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5 dicas (mais uma extra) para deixar seu personagem cativante

Sempre me perguntam sobre como deixar um personagem mais atrativo ou cativante.

Como fazer com que os leitores se interessem pelos personagens, como fazer com que eles queiram acompanhar as aventuras de um determinado personagem.

Bom, existem muitas coisas que fazem um personagem ser querido pelos leitores, ser um personagem cativante.

Por isso neste vídeo eu resolvi abordar algumas dessas coisas.

Nele eu dou cinco dicas (mais uma extra) para deixar seu personagem cativante e fazer com que os leitores se interessem e se identifiquem com ele.

Links úteis para você

Quem sou eu pra falar de personagem cativante?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso ComoCriarHQ.com. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Como criar HQs

Todo personagem precisa de um medo? – Q&A #04 (parte 2)

Neste vídeo respondo várias perguntas sobre como criar quadrinhos, personagens, desenho, e muito mais. Incluindo “Todo personagem precisa de um medo?”.

Assista a PARTE UM clicando aqui.

Perguntas respondidas neste vídeo:

  • Como posso fazer uma capa que além de convencer o leitor de ler a HQ, seja coerente com a história? – Náira Maria
  • Como posso deixar minha HQ mais atraente? – Gabriel Lodge
  • Primeiramente quero agradecer você me incentivou a voltar fazer quadrinhos, não sou escritor mas amo quadrinhos sempre quis fazer minha HQ e já está em andamento. Agora minha pergunta: você cria o roteiro da história todo primeiro ou vai criando por capítulos? – Colecionador Mineiro
  • Marcus, estou sem idéias para minha história; já fiz um Wordbuilding (pelo menos uma boa parte dele), mas não consigo encaixar uma boa história nele; o que você me recomenda? – Sávio Miranda
  • Todo personagem precisa de um medo? – Vitor Cesar
  • Como dar movimento aos personagens? Sinto meus personagens muito estáticos, parecendo manequins. – Hugo Felix
  • Marcus, quando a gente termina uma história como é o processo de encontrar uma editora. Me responde, por favor! – Larissa Leit

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4 dicas para criar o design do seu personagem

Criar personagens interessantes e cativantes para suas histórias não é uma tarefa fácil. A aparência é parte essencial disso. Por isso apresento algumas dicas para criar o design do seu personagem.

São dicas bem básicas, mas podem ajudar a direcionar o seu trabalho quando for o momento de começar a criar o design do seu personagem.

Vamos lá?

Silhueta

Faça seu personagem ser facilmente reconhecido. Deve ser fácil saber quem é seu personagem e distingui-lo dos já existentes.

Uma forma de fazer isso é trabalhar em uma silhueta clara que seja fácil de reconhecer.


Exagero

Exagerar as características que definem o seu personagem ajuda a fazer com que ele se destaque.

Também ajuda os leitores a identificarem as principais características do personagem.

Se seu personagem é forte não o faça com braços normais, mas sim encha ele de músculos 5x mais do que o normal!


Acessórios

Acessórios podem ajudar a enfatizar características importantes e também o passado do personagem.

Também podem ser uma extensão da personalidade.

Assim como um papagaio no ombro do capitão do navio pirata.


Expressões

Expressões mostram o alcance das emoções do personagem. Foque nelas!

Faça com que seu personagem tenha características que deixem simples demonstrar muito suas expressões faciais, se for o caso do personagem ser extrovertido, ou que praticamente não mostre seu rosto, no caso de ser misterioso ou introvertido.


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Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

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O que é arco de personagem?

Seu personagem muda durante sua história? Ele começa com algumas crenças ou atitudes e os acontecimentos da história o fazem mudar seu ponto de vista ou a forma como ele age? Então sua história possui um arco de personagem.

Um arco de personagem é a transformação ou a jornada interior de um personagem ao longo de uma história. 

Se uma história tem um arco de personagem, o personagem começa como um tipo de pessoa e gradualmente se transforma em um tipo diferente de pessoa em resposta às mudanças na história.

Uma vez que a mudança é muitas vezes substantiva e leva de um traço de personalidade a um traço diretamente oposto (por exemplo, da ganância à benevolência), o termo geométrico “arco” é freqüentemente usado para descrever a mudança radical.

Wikipédia (fonte)

Nem todo protagonista de uma história precisa necessariamente ter um arco de personagem.

Existem boas histórias em que as transformações acontecem com as pessoas ao redor do personagem principal e não com ele, mas vamos deixar esse tipo de história para outro texto.

Seguindo minhas pesquisas sobre como montar bons personagens, encontrei coisas interessantes que podem ajudar o desenvolvimento do arco de um personagem.

Traduzi parte de uma postagem que achei sobre o assunto em inglês e compilei neste texto. Aqui são apresentados três tipos de arco de personagens que podem ser usados.

Pense desta maneira: todas as boas histórias giram em torno do conflito. Isso geralmente vem na forma de obstáculos, externos e internos, que um personagem deve superar.

Para superar os obstáculos, o personagem precisa crescer ou mudar de alguma forma. E é aí que entra o arco do personagem.

Obviamente, nenhum arco de dois personagens na ficção é exatamente o mesmo. Mas há três arquétipos básicos nos quais a maioria dos arcos de personagem se enquadram.

Os 3 tipos básicos de arco de personagem

1. Arco de mudança ou transformação

O primeiro arco, e talvez o mais comum, é de mudança ou transformação completa. Ele anda de mãos dadas com a jornada do herói – uma estrutura de enredo encontrada em mais livros e filmes do que você pode contar.

Esse arco de personagem envolve uma mudança completa de pessoa “normal” para herói ou salvador.

Geralmente reservado para personagens principais/protagonistas, o arco de mudança ou transformação costuma começar com uma pessoa comum que é uma espécie de azarão, ou pelo menos parece improvável que acabe salvando o mundo em algum momento.

No entanto, à medida que a história se desenrola, esse personagem sofre uma transformação – geralmente bastante radical.

Com base em alguma força interior ou talento que ele não sabia que tinha, o personagem finalmente alcança o sucesso no que ele se propôs a fazer – e basicamente se torna uma pessoa completamente diferente no processo.

A maioria, se não todos os arcos de mudança, envolvem o personagem em questão acreditando em uma mentira ou equívoco em relação a si próprio ou ao mundo ao seu redor.

O personagem então descobre a verdade, e a maneira como ele reage a essa descoberta – como ele muda em face disso – forma a base do arco do personagem.

Harry Potter é um exemplo de Arco de Mudança ou Transformação

Portanto, ao escrever um arco de mudança ou transformação, pergunte a si mesmo: que mentira ou equívoco meu personagem acredita? Como ele descobrirá a verdade? E como essa descoberta o levará a mudar ou ser completamente transformado como pessoa?

2. Arco de crescimento

Nesse tipo de arco o personagem cresce, mas não necessariamente passa por uma mudança ou transformação completa.

Até o final da história, ele ainda é essencialmente a mesma pessoa, mas superara algo dentro de si mesmo. Como resultado, ele é uma pessoa melhor ou simplesmente diferente de alguma forma.

O crescimento também pode ser alcançado pelo personagem mudando sua perspectiva, aprendendo algo novo ou tendo um papel diferente no final da história.

Basicamente, este arco é um pouco mais sutil do que o arco do estilo jornada do herói. Em um arco de crescimento, o personagem não vai acabar sendo o salvador do universo, mas terá crescido, desenvolvido e mudado de alguma forma.

Arcos de crescimento funcionam particularmente bem para personagens secundários, especialmente se o personagem principal estiver passando por um arco de mudança ou transformação completo.

Sam de “O Senhor dos Anéis” é um exemplo de Arco de Crescimento

Ao escrever arcos de crescimento, compare seu personagem no começo e no final da história e pergunte-se: em essência, ele é a mesma pessoa? Ele seria capaz de retornar à “vida normal” apenas com uma perspectiva, visão de mundo ou maneira diferente de fazer as coisas?

3. Arco de queda

Enquanto os dois tipos de arco acima são geralmente positivos, este é um arco negativo. Envolve o declínio ou ‘queda’ de um personagem através de más escolhas que fez, o que causa sua destruição, e potencialmente a destruição de outros também.

No final deste arco, o personagem geralmente morreu, ficou corrompido ou perdeu a cabeça. Ele provavelmente arruinou a própria vida, assim como a vida de outros, e não experimentou redenção ou salvação – apenas a queda.

Na forma mais extrema do arco de queda, o personagem começa a história como uma pessoa boa/feliz/bem-sucedida, mas no final da história é completamente irreconhecível – basicamente o oposto do arco de mudança ou transformação positiva que discutimos acima.

Anakin Skywalker de “Star Wars” é um exemplo de Arco de Queda

Autor K.M. Weiland diz que existem três subtipos quando se trata deste arco:

  • Queda “típica” – o personagem muda para pior através de más decisões.
  • Corrupção – o personagem muda para pior, mas acaba abraçando a mudança.
  • Desilusão – o personagem descobre uma verdade sobre o mundo que o deixa infeliz ou amargurado no final da história. (Esse tipo é às vezes melhor aplicado ao estilo de arco de crescimento, já que não envolve necessariamente uma transformação completa, apenas uma mudança de perspectiva dentro do personagem.)

Os arcos de queda são talvez os mais usados ​​na criação de um vilão autêntico.

Eles são particularmente eficazes quando o personagem começa como alguém que pode ser percebido como o herói, mas passa por uma transformação negativa e se torna um vilão ou antagonista.

Ao escrever um arco de queda, é útil considerar se você quer que os leitores sejam simpáticos ao seu personagem.

  • Se sim, siga o caminho de um arco de queda “típica” ou uma desilusão;
  • se não, você pode criar um arco de corrupção, no qual o personagem é tão terrível quanto a forma como os leitores o veem!

Certifique-se de manter as coisas realistas quando se trata de motivações de personagens, no entanto – não adianta dar a um personagem um arco negativo ou de ‘vilão’ se não houver motivações críveis ​​por trás.

Concluindo…

Esses são alguns tipos básicos de arco de personagem. Meu objetivo ao final deste texto é que você tenha compreendido o que é um arco de personagem e como pode usar um “modelo” para criar o seu.

Se você tem perguntas sobre criação de personagens, deixe nos comentários para que possamos continuar aprendendo juntos!

Até a próxima!

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5 dicas de desenvolvimento de personagens

No post anterior falamos sobre os 5 erros no desenvolvimento de personagens descritos pela escritora C.S. Marks. Agora vamos continuar com as 5 dicas de desenvolvimento de personagens.

Caso saiba ler em inglês, você pode acessar o artigo original clicando aqui.

Obs: Os itens a seguir com as dicas de desenvolvimento de personagens foram traduzidos diretamente do artigo e adaptados para se referir à autora em terceira pessoa quando fala de suas próprias experiências.

1. O importante são os detalhes.

Muitas vezes queremos apresentar demais ao leitor de uma só vez – dar uma descrição física completa, contar a história da vida e revelar os pensamentos mais íntimos de um personagem assim que ele for apresentado. Mas isso não é necessariamente a melhor abordagem.

Pense que você está apresentando o personagem como alguém que o leitor está conhecendo pela primeira vez.

Não percebemos tudo de primeira quando conhecemos uma pessoa nova, mas geralmente notamos alguns detalhes que podem nos dar uma ideia da personalidade e situação de vida dessa pessoa.

O personagem está bem vestido? Ele morde as unhas? Ela tem cicatrizes de acne, maquiagem pesada, manicure profissional, maneirismos nervosos? O personagem faz contato visual?

Estes são os tipos de coisas que podemos notar durante um primeira contato. Então, interagimos com as pessoas e as observamos interagindo com os outros e é assim que realmente as conhecemos.

Isso também é verdade para os personagens. Quando você os apresenta pela primeira vez você deve incluir alguns detalhes, mas o resto de suas personalidades, motivações e histórias secundárias devem ser reveladas gradualmente através de suas ações.

2. Basear personagens em pessoas reais.

Alguns escritores acham que isso é trapaça, mas a autora diz que faz isso o tempo todo.

Ela pega um personagem de fantasia e dá a ele a personalidade de alguém que conhece e, como conhece muito bem essa pessoa real, tudo que tem que fazer é imaginar o que fulano faria em determinada situação. É uma maneira de aperfeiçoar um personagem muito rapidamente.

Também fica mais fácil manter a consistência, porque você tem uma ideia totalmente desenvolvida da personalidade do personagem desde o início.

Você também pode basear personagens em pessoas reais que você também não conhece. A autora diz que gosta de observar as pessoas e de ir a lugares onde as pessoas se reúnem e observá-las – como elas falam, seus maneirismos, o que vestem, suas atitudes e linguagem corporal. Assim pode incorporar tudo isso em minhas histórias.

3. Lembre-se que todo mundo tem uma história.

Somos moldados pelas nossas origens. E mesmo que você não revele o passado de seus personagens para seus leitores, você deve saber tudo sobre eles, pelo menos para seus personagens principais.

Você deve ter biografias completas de seus personagens principais em sua mente para que você entenda o que os impulsiona.

Por que isso é importante? Porque se você não entender um personagem, seus leitores também não entenderão.

Vejamos um exemplo de um histórico de personagens efetivos.

A história do Capitão Quint no filme Tubarão é ótima.

Em uma cena, os três heróis, Quint, Chief Brody e Matt Hooper, estão na cabine do barco de pesca de Quint e estão comparando velhas cicatrizes.

Quint tem uma tatuagem que foi removida, e Brody inocentemente pergunta a ele sobre isso.

Em resposta, Quint conta aos outros personagens uma história horrível sobre muitos de seus amigos no USS Indianapolis sendo comidos por tubarões, e de repente é fácil entender esse homem e por que ele é do jeito que é. A autora diz que não pode imaginar esse filme sem essa história.

4. Não negligencie seus personagens secundários.

Personagens secundários podem ser os personagens mais simpáticos e interessantes da história. Muitas vezes, eles são os favoritos dos leitores.

Um exemplo disso é o fenômeno Boba Fett. Todo mundo ama Boba Fett; ele certamente é um personagem secundário, mas ele enriquece o cenário de Star Wars.

Da mesma forma, personagens bem desenvolvidos podem enriquecer seu livro. Eles são como os instrumentos de apoio em uma sinfonia.

Eles podem ser uma mina de ouro e cada um serve a um propósito.

Alguns adicionam cor ou ajudam na construção do mundo, e alguns são contrapartes para os personagens principais.

Contrapartes são personagens que não suportam o seu herói ou a sua heroína e não fazem nada além de reclamar pelas suas costas. Eles podem ser muito divertidos.

A autora diz que sempre sabe muito sobre meus personagens secundários, mesmo que acabe não revelando tudo para o leitor.

5. Dedique muita atenção ao vilão.

Muitos autores dizem que o vilão é o personagem favorito deles, aquele sobre o qual eles adoram escrever. C.S. Marks é uma deles.

Os maus podem ser muito difíceis de fazer e pode ser ainda mais difícil fazer com que os leitores se identifiquem com eles.

Sempre que você escrever um vilão tenha em mente que ele ou ela precisa ser tão bem desenvolvido quanto seus personagens principais.

Em vez de ser falho, no entanto – porque obviamente todos os vilões são falhos – o vilão deve ser imperfeitamente mau. Em outras palavras, os vilões devem ter características redentoras, onde nossos heróis têm falhas.

Gollum em O Senhor dos Anéis é um ótimo exemplo disso. Temos empatia com Gollum e sentimos pena dele às vezes. Nós temos esperança por ele. Nós desejamos que ele pudesse se redimir. E então nós o odiamos, e o desprezamos, e desejamos que alguém simplesmente o esmague como um inseto, porque ele é tão chato.

Gollum é um personagem que definitivamente é governado pelo mal na maior parte do tempo, mas ele também é, em muitos aspectos, uma vítima, e por isso podemos ter empatia com ele. Ele é um grande antagonista.

Estes podem ser os personagens mais difíceis de criar, mas também alguns dos mais satisfatórios.

Com essa última, fecho a tradução e adaptação do artigo da escritora C.S. Marks com os 5 erros e 5 dicas de desenvolvimento de personagens.

Ela conclui dizendo:

“Escrever bem ou mal vai determinar se seus leitores ficarão com você até o final da jornada ou sairão na primeira parada. Se os personagens falharem, a história falhará.”

Espero que esse artigo possa ajudar você como tem me ajudado no desenvolvimento dos meus personagens.

Se você quer mais conteúdo como esse, me avise nos comentários. Também quero saber como anda o desenvolvimento dos seus personagens e das suas histórias. Então me fale tudo isso nos comentários abaixo.

Até a próxima!

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5 erros no desenvolvimento de personagens

Continuando a conversa sobre criação de personagens que comecei no post anterior, aqui vou abordar 5 erros no desenvolvimento de personagens.

Esses erros, ou armadilhas, são de autoria da romancista C.S. Marks e foram encontradas em um artigo durante minha pesquisa permanente sobre criação de boas histórias.

Neste mesmo artigo existem cinco dicas para melhorar os personagens, mas será o tema de um próximo post por aqui. Se você consegue ler em inglês, já pode ir lá ver o artigo original clicando aqui.

1. Personagens unidimensionais não parecem reais. Eles são superficiais.

Você tem personagens unidimensionais quando não dedica tempo suficiente ao desenvolvimento de personagens.

Qualquer história tem personagens principais e secundários. Se você tentar desenvolver todos os personagens num nível profundo, sua história vai ficar imensa!

Tudo bem um personagem ser superficial se o papel dele na história não tiver muita importância. Mas se tiver, precisa ser muito bem desenvolvido.

Isso reforça o que já falei no post passado. Personagens unidimensionais ou superficiais não vão fazer o leitor criar uma relação. Ele vai esquecê-los rapidinho e não vai se interessar pelo que acontece com esses personagens.

2. Personagens estereotipados são desinteressantes porque não são exclusivos.

É importante notar aqui que ser estereotipado não é a mesma coisa que ser consistente. Seus personagens devem se comportar de maneira consistente com o modo como você os desenvolveu, mas isso não é o mesmo que ser estereotipado.

Imagine que todas as pessoas ricas em suas histórias são superficiais, gananciosas e indiferentes. Todas as mulheres ricas são altas e vestidas de forma extravagante, e todas fizeram cirurgias plásticas. Ou imagine que você está escrevendo uma história de fantasia e todos os elfos são arrogantes e todos os anões são rudes e se odeiam.

Esses são estereótipos.

É quando um personagem se liberta do estereótipo que ele ou ela se torna crível e memorável.

Pessoas reais raramente agem de acordo com estereótipos em todos os aspectos. Todo mundo é único de alguma forma.

3. O personagem muito perfeito tende a fazer os olhos do seu leitor rolarem.

Aqui a autora fala sobre pontos que já comentei no post passado também.

Às vezes, tudo bem ter um personagem que seja perfeito em todos os aspectos, especialmente se você estiver fazendo uma paródia.

Mas a perfeição não existe na vida real, então normalmente não deveria existir em sua história.

É difícil ter empatia com uma pessoa perfeita, porque nenhum de nós é perfeito.

Todo mundo, não importa quão nobre seja, é defeituoso de alguma forma.

Por exemplo, um personagem efetivo pode ser alguém que é heróico em quase todos os aspectos – ele é um bom lutador, ele é legal de se ver, ele anda bem e atira bem, e ele é corajoso e compassivo – mas ele é totalmente indeciso. Se assumir o comando em uma batalha, todo mundo vai morrer.

É muito mais fácil para os leitores se relacionarem com alguém com uma falha, porque eles podem dizer: “Sim, é como meu amigo Jeff. Ele é um ótimo cara, mas ele não consegue tomar uma decisão.

Há também um tipo específico de personagem muito perfeito ao qual ela se refere no texto como “personagem do autor“.

Eu falei sobre isso no vídeo sobre os 3 erros que cometi criando quadrinhos. Meus personagens principais costumavam ser a minha própria versão idealizada de mim mesmo. Com eu gostaria de ser.

Como alguém vai se relacionar com isso, além do próprio autor? Nesse caso o autor está vivendo suas fantasias. Todos nós fazemos isso até certo ponto, mas precisamos ter cuidado com isso.

4. Inconsistência em seus personagens vai abalar seus leitores.

Na verdade, isso provavelmente tirará o leitor da história mais rapidamente do que qualquer outra coisa.

Você desenvolveu um personagem de uma certa maneira. Os leitores estão esperando que o personagem se comporte de acordo com sua personalidade e motivações como você os definiu. Se esse personagem se comportar de uma maneira que não faz sentido, seus leitores perceberão.

A consistência se aplica a tudo, desde pequenas coisas, como a cor do cabelo de um personagem, a coisas grandes como a maneira de falar do personagem e suas escolhas.

Se um personagem fala como um elfo em um minuto e usa gírias de rua no outro, isso vai tirar o leitor da história.

Ou se um personagem abate um grupo de crianças do jardim de infância e depois fala sobre os males do abuso infantil, isso também é inconsistente.

Os personagens fictícios que criamos precisam parecer pessoas reais para o leitor.

Se você não tiver uma imagem firme deles em mente, eles ficarão instáveis ​​na página.

5. Desenvolvimento de personagens chatos.

Alguns personagens são supostamente chatos, mas, nesse caso, são geralmente inimigos de personagens ou contrabalanceiam eventos mais interessantes.

Se você acha que pode ter um personagem chato na sua história, a primeira coisa que você deve perguntar é se você precisa desse personagem.

Por que esse personagem está aí? Qual é o papel dele ou dela na história? Se você não consegue encontrar uma resposta, então esse personagem é apenas um tapa-buraco.

Outra opção é fazer um personagem maçante ganhar vida adicionando algumas características únicas. Talvez seu personagem monótono tenha uma vida fantasiosa secreta ou um passatempo intrigante, indicando que ele é muito mais interessante do que parece superficialmente.

Esse tipo de coisa vai dar uma vida de personagem.

Bem, essas são os cinco erros ou cinco armadilhas no desenvolvimento de personagens que a escritora C.S. Marks nos descreve em seu artigo.

Evitando essas cinco armadilhas; seus personagens são tridimensionais, únicos, falhos, consistentes e interessantes.

Eu gostei muito desse conteúdo e por isso estou traduzindo, adaptando e compartilhando com você. Estou sempre estudando e tentando melhorar mais e mais minhas histórias e o desenvolvimento de personagens.

Se você gostou, me deixe um comentário e compartilhe esse texto com pessoas que também podem se beneficiar dele!

Até a próxima!