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Preferimos o comodismo

Preferimos o comodismo à qualquer opção que nos force a mudar. Isso é uma afirmação verdadeira para diversas áreas do comportamento humano.

Como ter mais dinheiro? Jogando na Mega Sena em vez de mudar os hábitos financeiros.

Como emagrecer? Tomando uma cápsula todo dia em vez de mudar o que se come nas refeições.

Como crescer profissionalmente? Esperar que o chefe chame para oferecer uma promoção em vez de buscar melhores oportunidades ou tomar a iniciativa.

Isso pode até dar certo para algumas pessoas, mas não é típico.

O natural é escolher sempre o mais cômodo. Buscar uma solução milagrosa e aproveitar a frustração que virá quando ela não resolver o problema para usá-la como desculpa para voltar ao estado anterior de comodismo.

Existem algumas pesquisas que mostram isso. Como essa de 2008 que mostra que cardíacos preferem tomar remédio do que mudar hábitos que poderiam resolver o problema.

O motivo é simples. Mudar dói.

Somos seres extremamente adaptáveis por natureza, sobrevivemos a climas extremos durante a nossa evolução e achamos soluções para nos adaptar nos quatro cantos do mundo.

Apenas conjecturando, talvez seja esse instinto de sobrevivência que nos faça ficar acomodados em uma situação confortável e não escolher algo que possa ser arriscado.

Por que o comodismo é isso, mesmo que você não goste da situação, por mais que incomode, de alguma forma ela é confortável para você. Afinal, você não precisa exercer força para sair de onde está.

Mudar é gastar energia. É ter trabalho. É se esforçar para chegar em algum lugar diferente. E, as vezes, pode não resultar naquilo que se almejava.

Mudar é arriscado. E ainda pode dar errado.

O problema é que normalmente queremos algo diferente. Um corpo diferente, um trabalho diferente, uma situação financeira diferente. Aí entra o conflito de interesses.

Como atingir esse resultado diferente sem ter que me esforçar para chegar lá?

É nesse ponto que se busca soluções milagrosas que poderiam mudar o atual estado sem que se gaste um pingo de energia. Sem esforço nenhum para mudar.

Uma pílula mágica de emagrecimento. Um bilhete premiado de loteria. Uma promoção inesperada de cargo.

Uma lâmpada mágica com um gênio dentro que concede três desejos.

Pode acontecer, mas não é típico.

“Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes” – Albert Einstein.

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O medo da mudança

Tomar uma decisão que muda drasticamente a vida sempre vem acompanhada de uma grande ansiedade e também do medo das consequências dessas mudanças.

O medo em doses controláveis é importante, ele é o responsável por impedir uma pessoa de pular de um prédio, pois tem medo de se machucar. Mas precisamos ter cuidado para que ele não se torne o responsável pela nossa acomodação em uma situação a qual não estamos satisfeitos.

Não ter medo de nada é impossível (e nada saudável), mas ter o controle dele é o que faz com que alguém consiga dar passos em direção ao desconhecido. E é nesse desconhecido que pode estar o verdadeiro caminho, aquele que nos trará felicidade e satisfação.

Acomodar-se é muito fácil. Naturalmente o ser humano tem maior facilidade de “controlar” sua insatisfação do que o seu medo, então a chance de colocarmos a bunda na cadeira e não fazermos nada por medo de perder o que já temos é muito maior do que jogar tudo para o alto e recomeçar num caminho fora do padrão e que, obviamente, irá exigir muito mais de nós mesmos.

Quantas histórias ouvimos de pessoas que tentaram o diferente e perderam tudo? E as que ganharam tudo após essa grande mudança? Sempre existirá a chance de passarmos por muitas dificuldades quando deixamos de lado o estado de acomodação e buscamos um desafio muito maior. Essas dificuldades podem nos derrubar e nos fazer perder tudo, talvez até fazer com que nos arrependamos de ter dado o passo ruma ao desconhecido.

Mas como saber se o desconhecido será uma derrota ou uma vitória se não tomarmos a coragem de matar no peito o medo e experimentar esse caminho? Pode dar certo ou pode dar errado, mas quando lembrarmos que tivemos a coragem necessária para partir nesta jornada sentiremos uma satisfação sem igual.

Vencer ou perder, ambos são pontos de vista. O quanto da vida estaríamos perdendo se ainda estivéssemos acomodados naquela velha cadeira empoeirada esperando…

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Desapego

Nem sempre fui uma pessoa de muitas atividades, quando era adolescente tinha apenas a ilustração como hobby e nada mais. Mas próximo aos vinte anos eu já estava praticando arte marcial e trabalhando com programação. Um pouco depois eu tinha minha banda, estava compondo músicas e fazendo pequenas apresentações com meus companheiros. Logo mais descobri minha paixão por fotografia e em seguida por fazer vídeos… tudo ao mesmo tempo.

Hoje, à beira dos trinta, eu tenho que tomar algumas decisões que me incomodam um pouco. Não é fácil abandonar algumas dessas atividades, as quais sempre tive o interesse de transformar em trabalho e não obtive êxito. Agora o tempo livre não é mais abundante como aos 20 e poucos anos e nesta época da vida, para mim uma época de construção e empreendedorismo, dedicar-se a diversas paixões artísticas ao mesmo tempo é muito complicado. Portanto entendo que preciso me desapegar de algumas delas para seguir o caminho que escolhi, para focar minha energia em um objetivo maior.

Em toda a grande mudança existe uma escolha onde algo vai ter que ficar para trás. Se não desapegarmos do passado ou desse “algo” dificilmente conseguiremos concluir essa mudança que escolhemos assumir para a vida. Desapegar não é fácil, mas é extremamente necessário para seguir em frente e deixar novos caminhos se abrirem para o futuro.

Tome a decisão, mude e desapegue do passado para seguir no caminho que você quer para sua vida.

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De volta à terra da garoa

Pela oitava vez na vida eu mudei de cidade. E pela segunda vez para São Paulo. Já estou me acostumando com as fases de transição que uma mudança de cidade demanda. Mais uma vez estou sem meus materiais de desenho e tenho que me virar com algumas canetas Pitt (Faber Castell) e um caderno de rascunhos que comprei por aqui.

No feriado de carnaval devo voltar à minha antiga cidade e trazer meus materiais de desenho para cá. Aí voltarei a atualizar o blog com desenhos de verdade e não apenas rascunhos.

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Novos materiais

Hoje adquiri alguns novos materiais para experimentar nas minhas ilustrações e quadrinhos. Esse desenho foi feito em papel tamanho A5 e gramatura 180g/m2, arte-finalzado com pincel e bico-de-pena com tinta nanquim preta. O mesmo nanquim foi utilizado para a técnica de aguada que deu os sombreamentos do desenho. É a primeira vez que uso essa técnica… vivendo e aprendendo.

Quem costuma acompanhar meus desenhos vai notar que estou experimentando um estilo diferente de desenho também e não só materiais diferentes.