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As escolhas narrativas da HQ Moby Dick

Quais são as escolhas narrativas que um grande mestre dos quadrinhos toma quando cria suas histórias?

Baseado nessa ideia eu resolvi criar um quadro novo no meu canal do Youtube onde vou ressuscitar uma antiga seção aqui do blog: Eu Li.

Essa seção eu usava para falar sobre quadrinhos independentes, livros sobre criação de quadrinhos e webcomics em geral.

Só que a ideia agora é diferente.

Quero falar sobre quadrinhos aclamados e analisar algumas das escolhas narrativas que o autor ou autora fizeram durante a criação dessas obras.

Por que analisar escolhas narrativas?

Toda vez que consumimos uma HQ estamos criando referências nas nossas cabeças para utilizar no futuro.

O objetivo desse novo quadro é melhorar a qualidade dessas referências analisando mais a fundo algumas das escolhas narrativas que vão entrar nessa biblioteca mental que todos os quadrinistas guardam em suas cabeças.

Analisando Moby Dick de Chabouté

Neste primeiro episódio do novo quadro Eu Li vamos analisar as escolhas narrativas do mestre Christophe Chabouté em sua adaptação de famoso livro Moby Dick.

Links úteis para você

Quem sou eu pra analisar escolhas narrativas?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Eu li Necronauta

Danilo Beyruth ficou conhecido no ano passado por ganhar diversos prêmios com sua graphic novel Bando de Dois (que já fez parte da sessão Eu Li um tempo atrás). E agora nos traz um pouco mais de seu talento em Necronauta.

O traço de Danilo é muito interessante e, apesar de diversas influências visíveis, não deixa de ser muito pessoal. Gosto muito da diagramação que ele usa nas suas páginas, com quadros grandes e amplos que deixam a leitura mais dinâmica e menos presa a cada página.

O Necronauta é o personagem com o qual ele trabalhou em diversas histórias em quadrinhos independentes no passado e nesse lançamento da Zarabatana Books (mesma editora pela qual foi lançado Bando de Dois) constam as seis primeiras histórias deste personagem.

Ainda quando publicado independentemente, em 2007, Necronauta foi indicado ao Troféu HQMix. Só por isso já sabemos que as histórias tem qualidade.

O protagonista é um condutor de almas. Como ficamos sabendo na última das seis histórias deste volume, todo condutor de almas tem sua especialidade. A do Necronauta são as almas que ficaram presas por pendencias emocionais à sua vida material.

Beyruth abusa da criatividade para nos trazer histórias bem diferentes umas das outras, sabendo aproveitar bem o grande potencial que o tema de seu personagem traz. A morte sempre interessou aos vivos!

Comprei esta revista por ter gostado muito de Bando de Dois e não me arrependi da aquisição. Vale a pena conferir Necronauta!