em Carreira

Trabalhar com desenvolvimento de software, ser um programador, requer muito mais do que conhecer uma linguagem de programação e alguns pacotes, exige diversas habilidades do ser humano. Agilidade, flexibilidade, criatividade e diversas outras. Isso não se consegue da noite para o dia.

O que tenho notado ultimamente em muitos profissionais é a pressa de chegar até o nível mais alto dos cargos. Se tornar um sênior o quanto antes, mesmo tendo apenas dois ou três anos de experiência no mercado de trabalho.

Em parte, isso é culpa das empresas que simplesmente estão desesperadas por programadores e oferecem cargos e salários super altos para pessoas com pouca experiência. Não que ter altos salários seja algo ruim ou que ter um nome bonito para o cargo no Linkedin seja um problema.

A verdadeira questão é a confusão que isso pode causar quando se tem alguém com poucos anos de experiência sendo a referência de uma equipe.

Sim, um programador sênior é uma referência para todos os outros membros de sua equipe. E o bom programador júnior é aquele que sabe que “ser o menos inteligente da mesa” é algo essencial para o seu crescimento.

Não existe uma regra para se definir quem é sênior ou quem é júnior, isso vai depender do plano de carreira de cada empresa.

O que existe é uma regra importantíssima para os programadores em qualquer nível de carreira, iniciantes ou experientes: Jamais pare de aprender!

“Tá, mas como eu vou saber que nível estou?” – Leitores

Como depende de cada empresa, fica complicado saber. Para dar uma ajuda vou mostrar uma listinha…

A lista

Aqui vai uma tradução de uma lista muito interessante que o DHH, criador do Rails e founder/CTO do Basecamp, publicou em uma conversa no twitter esta semana.

Essa lista faz parte do Basecamp Employee Handbook, o manual do funcionário do Basecamp, e clarifica um pouco sobre as competências que cada programador deve ter dentro da empresa para ser júnior, pleno ou sênior.

Lembrando que cada empresa define o que acredita ser o melhor para cada nível. Eu gostei e me identifico muito com o conceito deles. Por isso estou publicando aqui.

Programador(a) júnior

  • O trabalho é cuidadosamente revisado com substanciais idas e vindas.
  • Tem domínio dos recursos básicos da linguagem, mas pode ainda não ter familiaridade com algumas estruturas avançadas.
  • Tem problemas ocasionais para seguir padrões e compreender abordagens dentro das bases de código existentes.
  • Trabalha principalmente com escopos mais bem definidos e em problemas de rotina.
  • Costuma ter menos de 2 anos de experiência como programador profissional no domínio específico.

Programador(a) Pleno(a)

  • O trabalho é revisado com a necessidade ocasional de mudanças na implementação.
  • Compreende os padrões e abordagens estabelecidos nas bases de código existentes com facilidade.
  • Trabalha principalmente em funcionalidades ou problemas individuais com escopo claro e bem definido.
  • Costuma ter pelo menos 2-5 anos de experiência como programador profissional no domínio específico.

Programador(a) Sênior

  • O trabalho não precisa necessariamente ser revisado, mas a abordagem geral pode ser.
  • Totalmente capaz de desenvolver sozinho funcionalidades importantes do conceito inicial até a entrega (ao lado de um designer).
  • Pode fornecer feedbacks importantes sobre o trabalho de programadores plenos e juniores.
  • Especialização profunda dentro de pelo menos um ambiente de programação.
  • Proficiência básica em pelo menos um ambiente de programação adicional.
  • Costuma ter pelo menos 5-8 anos de experiência como programador profissional no domínio específico.

Eles ainda possuem um nível de Lead Programmer e um de Principal Programmer, que poderiam ser definidos como níveis de líder técnico, gerente de equipe e diretor(a) de departamento.

O que me chamou muito a atenção nesta lista é que o conhecimento técnico de uma linguagem faz diferença em cada nível, mas não é a única coisa a ser levada em conta. Lembre-se disso!

O que achou da lista? Deixe sua opinião nos comentários.

Nos vemos na próxima.

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