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Eu li Necronauta

Danilo Beyruth ficou conhecido no ano passado por ganhar diversos prêmios com sua graphic novel Bando de Dois (que já fez parte da sessão Eu Li um tempo atrás). E agora nos traz um pouco mais de seu talento em Necronauta.

O traço de Danilo é muito interessante e, apesar de diversas influências visíveis, não deixa de ser muito pessoal. Gosto muito da diagramação que ele usa nas suas páginas, com quadros grandes e amplos que deixam a leitura mais dinâmica e menos presa a cada página.

O Necronauta é o personagem com o qual ele trabalhou em diversas histórias em quadrinhos independentes no passado e nesse lançamento da Zarabatana Books (mesma editora pela qual foi lançado Bando de Dois) constam as seis primeiras histórias deste personagem.

Ainda quando publicado independentemente, em 2007, Necronauta foi indicado ao Troféu HQMix. Só por isso já sabemos que as histórias tem qualidade.

O protagonista é um condutor de almas. Como ficamos sabendo na última das seis histórias deste volume, todo condutor de almas tem sua especialidade. A do Necronauta são as almas que ficaram presas por pendencias emocionais à sua vida material.

Beyruth abusa da criatividade para nos trazer histórias bem diferentes umas das outras, sabendo aproveitar bem o grande potencial que o tema de seu personagem traz. A morte sempre interessou aos vivos!

Comprei esta revista por ter gostado muito de Bando de Dois e não me arrependi da aquisição. Vale a pena conferir Necronauta!

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Eu li Bando de Dois

Bando de Dois, de Danilo Beyruth, foi o grande sucesso nacional de 2010, ouvi falar muito dessa hq logo após seu lançamento, mas somente agora tive a oportunidade de comprá-la, já em sua segunda edição.

Esta edição já vem com os prêmios da hq estampados na parte de trás: Melhor HQ Nacional 2010 (UniversoHQ e Blog dos Quadrinhos), Melhor Lançamento 2010 (Prêmio Angelo Agostini) e Melhor HQ 2010 (Blog Gibizada e Site O Grito).

Ufa! Que foi aclamado pela crítica já sabemos, agora faltava lê-lo e ver o que eu, um simples mortal, achava da história.

Eu gostei muito de Bando de Dois, a arte de Danilo Beyruth é muito boa, toda feita com pincel e de uma fluência incrível. Gostei também da narrativa da história, dinâmica e com poucos quadros por página. As páginas duplas são um atrativo a parte, com Beyruth mostrando seu potencial como artista.

Sobre a história em si, Bando de Dois nos fala sobre um cangaceiro que sobrevive a uma emboscada contra seu bando e vaga pelo cerrado até encontrar outro sobrevivente. Juntos resolvem ir atrás da volante que decapitou seus companheiros e que irá exibir suas cabeças na capital. Cada por seu próprio motivo.

Gosto muito das histórias que envolvem a cultura nacional, mas neste caso, mesmo com todo o cenário e personagens do cangaço, não podemos deixar de lembrar a influência do Velho Oeste norte-americano comentado dentro da própria obra: “Bando de Dois é o bangue-bangue à brasileira“.

Para mim esse “detalhe” é uma vantagem desta hq e que muitos outros produtos nacionais deveriam seguir como exemplo, pois saber aproveitar um clichê para dar aquele gostinho para sua obra é essencial para a identificação dos leitores com todo o universo que a história apresenta. Ponto para Danilo Beyruth!

Eu recomendo Bando de Dois. Dificilmente você vai conseguir parar de ler assim que começar…