 06:45 Regras para participar 07:49 Ideias a partir de um tema 14:47 Converse sobre sua ideia 16:21 Encerramento
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Neste vídeo você vai acompanhar trechos de uma sessão de mentoria feita por mim. Resolvi editar o vídeo para focar no assunto principal da mentoria, que foi como manter o tema durante toda a sua história, mantendo uma continuidade ou unidade durante toda a história.
Quem sou eu pra falar como manter o tema da sua história?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Como lidar com o desânimo ou o obrigação de criar HQ?
Tenho recebido muitos comentários pedindo dicas para lidar com o desânimo ou o sentimento de obrigação na hora de criar as histórias em quadrinhos. Resolvi falar um pouco sobre como eu lido com isso e como você pode lidar com isso também.
Quem sou eu pra falar como lidar com o desânimo ou o obrigação de criar HQ?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Neste vídeo eu abordo uma das dicas que eu mais dou para quem me pergunta como começar a criar quadrinhos. Falo sobre o meu início e sobre fazer ou não grandes sagas com vários capítulos e muitos personagens.
Quem sou eu pra falar como começar a criar quadrinhos?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)