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Quadrinhos Tailer

Mergulhando nos diferentes estilos de HQs

De uns tempos pra cá, quem acompanha meu blog, está notando que venho estudando cada vez mais a arte dos quadrinhos. Quero encontrar meu jeito de fazer essa arte, algo nada fácil de achar.

Uma coisa é certa, é preciso abrir a cabeça para todos os tipos de quadrinhos existentes. Fechar-se em um único estilo é péssimo. Você fica preso aquilo e, acredito eu, até seu roteiro acaba caindo dentro da mesmisse dos seus autores favoritos.

Sempre utilizei o estilo mangá para desenhar todas as minhas webcomics, incluindo meu atual projeto Tailer, porém antes disso eu passei por outros estilos, mesmo ainda sendo muito imaturo pra entender que “copiar” um estilo não é necessariamente “criar”.

Tailer vai continuar em estilo mangá, não se assuste, mas com o tempo as pessoas vão começar a notar que existe mais do que apenas mangá dentro desta história. E é pra isso mesmo que serve esta hq, falando nisso, um grande laboratório para meus testes e estudos.

Até pouco tempo atrás era apenas um “mangá online” que eu gostava de fazer, mas com a minha abertura aos estudos das histórias em quadrinhos, eu resolvi dar esse sentido para minha série.

Brasileiros como Fabio Moon e Gabriel Bá, Rafael Albuquerque, Roger Cruz, Danilo Beyruth (ainda preciso comprar Bando de Dois, mas já li algo de Necronauta) e estrangeiros como Sean Murphy (Hellblazer), Adam Hughes, Hergé (Tintim), Dave Gibbons (Watchmen), entre outros tem sido novas influências na minha arte. Através deles eu abro meus sentidos para entender diferentes formas do que nos últimos anos eu apenas via em japoneses como Yoshihiro Togashi, Yoshiyuki Sadamoto, Tite Kubo (Bleach), Hiromu Arakawa (Full Metal Alchemist), Akira Toriyama, Clamp e também em brasileiras como Simone Beatriz do Studio Seasons e Érica Awano em Holy Avenger.

Outra grande nova influência para o meu jeito de fazer quadrinhos veio dos livros Desvendando Os Quadrinhos de Scott McLoud e Arte Sequencial de Will Eisner. Este último me provou que eu era um analfabeto quando se tratava do mestre dos quadrinhos ocidentais.

O que quero dizer com esse texto (que acabou ficando enorme) é que se você busca ser um quadrinista melhor deve mergulhar sem preconceito em todas as formas que essa incrível arte possui de se expressar. Pense nisso.

Dicas do dia:

  1. Leia o post Um retumbante tapa na cara do quadrinho nacional no blog Nanquim na Unha do Caracciolo. É um ótimo texto sobre a pobreza do mercado nacional de quadrinhos.
  2. Veja a Biblioteca de Quadrinhos de Sidney Gusman, o editor do Universo HQ. Aqui você pode encontrar um monte de ótimas hqs pra começar a velejar em todos os estilos possíveis da arte sequencial!
  3. Bem… esse final de semana tem página nova de Tailer, oka? #merchan