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Narrativa Visual

Repensando a narrativa da minha HQ para ler no celular

Neste vídeo eu falo sobre como testar sua HQ para ver se ela realmente ficou boa de ler no celular. E, depois de ficar insatisfeito com o resultado da narrativa visual que criei e mostrei no vídeo passado para o #desafioFliptru, resolvi pesquisar mais e ter mais referências para criar uma boa narrativa para minha primeira história feita para ler no celular.

HQ NA PRÁTICA http://hqnapratica.com.br
VÍDEO ANTERIOR https://youtu.be/N5NzqRx5oEQ

DESAFIO FLIPTRU EXPLICADO https://www.youtube.com/watch?v=RU4gSxAcRXk

Quem sou eu para falar de quadrinhos para ler no celular?

Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:

  • Entreter através das minhas histórias;
  • ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
  • e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Narrativa Visual

Fazendo quadrinhos para ler no celular

Fazendo quadrinhos para ler no celular ou “mobile comics”, ou “webtoon”, ou qualquer nome que você queira dar para este tipo de narrativa.

Desde que eu propus o #desafioFliptru eu falei que queria fazer uma história em quadrinhos com um tipo de narrativa diferente focada para leitura no celular. Neste vídeo eu trago o processo de criação desta narrativa.

É minha primeira tentativa de criar uma narrativa nesse formato, ainda acho que o resultado final vai ser um pouco diferente do que eu mostro no vídeo. Preciso estudar e entender melhor como funciona o fluxo de leitura na tela, mas poder explicar e expor esse primeiro processo foi muito educativo, no meu ponto de vista.

HQ NA PRÁTICA https://mailchi.mp/mbeck/lista-de-espera
CANAL DO TELEGRAM https://t.me/themarcusbeck

DESAFIO FLIPTRU EXPLICADO https://www.youtube.com/watch?v=RU4gSxAcRXk
LEIA TAILER ONLINE http://bit.ly/tailer-fliptru

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  • e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Como criar HQs

Escanear desenho no celular

Dá pra escanear desenho no celular?

Neste momento em que todos temos que ficar em casa (se possível) não é uma boa ideia sair para ir na casa do amigo ou em uma papelaria para escanear suas páginas de quadrinhos.

Então, seguindo uma dica que recebi pelos comentários, resolvi testar uma maneira de digitalizar as páginas de quadrinhos através do celular.

Vamos ver se vai dar certo? Assista o vídeo.

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  • ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
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Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

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Como criar HQs

Funil de leitores, a dura realidade de publicar HQ na internet

Você já publicou seu quadrinho em algum lugar da internet? Acompanhou o contador de leituras ou de visualizações? Então você tem um funil de leitores e enfrenta a dura realidade de quem publica quadrinhos na internet.

Todo mundo que está começando tem que lidar com uma frustração inicial: os números muito baixos de leitores.

Como quadrinistas nós devemos estar preparados para lidar com essa frustração e não desistir por causa dela.

Os números vão aumentando aos poucos e sua base de leitores vai crescendo com isso. Esse é o fluxo natural das coisas.

Existem as pessoas que viralizam super rápido com suas tirinhas no Instagram, por exemplo, mas isso não é algo típico. Não é algo comum.

Mesmo estas pessoas passaram pela fase em que poucas pessoas consumiam seus quadrinhos online.

O primeiro quadrinho de Akira Toriyama não foi Doctor Slump ou Dragon Ball, foi algo que ninguém leu. As primeiras tirinhas de Maurício de Souza não eram nem da Turma da Mônica e provavelmente pouquíssimas pessoas leram.

Com trabalho, constância e dedicação para melhorar sempre você começa a atingir mais pessoas.

Para atingir e atrair mais pessoas costumamos usar as redes sociais para divulgar nossos quadrinhos ou até postar nossas obras.

As pessoas vão ver suas divulgações e algumas delas vão ler seus quadrinhos por isso, mas nem todas.

Para você entender como isso funciona, vamos falar de marketing.

O funil de leitores

Funil de leitores com figurantes de uma ilustração do meu projeto de série Magnos.

No marketing existe um conceito muito difundido e utilizado por setores comerciais de pequenas, médias e grandes empresas. Esse conceito se chama Funil de Vendas.

Quero aproveitar esse conceito e trazê-lo para nosso mundo de criadores e criadoras de histórias em quadrinhos que publicam suas obras online.

Vamos começar pensando em uma postagem em uma rede social onde você divulga sua história em quadrinhos.

Acabei de publicar uma HQ nova onde conto a história de uma pessoa que planta uma bananeira e descobre que a terra na verdade é de cabeça-para-baixo.

Clique aqui para ler! [Aqui tem o link pra HQ]

[Aqui tem a imagem mostrando a capa da sua história]

Ok, não é a melhor forma de postar sobre uma HQ, mas com certeza vai chamar a atenção das pessoas, certo?

Para seguir nosso exemplo, vamos fingir que sim, chamou a atenção de várias pessoas.

Agora imagine um funil.

Quanto mais divulgamos nosso trabalho, mas gente chega ao que chamamos de topo do funil. Que é a parte maior, a entrada.

Então as pessoas que receberam essa sua postagem atingiram o que vou chamar aqui de “topo do funil de leitura”.

Para fins de exemplo, vamos dizer que mil pessoas viram seu post de divulgação.

Só que algumas pessoas, a maioria na verdade, vai ficar pelo caminho.

Ou seja, vai ver sua divulgação e simplesmente vai ignorar e continuar o seu dia-a-dia. Essas pessoas não vão ler sua história em quadrinhos.

Uma certa porcentagem, vamos chutar aí 10% (que é um chute alto), vai ser impactado pela sua postagem e vai clicar no link para ler a sua história.

Ou seja, são 100 pessoas clicando no link que você postou. Bom trabalho!

Certo, chegamos no meio do funil de leitura agora. Esse pessoal está lhe dando pelo menos 100 visualizações no link da sua HQ. Legal!

Mas será que elas estão lendo? Uma porcentagem sim e outra porcentagem não.

Então chegamos naquela parte em que o funil ali da imagem de cima fica bem mais fininho.

Digamos que 20% das pessoas que clicaram no link leram a história do começo ao fim. Ou seja, temos aí 20 pessoas lendo sua HQ!

Uma pequena porcentagem desses 20% vai comentar, digamos que 10%. Então você tem agora DOIS COMENTÁRIOS!

Bom, você tem MIL visualizações no post de divulgação. CEM cliques no link da sua HQ. VINTE leituras do começo ao fim da sua história e DOIS comentários.

Entendeu porque chamamos de funil de leitura?

Esse exemplo usou uma postagem de divulgação e um link para ler a história fora da rede social, mas podemos fazer a mesma coisa com outro exemplo.

Exemplo do mundo real

Um exemplo mais rápido agora, só que vindo do mundo real.

Dados da história curta Passageiro no Instagram.

Postei uma história curta chamada PASSAGEIRO em janeiro de 2019 na minha conta do Instagram.

Ela teve um alcance de 75 mil pessoas! O que para os meus padrões é MUITA coisa.

Dessas 75.526 pessoas que foram “alcançadas” por essa HQ, 5.654 curtiram a história.

Isso já dá menos de 10%, não é? São 7,5%. Olha o funil aparecendo aí.

Estamos apenas supondo que essas pessoas que curtiram realmente leram a história do início ao fim, certo? Porque alguém pode curtir sem ler.

Bom, eu também tive 288 comentários na minha postagem. São 0,4% do total.

Detalhe que alguns deles são respostas minhas aos comentários feitos, mas vamos fingir que são 288 pessoas que comentaram para facilitar o contexto da explicação.

  • Alcance: 100% (75.529)
  • Leitura: 7,5% (5.654)
  • Comentários: 0,4% (288)

E se eu quiser saber sobre o quanto essa HQ aumentou minha base de leitores?

Para isso, vamos usar outro funil, mas o mesmo conceito.

Nossos 100% serão os 75.529 de alcance novamente.

Só que agora vou para as visitas ao perfil e a quantidade de pessoas que passaram a me seguir por lá.

  • Alcance: 100% (75.529)
  • Leituras: 7,5% (5.654)
  • Visitas ao perfil: 1,2% (935)
  • Seguidores: 0,3% (266)

Acho que deu pra entender, né?

A dura realidade é que você tem que continuar criando suas histórias em quadrinhos e continuar divulgando para o máximo possível de pessoas.

Quanto mais gente chega ao topo do seu funil de leitura, maior vai ficando sua base de leitores, mesmo que tudo isso seja um jogo de “perdas”.

Vamos perdendo pessoas no caminho e isso é normal, temos que aprender a lidar com isso.

Essa não é uma realidade apenas de quadrinistas, mas qualquer pessoa que cria conteúdo para qualquer mídia.

Então engula a frustração e continue trabalhando para crescer a sua base de leitores!

Veja mais nesse vídeo que fiz sobre o assunto meu canal do Youtube.

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Quem sou eu para falar de funil de leitores?

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Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

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Narrativa Visual

O som nas histórias em quadrinhos

Quando contamos qualquer história é importante criar o clima certo para o receptor. Sons ajudam muito nesse quesito. Por isso quero falar sobre a representação do som nas histórias em quadrinhos.

Existem as formas clássicas de fazer isso, como as famosas onomatopéias e também o formato dos balões de fala.

Já são assuntos com variações o suficiente para encher várias publicações como esta.

Por isso eu falei sobre onomatopéias no vídeo abaixo e também mostrei uma forma de usar a linguagem gráfica dos quadrinhos para preencher um ambiente com “som”.

Caso queira ver um assunto em específico, basta seguir o índice com os links diretos que está logo abaixo.

Neste vídeo mostro vários exemplos de como diferentes autores de diferentes gêneros (incluindo eu) usam onomatopéias e estilos gráficos para representar o som através da narrativa visual de quadrinhos.

02:49 Como podemos fazer com que uma música tome conta do ambiente em uma página de quadrinhos? Vamos ver com um exemplo de Scott Pilgrim de Bryan Lee O’malley.

07:53 No mangá vemos a presença das onomatopéias em muitas das pequenas ações que os personagens fazem. Vou mostrar um exemplo com as páginas de AKIRA de Katsuhiro Otomo.

12:22 Vamos ver também que fazer com que a onomatopéia seja parte da composição do quadro é algo que valoriza a experiência do leitor. Usamos Tungstênio de Marcelo Quintanilha para mostar um pouco disso.

17:38 Também veremos um contraponto ao excesso de onomatopéias dos mangás em Reino do Amanhã, ilustrado por Alex Ross.

20:21 No final, vou mostrar alguns exemplos dos meus trabalhos, para mostrar como eu costumo utilizar os efeitos sonoros em minhas histórias em quadrinhos.

29:23 Antes de terminar, vamos ver que é possível contar uma história inteira sem absolutamente nenhum som com Um Pedaço de Madeira e Aço de Chabouté.

OBS: Balões de fala que representam tons de sons variados (sussuros, gritos, etc) não deu pra falar neste vídeo, vamos fazer uma parte dois se vocês comentarem aí embaixo pedindo 😉

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Quem sou eu para falar de som nas histórias em quadrinhos?

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Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

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Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Narrativa Visual

A narrativa de quadrinhos para celular

Existe uma tendência nas webcomics dos últimos anos, principalmente vindas de autores e autoras de fora do Brasil: uma nova narrativa de quadrinhos para celular.

Quem produz quadrinhos para a internet deve estar sempre de olho nas mudanças na forma como o público recebe a mídia, ou seja, onde os leitores estão lendo suas histórias.

Atualmente existem algumas plataformas diferentes para publicar quadrinhos online.

Por exemplo, no Instagram quadrinistas tem adaptado sua forma de narrar histórias em quadrinhos para usar o esquema de “galeria de fotos” do app.

Com um limite de 10 imagens por publicação, o tipo de história que mais encontramos neste formato são tirinhas.

Só que nesta publicação vou abordar outro tipo de narrativa de quadrinhos para celular, a narrativa que considera a leitura com a rolagem da página para baixo.

Um pouco de história

Quando eu comecei a criar quadrinhos para publicar na internet, no início da década de 2000, os celulares ainda eram aqueles Nokia meio “tijolão”.

Nokia das antigas…

Os smartphones ainda não existiam e muito menos a possibilidade de ler quadrinhos através de uma aparelho celular.

Isso não era algo que quadrinistas pensavam na hora de publicar na internet, que ainda engatinhava nesta época.

Só que a partir da criação e, principalmente, da popularização dos smartphones já é um costume das pessoas viver com o celular à mão.

Estão sempre prontos para consumir conteúdo no aparelho a cada pequena pausa, seja na fila para pegar um ônibus ou esperando o jantar chegar no restaurante.

Com isso, a forma como as pessoas leem quadrinhos pela internet também mudou. As pessoas não leem mais quadrinhos na internet exclusivamente pelo computador.

Então temos que mudar a forma como pensamos a narrativa para nos adaptarmos a isso. Na verdade, deveríamos ter mudado até mesmo quando era apenas no computador…

Quem publicava quadrinhos para a internet lá atrás simplesmente replicava o formato dos quadrinhos impressos e publicava nos websites da época. A narrativa página-a-página.

E percebo que aqui no Brasil isso continua acontecendo até hoje.

Inclusive este que vos escreve ainda faz isso.

Por que replicar a narrativa impressa?

Por que continuamos a criar HQs de página-a-página, mesmo quando elas são publicadas na internet e lidas, em sua maioria, através de um aparelho smartphone?

Isso nos leva para uma discussão importante.

Na minha opinião, o quadrinho para a internet ainda é considerado por muitos no nosso país como algo menor, secundário e amador. O mercado nacional ainda marginaliza os quadrinhos que são publicados exclusivamente na internet.

Isso faz com que muitas pessoas que criam quadrinhos usem a internet apenas como uma meio de divulgação do seu trabalho com o objetivo final de conseguir publicar suas histórias através de um livro impresso. Melhor ainda se for por uma editora.

Então por que criar uma narrativa pensando na leitura pelo celular, se o objetivo é ter esse quadrinho impresso no futuro, não é mesmo?

Fora do país já existem muitos quadrinistas recebendo dinheiro de plataformas de quadrinhos para criar obras exclusivas para leitura online.

E mesmo aqueles que publicam suas obras impressas nas plataformas digitais fazem uma adaptação narrativa para a mesma. Porque sabem a diferença que isso traz para a experiência do leitor.

Olha esse exemplo aqui do Jason Brubaker:

Já que nosso mercado ainda é fraco em quadrinhos online, precisamos ser criativos como autores e autoras.

Uma das formas de melhorar nosso lado como criadores de webcomics é começar a pensar nessa experiência de leitura. Isso faz a diferença para o leitor e pode valorizar nossas obras.

Outra forma de valorizar nosso trabalho são as plataformas online que permitem que comercializemos nossas HQs. Mas hoje, a maioria é de fora do Brasil e fica mais difícil competir com os gringos para quem não tem acesso à língua inglesa.

Por isso eu criei a plataforma Fliptru. Para começar a fomentar esse mercado de quadrinhos online brasileiros. E um dos grandes objetivos dessa plataforma é que no futuro a comunidade possa usá-la para ganhar dinheiro com suas HQs online.

Bom, só que fomentar um mercado de quadrinhos online não é uma tarefa de curto prazo. Vamos continuar firmes neste objetivo de trazer mais respeito e potencial de faturamento para as webcomics brasileiras.

Obs: É claro que essa é a minha opinião sobre a motivação de continuarmos criando narrativas impressas para nossos quadrinhos online. Se você tem outro ponto de vista sobre o assunto, me deixe um comentário, por favor.

Qual é a diferença entre a impressa a narrativa de quadrinhos para celular?

A diferença, de forma geral, é a mídia onde o leitor vai receber esse conteúdo.

Um quadrinho impresso tem uma narrativa que considera que o leitor vai consumir uma página inteira primeiro, seguindo um fluxo de leitura quadro-a-quadro, e somente depois da virada de página é que ele começa o fluxo de leitura da página seguinte.

Então temos um espaço físico limitado para criar esse fluxo de uma página (ou duas, afinal a cada virada costumamos dar de cara com duas páginas) e devemos utilizar isso ao nosso favor, para causar diferentes efeitos nas emoções do leitor.

Fonte: Guia para Mobile Comics

Já a narrativa de quadrinhos para celular tem uma lógica diferente de fluxo de leitura.

Devemos considerar um fluxo vertical constante que causa a sensação de passagem de tempo entre os quadros.

A tela é mais estreita, mas passa a ter um comprimento infinito, graças à rolagem possibilitada pelo celular.

Também devemos considerar que a quantidade de texto deve se adaptar à tela menor de um celular. É muito mais desconfortável ler uma grande quantidade de texto na tela pequena do celular do que impresso em uma folha de papel.

Eu tenho estudado esse estilo narrativa já faz algum tempo e recentemente ficou ainda mais fácil com um material disponibilizado de forma gratuita pela quadrinista e acadêmica de quadrinhos Ale Presser.

A partir do momento que você está livre das limitações de uma revista impressa – onde é necessário aproveitar bem as páginas para contar sua história sem encarecer o valor da publicação – você fica livre para usar áreas de respiro do design da sua história em quadrinhos. Ao ampliar as sarjetas entre um quadro e outro, você ganha a possibilidade de isolar quadros que merecem mais destaque na sua história, ditando um ritmo de leitura ao seu leitor.

Ale Presser em seu Guia para Mobile Comics

Tem muitas dicas e informações sobre esse tipo de narrativa de quadrinhos para celular no ebook que ela disponibilizou chamado Guia para Mobile Comics. Este material é o resultado de sua pesquisa de doutorado.

Vou começar a usar esta narrativa

Eu continuo criando minhas HQs como se fossem impressas, principalmente Tailer, que já vem desde 2006 neste formato.

Mas chegou o momento de experimentar esse novo estilo narrativo.

Nesta semana eu dei início ao #desafioFliptru no meu canal do Youtube. Onde todos teremos três meses para criar uma história em quadrinhos com um tema escolhido pela comunidade.

Resolvi que vou fazer minha entrada neste desafio utilizando esse tipo de narrativa de quadrinhos para celular.

Eu expliquei tudo no vídeo abaixo:

Adaptar para sobreviver

Com tudo isso dito aqui nesta publicação, quero encerrar dizendo que não importa em qual mercado estamos, precisamos sempre nos adaptar às mudanças do mundo.

Como quadrinistas não é diferente.

Conquistar uma base leitores é importante e trazer valor para eles através de uma experiência de leitura ideal para a mídia onde eles vão consumir suas obras é essencial.

Vou continuar estudando e experimentando essas mudanças. Isso vai me trazer mais autenticidade para falar sobre o assunto no futuro. Então, aguarde mais publicações e vídeos sobre narrativa de quadrinhos para celular no futuro.

Até a próxima!

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Narrativa Visual

Como praticar narrativa visual de quadrinhos – Tutorial

Uma das principais competências que uma pessoa que faz quadrinhos precisa desenvolver é a narrativa visual de quadrinhos, também conhecida como narrativa gráfica.

Eu costumo publicar muito conteúdo falando sobre os conceitos e as teorias por trás dessa competência “quadrinística”.

Só que precisamos colocar em prática esses conceitos e teorias, senão elas não são de nenhuma serventia.

Por isso costumo sugerir para meus alunos e também para quem me acompanha pelo Youtube um exercício prático de narrativa visual de quadrinhos.

O que percebi é que nunca mostrei como fazer o exercício, apenas falei sobre ele e deixei em aberto.

Então resolvi fazer um vídeo demonstrando o passo-a-passo desse tal exercício para praticar narrativa visual de quadrinhos e todas as suas teorias, conceitos e técnicas.

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Como criar HQs

O que uso para fazer quadrinhos

Sempre recebo perguntas sobre as coisas que uso para fazer quadrinhos.

Qual o software? Que fonte para os textos dos balões? Qual o material para desenho? E muitas outras.

Por isso no vídeo dessa semana no meu canal eu me esforcei pra falar sobre o máximo de coisas que uso na criação das minhas HQs.

Fiz até um índice na descrição do vídeo para que seja uma espécie de “vídeo de fácil consulta”. Assim vou postar o link dele toda vez que alguém me perguntar sobre estas coisas.

  • 00:33 Sobre falar de materiais
  • 02:31 Sobre o novo desafio
  • 05:16 Computador
  • 06:12 Monitor
  • 07:08 Mesa digitalizadora
  • 08:32 Scanner/Multifuncional
  • 11:08 Sketchbook
  • 12:30 Lápis
  • 12:58 Caneta ponta fina
  • 13:47 Caneta ponta pincel
  • 14:41 Software
  • 17:29 Brushes (no software)
  • 18:04 Retículas/Tons de cinza (no software)
  • 18:46 Balões de fala (no software)
  • 19:10 Fonte/Letra dos textos (no software)

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