Existe, para mim, uma grande diferença entre quadrinho impresso e quadrinho digital. E não é apenas o lugar onde a pessoa vai ler a história.
São duas formas bem diferentes de consumo de histórias em quadrinhos.
Nesta semana eu publiquei um vídeo no meu canal do Youtube onde falo um pouco sobre a esta diferença de experiência de leitura entre quadrinhos impressos e quadrinhos digitais.
O vídeo foca especificamente em pensarmos na experiência que nossos leitores terão antes de começar a produzir a história.
Esse tema me fez pensar bastante.
Por que será que vivemos pensando em publicar os quadrinhos de forma impressa? Por que será que muitos de nós tendemos a dar mais valor ao quadrinho impresso do que ao quadrinho digital?
Nós vemos o quadrinho digital como uma forma de divulgar nosso trabalho para criar uma base de leitores e então conseguir publicar impresso de alguma forma no futuro.
Atualmente tenho mudado muito minha visão nesse sentido.
Eu vejo o quadrinho digital como uma nova maneira de curtir boas histórias. É uma mídia diferente, com um público mais amplo e também mais imediatista.
Um público que quer ver coisa nova o tempo todo, afinal qualquer conteúdo de internet precisa ter constância para ganhar relevância.
Tenho pensado sobre isso ultimamente e a Fliptru é a grande responsável por essa reflexão.
Muita gente pergunta se a Fliptru, que é uma plataforma de auto-publicação de quadrinhos digitais, vai se tornar uma editora de quadrinhos impressos… a resposta é não, não tenho essa intenção.
Na verdade eu quero que ela abra caminho para uma nova forma de consumir quadrinhos, consequentemente uma nova forma de vender/comprar quadrinhos.
Como eu falei no vídeo, se eu começasse a criar uma HQ do zero hoje em dia, certamente faria no formato vertical (pergaminho, webtoon) e focaria em entregar capítulos semanais para meu público.
A ideia seria vender estes capítulos semanais em um lugar como a Fliptru. Esse tipo de monetização é uma das coisas que quero permitir que autores façam na plataforma no futuro.
Ainda é um pensamento em início, mas vale levantar o assunto para entender a opinião das pessoas que estão lendo este texto.
Por favor, comente a sua opinião sobre esse tema.
Você acha que o quadrinho impresso tem mais “valor” do que o digital? Você acha que o quadrinho digital é apenas um meio de adquirir público? Ou você acredita que dá pra vender quadrinhos digitais consistentemente?
Temos que conversar sobre isso.
O mercado está mudando, os quadrinhos digitais já tem um apelo maior para a nova geração de leitores que está vindo por aí.
Porque não criar uma cultura de consumo de quadrinhos digitais aqui no Brasil, assim como acontece nos mercados de fora do país?
Sites como Webtoon e Tapas já estão vendendo quadrinhos digitais através de suas plataformas há anos!
Já existem autores e autoras gringos que ganham a vida ou vendendo seus quadrinhos por estes aplicativos ou sendo contratados para criarem quadrinhos exclusivos para estas plataformas.
Todos em um formato exclusivo para a ser lido pelo celular, o chamado formato webtoon.
Então porque nós por aqui ainda estamos tão atrasados em relação à isso?
Isso me faz pensar sobre formas de permitir que isso aconteça, principalmente como criador de uma plataforma de quadrinhos digitais nacionais.
Será que ter ferramentas para vender quadrinhos neste formato pela plataforma é um meio de fomentar esta mudança no mercado nacional?
Neste vídeo falo um pouco sobre a relação de webcomics e quadrinhos impressos e te dou três motivos para você publicar seus quadrinhos online, você querendo ser quadrinista mais tradicional (impresso) ou mais visionário (webcomics).
Quem sou eu pra falar porque publicar quadrinhos online?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Neste vídeo mostro como rediagramar (reorganizar os quadros) de uma HQ para que ela funcione numa postagem do Instagram.
Cada plataforma exige uma experiência diferenciada de narrativa e por isso existe a necessidade de adaptar a obra quando for publicar em plataformas diferentes.
Quem sou eu pra estar fazendo HQ para publicar no Instagram?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Existe uma tendência nas webcomics dos últimos anos, principalmente vindas de autores e autoras de fora do Brasil: uma nova narrativa de quadrinhos para celular.
Quem produz quadrinhos para a internet deve estar sempre de olho nas mudanças na forma como o público recebe a mídia, ou seja, onde os leitores estão lendo suas histórias.
Atualmente existem algumas plataformas diferentes para publicar quadrinhos online.
Por exemplo, no Instagram quadrinistas tem adaptado sua forma de narrar histórias em quadrinhos para usar o esquema de “galeria de fotos” do app.
Com um limite de 10 imagens por publicação, o tipo de história que mais encontramos neste formato são tirinhas.
Só que nesta publicação vou abordar outro tipo de narrativa de quadrinhos para celular, a narrativa que considera a leitura com a rolagem da página para baixo.
Um pouco de história
Quando eu comecei a criar quadrinhos para publicar na internet, no início da década de 2000, os celulares ainda eram aqueles Nokia meio “tijolão”.
Os smartphones ainda não existiam e muito menos a possibilidade de ler quadrinhos através de uma aparelho celular.
Isso não era algo que quadrinistas pensavam na hora de publicar na internet, que ainda engatinhava nesta época.
Só que a partir da criação e, principalmente, da popularização dos smartphones já é um costume das pessoas viver com o celular à mão.
Estão sempre prontos para consumir conteúdo no aparelho a cada pequena pausa, seja na fila para pegar um ônibus ou esperando o jantar chegar no restaurante.
Com isso, a forma como as pessoas leem quadrinhos pela internet também mudou. As pessoas não leem mais quadrinhos na internet exclusivamente pelo computador.
Então temos que mudar a forma como pensamos a narrativa para nos adaptarmos a isso. Na verdade, deveríamos ter mudado até mesmo quando era apenas no computador…
Quem publicava quadrinhos para a internet lá atrás simplesmente replicava o formato dos quadrinhos impressos e publicava nos websites da época. A narrativa página-a-página.
E percebo que aqui no Brasil isso continua acontecendo até hoje.
Inclusive este que vos escreve ainda faz isso.
Por que replicar a narrativa impressa?
Por que continuamos a criar HQs de página-a-página, mesmo quando elas são publicadas na internet e lidas, em sua maioria, através de um aparelho smartphone?
Isso nos leva para uma discussão importante.
Na minha opinião, o quadrinho para a internet ainda é considerado por muitos no nosso país como algo menor, secundário e amador. O mercado nacional ainda marginaliza os quadrinhos que são publicados exclusivamente na internet.
Isso faz com que muitas pessoas que criam quadrinhos usem a internet apenas como uma meio de divulgação do seu trabalho com o objetivo final de conseguir publicar suas histórias através de um livro impresso. Melhor ainda se for por uma editora.
Então por que criar uma narrativa pensando na leitura pelo celular, se o objetivo é ter esse quadrinho impresso no futuro, não é mesmo?
Fora do país já existem muitos quadrinistas recebendo dinheiro de plataformas de quadrinhos para criar obras exclusivas para leitura online.
E mesmo aqueles que publicam suas obras impressas nas plataformas digitais fazem uma adaptação narrativa para a mesma. Porque sabem a diferença que isso traz para a experiência do leitor.
Olha esse exemplo aqui do Jason Brubaker:
Já que nosso mercado ainda é fraco em quadrinhos online, precisamos ser criativos como autores e autoras.
Uma das formas de melhorar nosso lado como criadores de webcomics é começar a pensar nessa experiência de leitura. Isso faz a diferença para o leitor e pode valorizar nossas obras.
Outra forma de valorizar nosso trabalho são as plataformas online que permitem que comercializemos nossas HQs. Mas hoje, a maioria é de fora do Brasil e fica mais difícil competir com os gringos para quem não tem acesso à língua inglesa.
Por isso eu criei a plataforma Fliptru. Para começar a fomentar esse mercado de quadrinhos online brasileiros. E um dos grandes objetivos dessa plataforma é que no futuro a comunidade possa usá-la para ganhar dinheiro com suas HQs online.
Bom, só que fomentar um mercado de quadrinhos online não é uma tarefa de curto prazo. Vamos continuar firmes neste objetivo de trazer mais respeito e potencial de faturamento para as webcomics brasileiras.
Obs: É claro que essa é a minha opinião sobre a motivação de continuarmos criando narrativas impressas para nossos quadrinhos online. Se você tem outro ponto de vista sobre o assunto, me deixe um comentário, por favor.
Qual é a diferença entre a impressa a narrativa de quadrinhos para celular?
A diferença, de forma geral, é a mídia onde o leitor vai receber esse conteúdo.
Um quadrinho impresso tem uma narrativa que considera que o leitor vai consumir uma página inteira primeiro, seguindo um fluxo de leitura quadro-a-quadro, e somente depois da virada de página é que ele começa o fluxo de leitura da página seguinte.
Então temos um espaço físico limitado para criar esse fluxo de uma página (ou duas, afinal a cada virada costumamos dar de cara com duas páginas) e devemos utilizar isso ao nosso favor, para causar diferentes efeitos nas emoções do leitor.
Já a narrativa de quadrinhos para celular tem uma lógica diferente de fluxo de leitura.
Devemos considerar um fluxo vertical constante que causa a sensação de passagem de tempo entre os quadros.
A tela é mais estreita, mas passa a ter um comprimento infinito, graças à rolagem possibilitada pelo celular.
Também devemos considerar que a quantidade de texto deve se adaptar à tela menor de um celular. É muito mais desconfortável ler uma grande quantidade de texto na tela pequena do celular do que impresso em uma folha de papel.
Eu tenho estudado esse estilo narrativa já faz algum tempo e recentemente ficou ainda mais fácil com um material disponibilizado de forma gratuita pela quadrinista e acadêmica de quadrinhos Ale Presser.
A partir do momento que você está livre das limitações de uma revista impressa – onde é necessário aproveitar bem as páginas para contar sua história sem encarecer o valor da publicação – você fica livre para usar áreas de respiro do design da sua história em quadrinhos. Ao ampliar as sarjetas entre um quadro e outro, você ganha a possibilidade de isolar quadros que merecem mais destaque na sua história, ditando um ritmo de leitura ao seu leitor.
Ale Presser em seu Guia para Mobile Comics
Tem muitas dicas e informações sobre esse tipo de narrativa de quadrinhos para celular no ebook que ela disponibilizou chamado Guia para Mobile Comics. Este material é o resultado de sua pesquisa de doutorado.
Vou começar a usar esta narrativa
Eu continuo criando minhas HQs como se fossem impressas, principalmente Tailer, que já vem desde 2006 neste formato.
Mas chegou o momento de experimentar esse novo estilo narrativo.
Nesta semana eu dei início ao #desafioFliptru no meu canal do Youtube. Onde todos teremos três meses para criar uma história em quadrinhos com um tema escolhido pela comunidade.
Resolvi que vou fazer minha entrada neste desafio utilizando esse tipo de narrativa de quadrinhos para celular.
Eu expliquei tudo no vídeo abaixo:
Adaptar para sobreviver
Com tudo isso dito aqui nesta publicação, quero encerrar dizendo que não importa em qual mercado estamos, precisamos sempre nos adaptar às mudanças do mundo.
Como quadrinistas não é diferente.
Conquistar uma base leitores é importante e trazer valor para eles através de uma experiência de leitura ideal para a mídia onde eles vão consumir suas obras é essencial.
Vou continuar estudando e experimentando essas mudanças. Isso vai me trazer mais autenticidade para falar sobre o assunto no futuro. Então, aguarde mais publicações e vídeos sobre narrativa de quadrinhos para celular no futuro.
Até a próxima!
Quem sou eu para falar de narrativa de quadrinhos para celular?
Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:
Entreter através das minhas histórias;
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Esta série é um grande laboratório para mim e a cada capítulo eu experimento coisas diferentes tanto em relação à arte (desenho, arte-final, composição) como também em relação ao storytelling e desenvolvimento de personagens.
Eu gostaria muito de “andar mais rápido” com essa história, publicando mais capítulos em menos intervalo de tempo para ler online.
Tenho tanta coisa para evoluir na história que isso me deixa um pouco ansioso.
Só que o tempo que tenho para me dedicar a criar meus quadrinhos ainda é uma parcela muito pequena da minha semana.
Isso porque:
Preciso pagar minhas contas, então tenho um emprego de pelo menos 40 horas semanais;
Preciso continuar minha missão de ajudar mais gente a criar quadrinhos, então faço um vídeo por semana para meu canal do Youtube.
Preciso continuar dando espaço para que as pessoas possam publicar seus quadrinhos online, então gasto um bom tempo mantenho a plataforma Fliptru sempre com atualizações e correções de problemas.
Bom, acho que já falei demais por aqui. Por enquanto vou continuar lançando um capítulo por mês mesmo.
Você pode saber ou não, mas eu voltei a publicar capítulos da minha história em quadrinhos Tailer desde o final do ano passado.
Foram nove anos de hiato!
Graças aos pedidos da comunidade Fliptru, resolvi continuar esta série que é muito divertida de criar.
Tailer sempre foi uma forma de aprendizado para mim. Foi para deixar esta história melhor que eu resolvi começar a me aprofundar no estudo da criação de histórias em quadrinhos.
Graças a ela aprendi muito e agora é super gratificante continuar essa história.
Mas também é um grande desafio pegar uma história sem uma estrutura definida e sem personagens bem desenvolvidos e aplicar tudo que aprendi nos últimos anos de estudo.
Eu falo um pouco mais sobre Tailer no vídeo que postei hoje no meu canal do Youtube.
ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.
Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.
Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Quando eu anunciei que tinha decidido parar a série o texto terminava assim:
Por ora, meus objetivos são outros. Estou construindo minha vida e preciso retirar certas coisas que não estão me trazendo retorno e crescimento, como jogar ao mar as bagagens para o barco não afundar. Ficar apenas com o útil. Garanto que a coisa mais difícil de deixar para trás agora será desenhar quadrinhos.
Espero ter condições o mais breve possível de dar vida aos meus queridos personagens de Tailer de novo, mas por enquanto, fica meu obrigado aos leitores que acompanharam a série até agora.
19 de novembro de 2010
O pior é que até procurar esta postagem com o anúncio do hiato de Tailer eu tinha certeza de que a série tinha parado em 2011… agora descobri que minha memória me enganou.
Na verdade foi em 2010… nove anos atrás!
Bom, continuar a série era algo que eu queria muito, mas não achava que deveria. Principalmente porque não achava que a história era tão boa assim pra valer a pena o esforço.
Até que lancei a Fliptru em maio deste ano. Uma plataforma para que quadrinistas possam publicar suas obras de forma simples.
Para que a plataforma não começasse vazia, eu coloquei todos os quadrinhos que eu tinha disponível por lá.
Incluindo Tailer.
Para minha surpresa, muita gente comentou que queria mais capítulos da série.
Enquanto eu criava quadrinhos curtos, de no máximo 10 páginas, pra postar no Instagram, as pessoas continuavam pedindo mais Tailer.
Comecei a pensar em voltar a criar páginas… mas ainda não tinha tanta certeza de que valeria o esforço.
O momento em que decidi que Tailer deveria voltar
Uns meses atrás eu estava um pouco estressado com o volume de trabalho que manter o meu canal do Youtube em conjunto com meu emprego estava me causando.
Resolvi então criar algumas páginas de Tailer por diversão. Como um hobby para relaxar um pouco.
Foi tão divertido que continuei e continuei…
Quando vi já estava com quase dois capítulos prontos!
A questão é que eu tenho estudado e praticado tanto a criação de histórias em quadrinhos que passou a ser mais fácil criar as páginas do que era no passado.
Claro que desenhar tudo ainda é trabalhoso, mas é um trabalho gostoso e relaxante.
Além disso, depois de tantas histórias curtas, eu estava com vontade de ter mais espaço para desenvolver os personagens e o enredo de uma história mais longa.
Nada melhor do que colocar em prática com esses personagens que gosto tanto.
Não é a primeira vez que tento voltar com a série
Em 2015 eu queria fazer uma espécie de Graphic Novel com um resumo dos primeiros 12 capítulos de Tailer que havia produzido até 2010.
Meu objetivo era tentar um financiamento coletivo para conseguir publicar a obra de forma impressa.
Cheguei a fechar uma parceria com uma nova startup da época que editava e ajudava a criar financiamentos coletivos para projetos de livros.
Tailer seria o primeiro quadrinho no portfólio deles…
A proposta era ótima, até assinei contrato, mas acabou não indo para frente. A empresa não existe mais nos dias de hoje.
Depois de desenhar cerca de 50 páginas, mais uma vez eu fui tomado pela falta de tempo e pelo desanimo. Acabei desistindo do projeto.
Além da falta de tempo, eu ainda achava que a qualidade não estava tão boa assim.
Um problema comum com todos aqueles que criam arte… o excesso de autocrítica pode ser bem nocivo.
Aprendi muito nesses últimos tempos
Manter um canal do Youtube com conteúdo sobre como criar histórias em quadrinhos me ensinou muita coisa.
Não falo apenas de coisas relacionadas à técnica de narrativa visual, storytelling, etc.
Também me mostrou que mesmo não tendo um traço perfeito, uma história maravilhosa, eu devo continuar criando quadrinhos. Tanto para praticar como para estudar ainda mais sobre o assunto.
A prática é a melhor maneira de estudar e melhorar.
Publicando novos capítulos
É claro que os novos capítulos de Tailer serão publicados na plataforma Fliptru. Afinal, graças aos leitores de lá que a série está de volta!
Pretendo publicar um capítulo por mês, mantendo exclusivo para quem tem uma conta (gratuita) na Fliptru até que o próximo capítulo seja publicado.
Ou seja, a cada capítulo novo o anterior será liberado para o público de fora da plataforma.
Neste sábado eu publiquei a Parte 12 (capítulo 13) da história e já tive vários comentários muito positivos por lá.
Estou feliz com a recepção do pessoal da plataforma.
Por isso falar sobre isso através de uma postagem pra mim é especial.
Espero que você goste de acompanhar os novos capítulos desta minha webcomic e que se divirta tanto lendo como eu tenho me divertido produzindo a história.
Em uma realidade muito distante, uma sociedade formada por corpos celestes vive pacificamente. Até que algo sem precedentes acontece! E somente o Mágico Se pode ajudar a resolver essa grande questão. Escrita por Ítalo Miranda (co-criador do Mágico Se) e com minha arte, essa história em quadrinhos traz uma mensagem muito importante.
Sinopse da HQ “Mágico Se – Divórcio Cósmico”
Continuando com a saga de criar HQs curtas em 2019 para incentivar a participação no #desafioHQcurta2019 (o que tem dado certo, confira aqui) acabei de publicar minha quarta HQ deste ano.
Mágico Se – Divórcio Cósmico tem um diferencial em relação às outras HQs desse ano. Essa é uma HQ em parceria com o estúdio que cria as tirinhas do Mágico Se.
O roteiro dessa história foi escrito por Ítalo Miranda, um dos criadores do personagem Mágico Se.
Ele e sua equipe publicam os quadrinhos do Mágico Se no Instagram. Inclusive o Ítalo já participou de alguns vídeos no meu canal do Youtube falando sobre isso.
Enquanto gravávamos o vídeo pro meu canal é que surgiu a ideia de criarmos uma HQ juntos. Ele pediu para que eu escolhesse qual dos personagens da turma do Mágico Se eu gostaria de trabalhar.
É claro que escolhi meu preferido, o próprio Mágico!
Ele escreveu uma história com uma mensagem muito legal e me fez gostar ainda mais de fazer essa HQ em parceria.
Para conferir como ficou esse trabalho clique aqui e leia com exclusividade na Fliptru!
Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
No final de semana passado eu publiquei minha nova HQ curta chamada Batalha.
A história que esse quadrinho conta é uma representação lúdica da batalha que todos nós artistas independentes lutamos no dia-a-dia.
Muitos artistas vivem de sua arte, mas muitos mais outros ainda não chegaram lá. Esses últimos passam por uma jornada dupla para batalhar contra os “boletos” e ainda assim produzir sua arte.
Mini-documentário “HQ curta em 13 dias”
Como essa história aborda essa parte da nossa vida de artista, faria muito sentido que eu mostrasse como essa vida é no mundo real, não apenas no mundo lúdico da história em quadrinho.
Por isso, durante o processo de criação dessa HQ eu gravei uma espécie de diário de produção em vídeo, ou mini-documentário, mostrando como foi o dia-a-dia da concepção da ideia à produção das páginas.
Para mim, esse mini-doc é um complemento direto à história da HQ. É como se ambos se completassem. O mundo lúdico e o mundo real.
Colocando prazos e meta
Quando comecei a fazer a HQ eu me coloquei um prazo.
Eu quis produzir tudo em apenas duas semanas.
Não que eu precisasse ter um prazo. Afinal, eu publico as HQs de forma independente, gratuita e online. Então ninguém está me cobrando.
Só que colocar um prazo me deixa muito mais focado. É como um desafio.
Você escolhe continuar produzindo em momentos que poderia estar procrastinando.
Isso está bem demonstrado nos vídeos do mini-documentário.
Fazer uma HQ de 10 páginas em apenas duas semanas para alguém com jornada tripla (emprego, quadrinhos e vídeos/curso) não é tão simples assim. Mas essa era a meta, esse era o prazo.
Com “foco, força e fé” eu atingi a meta. Consegui terminar a HQ em 13 dias (14 se contar o dia off que acabei tirando).
Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.
Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.
Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.
Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)
Uma novidade para facilitar quem gosta de ler minhas HQs. A partir de agora coloquei todos os meus quadrinhos para ler em um lugar só, na Fliptru!
Fliptru é uma ferramenta de leitura de quadrinhos e lá você tem acesso a todos para leitura online.
Se você quer publicar sua HQ na plataforma também, tem um link no topo do site da plataforma onde você pode se inscrever para ser autor na Fliptru.
A ferramenta ainda está no começo, mas ela tem uma proposta de ajudar os autores independentes de webcomics a divulgar seu trabalho e ter um espaço simples para que possam publicar todas as suas HQs.
Clique aqui para ir para o meu perfil na Fliptru e veja todos os meus quadrinhos para leitura online.
Nessa ferramenta alguns dos quadrinhos estão marcados como “Privado”, mas basta que você crie uma conta gratuita lá para ter acesso.
No momento tenho todas as minhas HQs curtas e também as minhas séries em quadrinhos disponíveis para ler online.
Magnos (prólogo da série online)
Viajante (Hq curta)
Passageiro (Hq curta)
Cão de Rua (Hq curta)
Tailer (série com 12 capítulos)
Baguadao (Hq curta)
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