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O caso dos animais de estimação

Animais de estimação, como o nome já diz, são bichinhos os quais estimamos e tornamos membros de nossa família. A partir do momento que adota-se ou compra-se um animal de estimação o ser humano assume uma grande responsabilidade para com esse ser vivo. Ele não é um ser independente quando domesticado, é preciso cuidar da saúde, alimentar, dar afeto e etc.

Todo mundo gosta de mostrar para os seus contatos em redes sociais o quão fofos são seus bichinhos. Receber likes e comentários confirmando isso é uma das grandes fatias do vício em redes sociais dos tempos atuais.

Eu conheço muitas pessoas que estão interessadas em adquirir um animal de estimação como um cachorro ou um gato, por exemplo. E isso é ótimo! Desde que não seja com o único motivo descrito no parágrafo acima.

Se esse não for o seu caso, sempre é bom lembrar que existem diversas ONGs que trabalham duro para resgatar animais das ruas e tratá-los para que alguém possa dar um novo lar para o bichinho.

São dessas ONGs que vem as piores histórias.

Tendo contato indireto recentemente com uma ONG que trata de centenas de animais a duras penas, tenho recebido notícias muito tristes sobre pessoas que querem ter seu animal de estimação.

“Quero um gato, mas não esse… É que ele tem um pouco de preto na cauda e eu queria um todo branco.”

Essa é uma transcrição adaptada de uma frase real.

Assim como o autor dessa frase, existem milhares. Não querem adotar um animal específico porque não é do padrão estético que procuram.

Isso nos leva à outro caso comum, pessoas que chegam a gastar até três mil reais para comprar um cachorro “de raça” em vez de adotar de algum abrigo.

Se eu posso comprar um “iDog” porque eu vou adotar um da versão baixa renda, não é? Vira-lata não vai ficar bem no meu “inxta”. Eu discordo…

Isso é um grande problema, ainda mais sabendo os maltratos que os animais “de raça” sofrem para gerar ninhadas diversas vezes por ano. Mesmo assim existem casos muito piores…

Acredite se quiser, nesta ONG que citei já houve devolução de um gato adotado com o seguinte motivo:

“Ele faz cocô.”

Sim, ele vai fazer cocô. Vai dar despesa no veterinário. Dependendo da idade, vai destruir coisas dentro da sua casa. Vai soltar pêlos. E muito mais.

Animais de estimação não são produtos. São seres vivos.

Se você quer um produto de marca, um boneco para brincar ou só alguma coisa para postar em suas redes sociais, não adote ou compre um animal de estimação. Porque ele não serve para isso.

Agora, se você gosta de animais mas não quer assumir a responsabilidade de adotar um por falta de tempo, condições financeiras, etc, algo que é completamente compreensível, então procure uma forma de ajudar essas ONGs. Porque só quem vê de perto o trabalho que elas fazem sabe o quanto é difícil manter um projeto como este.

Até a próxima!