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Crônicas Quadrinhos

Relembrando antigos personagens

Em outubro eu fiz aniversário.

Resolvi abusar e me dar de presente um “brinquedo” novo, coisa que eu não fazia já tinha muitos anos.

Eu comprei um iPad 7 e uma Apple Pencil para desenhar.

Depois de muita pesquisa, minha mãe me deu a dica: “procura no Mercado Livre”.

Eu sempre fui meio cético com o Mercado Livre, mas a verdade é que consegui economizar mais de mil reais e ainda chegou em poucos dias na minha casa. Fica a dica.

Bem, mas esse post não é sobre o Mercado Livre e também não é sobre meu novo material de desenho.

Tudo isso foi apenas uma introdução para dizer que comecei a me divertir bem mais apenas em desenhar.

Eu sempre considerei o desenho uma ferramenta necessária para contar histórias através dos quadrinhos e dificilmente eu desenhava algo só para me divertir.

Só que com o iPad eu consegui me divertir muito fazendo desenhos aleatórios.

Assim que eu terminava de fazer um desenho, postava no meu Instagram e na comunidade Fliptru com algum texto (alguma crônica sobre o que aquele desenho representava) e já queria partir para o próximo logo.

Comecei desenhando personagens de menor importância da minha série em quadrinhos Tailer. Olha os desenhos aí embaixo.

Depois de relembrar estes personagens menores eu resolvi ir mais longe. Comecei a relembrar personagens de projetos de quadrinhos antigos.

E aí que a diversão começou de vez.

Zanecia

Me lembrei de um projeto de série em quadrinhos de 2004 que eu gostava muito chamado Zanecia.

O capítulo piloto da série, feito em 2004 mesmo, está disponível pra ler na Fliptru.

Aí fiz um desenho (que eu adorei o resultado, impressionantemente) dos personagens principais e me lembrei de parte da história.

Personagens de Zanecia em 2020

Vou citar o que escrevi no post da comunidade Fliptru aqui pra você ver o tanto que consegui lembrar do projeto.

O ano era 2004 e eu tinha passado mais de um ano desenvolvendo um mundo fantástico que servia de base para a história de dois irmãos.

Gostaria de compartilhar com vocês o que eu lembro desta história (que acabou ficando apenas no capítulo piloto) e esse desenho que acabei de fazer dos protagonistas desta HQ esquecida.

Eu perdi todas as anotações, mapas e desenhos que tinha feito naquela época, então vou escrever aqui o que lembro.

Um continente com seu pequeno e litorâneo lado ocidental dividido em cinco reinos (e mais um deserto ao centro que é motivo de disputas por posse e o qual seu povo luta por independência) e seu lado oriental colossal, praticamente desconhecido para todos os habitantes dos reinos.

O que divide os dois lados é uma cordilheira impenetrável. Poucos foram os que conseguirem atravessar de um lado para outro nos últimos séculos.

Nos cinco reinos a magia ancestral domina. Magos que recitam mantras, palavras de poder e desenham símbolos conseguem extrair magia da energia da natureza que os ronda.

Em eras antigas deuses e demônios eram invocados em rituais extremamente difíceis. Eles batalhavam entre si neste território e, dizem as lendas, foram suas batalhas que ergueram a cordilheira e cravaram o grande cânion na região ocidental.

Estas invocações foram banidas há séculos e são pouco comuns nos tempos atuais.

Já o pouco que se sabe sobre o lado oriental é que seu povo domina a energia da natureza sem necessidade de símbolos e conjurações, e que tem uma aparência e cultura diferente dos cinco reinos.

Neste cenário encontramos nossos heróis.

Dois irmãos, um rapaz e uma garota, estão em busca de seu pai que foi sequestrado quando eles eram ainda crianças e levado para o reino sombrio.

Comandado por um rei misterioso, que muitos dizem ser um demônio, esse é o único dos cinco reinos que tem suas fronteiras totalmente fechadas. Ninguém entra e ninguém sai.

Os irmãos buscam pelo ocidental. Um homem que faz parte das histórias do passado recente dos cinco reinos.

Dizem que ajudou treinou e ajudou o líder do povo do deserto a começar a guerra pela independência.

Esse homem oriental é conhecido por ser muito forte, por isso os irmãos acreditam que ele pode ajudá-los a recuperar seu pai do reino sombrio.

Mas antes de encontrarem o oriental, os irmãos acabam interrompendo uma tentativa de invocação de um demônio. Com isso, o ser acaba vindo para nosso plano com um corpo pequeno e apenas parte de suas habilidades.

Esse é o grupo que vai avançar durante a história em busca do pai dos irmãos protagonistas.

Confesso que não lembro o nome dos irmãos, mas o oriental se chama Zan e o mini-demônio se chama Gy, ambos diminutivos dos seus nomes originais.

Bom, isso é parte do que eu lembro de toda essa história.

Eu lembro um pouco mais sobre Hilflos (o nome do deserto) e seu passado recente.

Mas no geral é só isso que sobrou na memória depois de 16 anos…

Espero que tenham gostado de saber mais sobre essa história que infelizmente nunca existiu como uma HQ pra valer.

Ainda hoje, enquanto relembro de todo o contexto dessa história, dos personagens, do desenvolvimento do mundo fantástico em que a história iria acontecer… me dá um pouco de pena de eu ter escolhido avançar com Tailer em vez de Zanecia em 2006.

Porque a questão era exatamente essa. Eu precisava escolher em qual série eu iria dedicar meu tempo livre, que na época era muito mais abundante do que é hoje.

Eu realmente acho que tinha algo muito bom ali.

D.A.P

Bem, vamos continuar com mais uma lembrança de série antiga… agora uma MUITO antiga.

Depois de brincar de desenhar os personagens de Zanecia, eu resolvi relembrar minha primeira webcomic. Ou seja, a primeira história em quadrinhos que eu publiquei na internet.

Eu mal me lembro o ano em que isso aconteceu, mas era por volta de 2000 ou 2001, não tenho certeza.

Mas me lembro do Rui Müller, protagonista da mini-série em três capítulos entitulada D.A.P ou Departamento para Assuntos Paranormais.

Surpreendentemente, também gostei do resultado desse desenho.

Rui Müller de D.A.P em 2020

Vou citar o texto que postei na comunidade Fliptru aqui também, para você conhecer a história por trás dessa história.

D.A.P. foi minha primeira webcomic.

Se não me engano o ano era 2001.

Eu trabalhava em uma história em quadrinhos por pura diversão (que era o único motivo que eu tinha pra fazer HQ com 14 para 15 anos) até que um colega da escola técnica onde eu fazia o ensino médio descobriu que eu fazia quadrinhos.

Ele estava construindo um site de variedades e pediu para postar minhas histórias lá.

Foi assim que descobri que quadrinhos poderiam alcançar muita gente através da internet.

As pessoas me mandavam emails comentando sobre a história e isso me deixou tão empolgado que resolvi aprender a fazer sites pra publicar todos os meus quadrinhos na internet.

O nome dessa minha primeira webcomic era D.A.P. que é a sigla do Departamento para Assuntos Paranormais da Polícia Federal brasileira.

Esse cara no desenho era o protagonista do quadrinho. Um agente do D.A.P. que se chamava Rui Müller.

Eu mal me lembro dessa história e já perdi todas as páginas dela.

Só lembro que o Rui tinha um poder cinético que emanava das mãos, que dirigia um Scort preto e que morava só com seu cachorro.

Lembro que ele era meio mulherengo (estilo James Bond das antigas) e que estava sempre flertando com duas colegas, uma que o odiava e outra que era mais bobinha (bem clichê, obviamente).

Foi legal relembrar da minha primeira webcomic e fazer essa arte pra me divertir um pouco também.

Foi uma história que me marcou muito. Afinal, foi graças a ela que eu percebi que a internet poderia levar meus quadrinhos para um monte de gente que eu nem conhecia.

Infelizmente eu perdi as páginas (tanto os arquivos digitais como os originais) dos três capítulos dessa história e nem ao menos me lembro direito sobre o que era.

De qualquer forma, ela estará sempre na minha memória.

As que faltaram…

Pra finalizar, as histórias que ainda não fiz um desenho dos personagens. Mas isso ainda pode ser corrigido em algum momento em que eu puder relaxar com o iPad na mão.

Oni’s

Uma bem importante que faltou eu fazer um desenho foi Oni’s.

Oni’s foi uma história longa, chegou a ter dez capítulos, mas é um daqueles projetos longos que você nunca chega a finalizar, sabe?

Olha estes desenhos dos personagens feitos entre 2001 e 2002 (acho).

A única coisa que me lembro sobre a história é que as crianças eram reencarnações de seres muito antigos chamados de Onis.

A milhares de anos (ou seriam centenas, eu não lembro mesmo) existia uma rixa política entre dois países com seres poderosos (magicamente falando).

Eu parei de produzir capítulos exatamente quando ia começar a contar esta história do passado, mas a questão é que eles estavam sempre em guerra.

Agora que todos reencarnaram nos tempos atuais, eles se lembram de suas vidas passadas e se confrontam. Alguns buscando vingança e outros apenas querendo continuar sua guerra do passado.

Acho que era isso… não lembro quais das crianças dos desenhos aí eram reencarnações e quais eram apenas envolvidos acidentalmente na trama.

Apenas o Victor (o menino no meio do fogo ali em cima) e o Ader (o loiro alto) eu sei que eram reencarnações dos seres antigos.

Eu também perdi as páginas dessas história, tanto as originais feitas à mão como suas versões escaneadas… é uma pena.

Bom, de qualquer forma, quem sabe eu faça uma versão 2020 deles também para me divertir.

21

Também faltou falar de mais um projeto da mesma época que Oni’s.

Ele se chamava simplesmente 21 e teve apenas três capítulos, cada um desenhado por um artista diferente.

Eu escrevia o roteiro e achava pessoas que estavam a fim de participar do projeto para desenhar.

Dio Moreno

O protagonista se chamava Dio Moreno por causa do vocalista de uma banda que eu gosto muito chamada Deftones (Chino Moreno).

Ele era apenas um andarilho em um mundo fantástico que passava de cidade em cidade se metendo em problemas sem querer.

Não era um enredo lá muito diferenciado, na verdade…

Obviamente, eu também perdi as páginas que tinha dessa história. Já viu que eu não era muito cuidadoso com meu material, tanto físico como digital, né.

Só que era um projeto legal por ter sido a primeira vez que eu escrevi um roteiro para outros desenhistas.

Finalizando a nostalgia

Este texto foi muito legal de fazer, porque ele me fez voltar no tempo, assim como os próprios desenhos me fizeram também.

Espero que você também tenha se divertido lendo um pouco sobre as minhas HQs do passado.

Quadrinhos fazem parte da minha vida a muito mais tempo do que isso tudo que falei, ainda poderia comentar parágrafos e parágrafos sobre os projetos que tive antes do ano 2000, mas aí nem eu ia aguentar ver os desenhos dessa época.

Se você leu até aqui, obrigado de verdade! Me deixa um comentário falando que leu tudo só pra eu me sentir melhor de ter investido um tempo pra fazer este texto.

Eu sei que ele é mais divertido de escrever do que necessariamente vai ser para quem está lendo…

Abraços e até o próximo textão!

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Personagens

4 dicas para criar personagens “gostáveis” para seus quadrinhos

Neste vídeo eu quero te mostrar alguns atalhos para criar personagens “gostáveis”, ou seja, personagens que tem mais chance de que os leitores gostem muito.

São dicas que deixam seus personagens com maior chance de gerar empatia nos seus leitores. Faz com que eles queiram saber o destino dos personagens da sua história.

Vamos lá?

Links úteis para você

Quem sou eu para falar 4 dicas para criar personagens “gostáveis” para seus quadrinhos?

Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:

  • Entreter através das minhas histórias;
  • ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
  • e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Personagens Storytelling

Como fazer o meio da história

Não sabe como continuar sua história? Como fazer o meio da história? Então você pode estar errando em algo essencial!

Normalmente já temos o primeiro ato da nossa história na cabeça, ou seja, sabemos como ela começa.

Muitas vezes já temos uma ideia de como será o terceiro ato, a conclusão.

Mas quando chega a hora de fazer o personagem ir do ponto que está no primeiro ato até o ponto que você quer que ele esteja no início do terceiro ato você fica perdido.

Só que se você dominar bem o desenvolvimento do personagem e utilizar uma forma de vigília no comportamento dele durante a história, isso não será um problema.

Se bem feito você poderá escrever centenas de páginas só do segundo ato (ou o meio) da sua história.

Neste vídeo eu falo sobre o comportamento dominante e como você pode usar isso para criar o segundo ato da sua história.

Assista e comente com sua opinião.

Links úteis para você

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Personagens

Como fazer personagens que as pessoas gostem?

Isso é algo que muita gente me pergunta: como fazer personagens que as pessoas gostem?

Desenvolvimento de personagem é um assunto que adoro e por isso fico feliz em perceber que os autores e autoras de quadrinhos iniciantes estão começando a entender o quanto isso é importante para o sucesso de sua história.

Por isso eu fiz um vídeo com uma técnica que pode ajudar muito na criação de um personagem likeable ou gostável.

Transcrição do vídeo

Como criar personagens que as pessoas vão gostar? Como fazer personagens que as pessoas gostem?

Olá, aqui é o Marcus Beck e eu falo sobre criação de quadrinhos.

E nesse vídeo eu quero mostrar algumas ideias, algumas técnicas, para você criar personagens que gerem empatia e que façam com que as pessoas se interessem e gostem de acompanhar as histórias deles.

Ou seja, como fazer personagens que as pessoas gostem.

E por que isso?

Simplesmente porque as pessoas não acompanham histórias só pelo enredo, só pelo mundo que você criou.

As pessoas acompanham as histórias por causa dos personagens que estão nela.

Mesmo que a sua história não seja “character driven”, né, que é direcionada pelo personagem, que seja direcionada por um tema ou alguma coisa assim.

Os personagens que estão na sua história fazem muita diferença na hora de um leitor escolher ou não acompanhar a sua história.

As pessoas gostam de acompanhar outras pessoas.

A gente pode ter uma noção disso simplesmente entendendo o mundo de hoje, né.

As mídias sociais, o Youtube.

As pessoas gostam de se relacionar com outras pessoas.

Isso é da natureza humana e vem desde sempre. Nós somos seres sociais, né, nós vivemos em comunidade desde sempre.

Então é super importante acompanhar, gostar, ter empatia, ter um relacionamento com outra pessoa. Isso é importante pro ser humano.

E na hora de contar uma história funciona do mesmo jeito.

A gente prefere acompanhar histórias que tenham personagens que se relacionam de alguma forma com a gente.

Por isso que você precisa sim saber como fazer personagens que as pessoas gostem, né, que o leitor goste.

Então é importante saber pra quem você tá escrevendo.

Não adianta você escrever para adolescentes, por exemplo, e criar personagens que pessoas mais velhas vão gostar. Né, idosos vão gostar, por exemplo.

Não adianta você escrever pra crianças e criar personagens que adultos vão gostar. E assim por diante.

Mesma coisa o inverso.

Não adianta você escrever para adultos pensando num personagem que crianças vão gostar. E assim por diante.

Esse processo é muito importante.

Então saiba para quem você tá escrevendo.

Isso é um ponto importante. 

Eu já falei inclusive num vídeo aqui no meu canal, vou deixar no card e também o link na descrição pra você assistir se você quiser. E eu falo sobre quem é o seu público alvo, ou seja, pra quem você tá escrevendo sua história.

Então depois que você já sabe pra quem você tá escrevendo, você tem que começar a pensar o que você precisa fazer pra que essa outra pessoa, essa pessoa que tá lendo, que tá recebendo sua história, goste do seu personagem.

E uma coisa que é genérica, que serve pra todo mundo, não interessa se você tá escrevendo história pra criança, história pra adulto, história pra idoso, pra homem, pra mulher, pra… não faz diferença.

Uma coisa que serve pra todos é um personagem que não é perfeito, ou seja, um personagem que tenha falhas.

Você conhece alguma pessoa perfeita no seu círculo de amizade? Você conhece uma pessoa que não tem falha de caráter nenhum?

Bom, eu pelo menos não conheço e acho que dificilmente você vai conhecer também.

E isso é um ponto importante.

Como você vai querer que um leitor, uma leitora, se relacione com o personagem que você tá criando se esse personagem não parece verdadeiro, não parece que existiria.

Ah, aí você pode pensar: “Beleza, mas o meu personagem é um super-herói” ou “ele é um cavaleiro do mundo medieval, então ele não precisa ter essas falhas”. 

Não! Seres humanos tem falhas.

Então não interessa se ele é um alienígena, não interessa se ele é um homem das cavernas, o seu leitor é um ser humano e ele vive no mundo que a gente vive hoje.

Então pra que o seu leitor tenha essa relação você precisa criar falhas de caráter que esse leitor reconheça de alguma forma.

Então é importante que você insira uma falha de caráter, né, alguma questão nesse personagem que possa fazer com que o leitor pense assim: “Nossa, eu conheço uma pessoa assim!”, “Nossa, eu sou assim!”. 

Então vamos dar um exemplo assim pra tentar ser um pouco mais prático aqui.

Se o seu personagem precisa enfrentar um grande desafio ele pode ser um personagem destemido, por exemplo. 

Ele é o cara que não tem medo.

Ele é o cara da galera, do grupo, que enfrenta qualquer desafio, que corre vai lá e faz. Ele é o primeiro a tomar uma atitude. Ele é super destemido.

Isso aí a gente poderia pensar: “Nossa, que cara legal!”. 

Mas graças a isso ele coloca todo mundo em risco.

Toda vez que ele faz isso ele causa um problemão, né.

Não toda vez, as vezes isso pode ser usado pra fazer com que ele realmente tenha uma atitude positiva.

Mas as vezes ele faz isso, por ser destemido demais, ele faz isso e acaba causando um problema pro grupo.

Aí você tem um personagem que tem uma coisa positiva, que é ser destemido, mas ao mesmo tempo isso faz com que ele seja impulsivo, talvez. 

E aí essa é a falha que vai fazer seu personagem ser um pouquinho mais verosímil.

A gente nem sempre toma as escolhas certas, né, no nosso dia-a-dia, na nossa vida.

Todo ser humano tem esse problema. 

As vezes você toma atitudes, ou toma escolhas erradas. Faz escolhas erradas.

A mesma coisa seu personagem.

Tem que saber como fazer personagens que as pessoas gostem.

Em algum momento essa falta de medo dele, né, o fato dele ser destemido vai fazer com que ele cause um problema.

Ou seja, ele vai tomar uma decisão equivocada e vai levar o grupo até um grande problema.

Outro exemplo que a gente pode dar, por exemplo, é o personagem ser tão “overpowered”, ele é tão poderoso que ele chega a ser um pouco arrogante, né. 

Ele sabe que ele tem muito poder. Que ele enfrenta qualquer coisa. E por isso ele começa a ser arrogante, ele começa a tratar os outros como se fossem menos do que ele.

Isso é uma falha que você tá inserindo em um personagem que poderia ser perfeitão. 

“Eu sou o Superman, né, eu sou justiça, poder, né, eu sou maravilhoso”, mas ao mesmo tempo ele começa a tratar os outros como se fossem menos do que ele.

Ou seja, tem uma falha nesse personagem, esse personagem deixa de ser perfeito então ele começa a ser um pouquinho mais verosímil.

O leitor começa a acreditar um pouquinho mais que aquele personagem poderia existir no nosso mundo.

Isso vai automaticamente gerar uma empatia.

Não necessariamente ele vai gostar do personagem, não necessariamente ele vai achar que ele é igual ao personagem, mas ele vai acreditar que aquele personagem pode existir.

Que aquele personagem não é uma estátua, né. Que é um personagem que pode existir no nosso mundo.

E isso vai gerar automaticamente essa relação de que aquele… o que será que aquele personagem vai fazer? Como isso vai atrapalhar a vida dele? Como isso vai atrapalhar a vida dos outros? 

Então já começa a gerar uma questão. 

“Eu conheço um cara assim!”. 

“Meu chefe é assim!”.

“Um outro colega… um colega que estuda comigo, por exemplo, é muito inteligente e age desse jeito também”.

Então começa a gerar uma relação entre as pessoas que o leitor conhece.

E aí começa a ficar mais fácil de ele interagir, de ele relacionar, de ele se relacionar com aquele personagem que ele tá lendo na sua história.

Ou seja, a grande questão aqui é:

Você precisa fazer com que seu personagem tenha uma falha de um ser humano normal.

Mais uma vez eu lembro: 

Ele pode ser alienígena, pode ser de outro planeta, né, ele pode ser da idade média, ele pode ser do futuro de uma ficção científica.

Ele pode ser o que for, mas ele vai ter falhas que seres humanos tem.

Outra coisa que você pode aproveitar também é fazer o antagonista com uma falha relacionada de alguma forma com aquele protagonista também.

Isso é interessante, né.

Você pode colocar por exemplo um protagonista bem humilde e um antagonista extremamente arrogante.

Isso vai elevar em alguma potência, em uma certa potência, a humildade do nosso protagonista.

Então pra dar um exemplo dessa relação entre o antagonista e o protagonista eu vou contar uma história bem engraçada rapidamente que aconteceu comigo e com a minha esposa enquanto a gente assistia televisão.

A gente tava assistindo um programa que era de reforma. 

Eram quatro mulheres que faziam reforma em quatro casas e era uma espécie de competição pra ver quem conseguia valorizar mais a casa.

Uma dessas personagens, né, que apesar de ser um Reality Show eles são personagens, né pessoal.

Eles são dirigidos, né, a edição é feita para que exista uma história no episódio, mesmo sendo um Reality Show.

Uma dessas personagens era extremamente arrogante.

E ela costumava dizer assim: 

“Nossa, eu com certeza tenho mais experiência que as outras”.

“Eu vou conseguir, de certeza, fazer uma reforma melhor”.

“Minha casa vai valer muito mais”.

Então existia toda uma questão dela ser um pouco arrogante assim.

Enquanto uma outra personagem, uma outra pessoa que tava fazendo a reforma também, era extremamente humilde e ela não tinha certeza se ela tava conseguindo.

Então ela era um pouco insegura.

Isso criou um contraste, um antagonismo entre essas duas personagens.

O que aconteceu imediatamente foi que minha esposas começou a torcer pra personagem mais humilde.

E odiar a personagem mais arrogante.

Foi automaticamente, foi crescendo durante o episódio.

Foi gerando esse antagonismo e pra minha esposa foi ficando cada vez mais claro de que ela queria muito que a mais humilde ganhasse.

E por que que isso aconteceu?

Pela questão de arrogância e humildade.

Pela combinação entre essas duas coisas.

Só pra você ter uma noção, a gente começou a… tava “zappiando” pela televisão e achou um programa que só tinha aquela personagem mais humilde.

É que essas quatro mulheres na verdade tinham… cada uma delas tem um programa de reformas, né.

E adivinha o que aconteceu?

A minha esposa quis assistir.

Porque ela gerou uma relação lá naquele programa, graças ao antagonismo, né, graças a outra personagem ser arrogante e ela ser humilde. 

E aumentar, fazer com que esse grau de humildade parecesse maior, graças a arrogância da outra.

A relação foi imediata. A empatia da minha esposa com essa personagem foi muito maior e ela já quis assistir o programa onde só aparecia aquela personagem.

E ela não quis assistir o programa da antagonista, né, aquela mais arrogante.

Ela quis assistir daquela mais humilde, porque ela gerou essa relação, ela criou, ela gostou mais dessa personagem por causa da outra.

Pelo contraste na verdade, né, com a outra.

É a mesma coisa que você tem que fazer na história.

Você pode usar um antagonista pra revelar a parte boa daquele personagem.

Só que assim, a personagem que ela gostou era mais humilde, mas obviamente ela parecia muito mais insegura também.

Então ela tinha uma falha de caráter. Ela não era só perfeita. Só humilde.

Nossa, humildade em pessoa. Madre Teresa.

Não, ela era também uma personagem com uma certa insegurança.

E a outra tinha uma coisa boa.

Ela era uma personagem super autoconfiante.

Então são coisas boas, autoconfiança.

Mas o exagero da autoconfiança trouxe a arrogância.

E nesse caso o exagero da humildade talvez trouxe a insegurança.

Então a gente tá criando personagens que se conectam com coisas que você provavelmente vê no mundo real.

E esse é um ponto chave que você pode fazer. Pode criar pra desenvolver melhor os seus personagens.

Sempre ter essa relação, né.

Porque você nunca cria um personagem sozinho, ele vai um antagonismo, né, um outro personagem que vai ser antagônico a ele de alguma forma.

E esse personagem antagônico pode ser utilizado pra alavancar as coisas positivas desse protagonista.

Assim como o protagonista pode acabar alavancando também coisas positivas de um antagonista.

Por que não?

Mas o importante é que graças a isso o seu leitor ou sua leitora vai se relacionar com algum deles.

Que seja o vilão, que seja o protagonista, que seja um dinâmico, né, um personagem coadjuvante, né. 

Que seja um oponente.

Em qualquer tipo de personagem que você desenvolver você pode gerar essa mesma sensação com o seu leitor.

Esse relacionamento, essa empatia que o seu leitor vai ter com esse personagem.

E não tenha dúvida.

Assim como minha esposa quis assistir o programa daquela personagem que ela se relacionou, o seu leitor também vai querer ler mais histórias com aquele personagem, ou talvez mais capítulo se for uma série, por exemplo, coma quele personagem que ele se relacionou, que ele gostou mais também.

Bom, eu quero conversar mais com vocês sobre personagens, desenvolvimento de personagens, que é um tema que eu adoro. Como fazer personagens que as pessoas gostem.

Então deixa comentários com dúvidas ou um comentário mesmo sobre esse tema que a gente tá falando aqui nesse vídeo também.

E não esquece de se inscrever aqui no canal nesse botãozinho vermelho que tem aqui embaixo.

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Você pode também ler os meus quadrinhos lá na Fliptru.

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Só clicar lá e ver todos os meus quadrinhos de graça e online.

E você também pode entrar no meu canal do Telegram onde eu ponho alguns extras de vez em quando.

O link também tá aqui na descrição.

Muito obrigado por assistir esse vídeo e até a próxima.

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Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

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Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Como criar HQs

Respondendo sobre personagens, desenho, storytelling, motivação e outros assuntos

Fiz um vídeo extra nesta semana para responder todas as perguntas que me fizeram em uma postagem da aba Comunidade do meu canal do Youtube.

As perguntas que respondo aqui são sobre personagens, desenho, storytelling, motivação e outros assuntos.

Abaixo você tem a transcrição do vídeo, caso prefira ler do que assistir.

Transcrição

Oi, aqui é o Marcus Beck e eu falo sobre criação de quadrinhos.

Na semana passada eu abri um post na aba comunidade do meu canal e pedi para que vocês fizessem perguntas sobre como criar quadrinhos.

De vez em quando eu faço isso porque gosto de saber quais são as dúvidas que os inscritos aqui do canal tem, assim posso preparar vídeos melhores para todos.

Recebi quase 50 perguntas e por isso acabei dividindo o vídeo em duas partes.

A primeira parte eu postei nesta quarta-feira, dia que sempre posto vídeos aqui no canal, mas resolvi fazer este vídeo extra hoje para dar continuidade nas respostas.

Então vamos lá.

Assim como no vídeo passado vou dividir as perguntas em temas.

Vou começar respondendo as perguntas sobre personagens.

Personagens

Emina sanEstou com dificuldades para criar personagens, sempre que crio uma história os personagens tem as mesmas personalidades, tem alguma dica para melhorar nisso ?

Sim, Emina, tem algumas dicas pra dar nesse sentido. Já falei sobre isso em vários vídeos aqui no canal e tem até uma playlist sobre o assunto.

Vou deixar o link para a playlist nos cards e também na descrição aí embaixo.

Para não ficar sem resposta por aqui, fica duas dicas para desenvolver melhor a personalidade dos personagens.

  1. Use uma pessoa que conhece como inspiração para personalidade de um personagem. Por exemplo, um amigo ou um parente. Quando o personagem for agir na história, tente pensar como essa pessoa que você conhece agiria. Isso vai dar uma cara real para o personagem.
  2. Crie uma ficha de personagem. Eu explico isso de forma mais aprofundada no meu curso HQ na Prática, mas basicamente você pode procurar um modelo de uma ficha dessas na internet mesmo. Responda todas as perguntas como seu personagem e vá criando a personalidade dele com isso. Nessa ficha você aborda o passado do personagem, as crenças religiosas e até coisas do dia-a-dia, como o que gosta de comer. Por mais que essas coisas não sejam reveladas na história, você como autor ou autora TEM que saber isso tudo. Quanto mais importante o personagem é para a história, mais você tem que desenvolver a personalidade dele.

ZodíacoComo fazer um personagem fantastico mais crivel? Eu estou fazendo uma hq sobre um vampiro,porém não sei cono deixar-lo mais coerente com a realidade ou mais assustador

Bom, a resposta da pergunta anterior poderia ser dada para esta pergunta também. Você precisa desenvolver a personalidade, os desejos, as crenças e tudo mais do personagem.

Fernando EpalangaPara fazer as personagens nas histórias de quadrinho, é necessário usar técnicas do desenho?

Opa, Fernando. Com certeza! O desenho é a principal ferramenta para contar a história na linguagem dos quadrinhos.

Estudar técnicas de desenho é muito aconselhável, tá?

Nutella sanQuanto tempo vc leva pra fazer os personagens? Contando com a personalidade e etc…..

Eita… difícil responder isso. Tem personagens que eu to desenvolvendo há anos!

Eu tenho um projeto de HQ chamado Magnos, eu até publiquei o capítulo piloto lá na plataforma Fliptru, e eu ainda estou trabalhando (não o tempo todo, mas de vez em quando) naqueles personagens e na história como um todo.

Não acho que exista um tempo certo para isso, quanto mais profundo você quer fazer seu personagem, mais tempo deve investir no desenvolvimento dele.

Bom, vamos agora para o segundo tema das perguntas do vídeo de hoje.

Vou responder perguntas que abordam o desenho das páginas.

Desenho de páginas

Marco TelesComo fazer uma hq totalmente no papel? Lápis, arte final e cores? Pode liberar o letreiramento para o computador. Tem um público, no qual me incluo, que domina melhor o analógico que o digital. Nanquim e aquarela. Acho que seria uma série bem interessante.

Olha, Marco, essa pergunta é ótima.

Eu comecei a fazer meus primeiros quadrinhos para publicar na internet no início dos anos 2000 e de lá até mais ou menos 2017 eu sempre trabalhei direto no método tradicional.

Desenhando em folha A4 (na maior parte do tempo), até porque eram mais baratas.

Usava uma caneta Stabilo 0.4 bem baratinha e fazia tudo com ela.

Bom, eu experimentei muitos materiais diferentes, na verdade, mas todos no estilo tradicional.

Eu só mudei para o digital pela praticidade mesmo.

Então, respondendo sua pergunta, você precisa de papel, caneta (ou pincel, ou bico-de-pena e nanquim)… hmm… precisa de uma régua boa e uma borracha boa.

Se tiver como digitalizar com um scanner, ótimo! Pode colocar o letreiramento digital, mas se preferir, dá pra fazer ele na mão sem problema nenhum também.

Se fizer colorido manualmente, aí o que você realmente precisa aprender é trabalhar com um software de edição de imagens, tipo o Photoshop, para poder deixar as cores bonitas, porque o scanner costuma dar uma mexida nas cores feitas a mão e fica meio esquisito.

A questão é que hoje em dia fazer o quadrinho e não digitalizar é impensável. Mesmo que você faça ele todo à mão, no final você precisa divulgar via internet… então pelo menos a parte de fechar o arquivo, digamos assim, você tem que fazer no computador.

Não tem muito como escapar disso, sabe? Tem que aprender pelo menos o básico do digital.

ouriço samuraiComo se faz em casa? Tipo,o que eu preciso para fazer?

Bem, acabei de responder isso.

Nataniel GonçalvesPoderia fazer algo sobre luz e sobra em quadrinhos ?

Luz e sombra são técnicas de desenho básico. Para a narrativa visual isso é muito importante, porque pode dar um clima leve ou pesado para uma cena em específico.

Estudar isso é muito importante!

BLACK ?SELAComo fazer uma hq Preta e branca

Vou conectar a resposta anterior com essa pergunta. Domine a luz e sombra, isso é o mais importante para criar HQs só com preto e branco.

Eu fiz uma assim chamada Viajante. Vou deixar o link na descrição do vídeo para você dar uma olhada.

O objetivo de fazê-la só com preto e branco foi praticar luz e sombra e também uma forma de criar um clima diferente nas cenas da história.

Não é fácil não, mas vale a pena tentar!

Elias MatheusSombreamento e esboços são fundamentais?!?!

Sim! Como eu disse na pergunta sobre personagens, todas as técnicas de desenho são importantes!

São ferramentas para você utilizar, é preciso estudá-las sempre!

henrique aireQuais programas de edição usar, e baratos e gratuitos. Seria bom abordar essa parte, pois assim como eu ainda não sei qual usar, ou se devo comprar ou achar um gratuito.

Olha, baratos eu não sei dizer, porque o preço é uma questão de quanto valor você dá para alguma coisa.

Por exemplo, eu queria muito uma funcionalidade do Clip Studio Paint EX que era de fazer um quadrinho com todas as páginas em um só arquivo, mas eu só tinha a versão mais barata, o Clip Studio Paint PRO.

Eu dei um jeito de usar o PRO pra fazer minhas histórias até conseguir juntar a grana pra comprar o EX, entende?

Até fiz um vídeo mostrando como, vou deixar o link pra ele nos cards e também na descrição do vídeo aqui embaixo.

Agora, falando de software gratuito, eu só consigo lembrar do GIMP, que usei por um tempo, e ele é livre e gratuito.

Já escolher um software para comprar não é fácil, eu gosto bastante do Clip Studio, mas o Photoshop também é ótimo…

Você vai ter que arriscar um deles, se quiser comprar mesmo.

Egnard LuizBoa noite. Qual o espaçamento ideal das bordas em uma folha A3 para HQ?

Das bordas? Você quer dizer as margens de corte e sangria?

Bom, eu não sei responder isso especificamente para uma folha A3, acho que uma pesquisa na internet pode te trazer essa informação melhor do que eu.

Marta Maria Da Silva De SouzaComo faz a margem para fazer os quadros?

Não entendi muito bem essa pergunta também, mas acredito que você esteja falando das calhas ou sarjetas, que são o espaço entre um quadro e outro… é isso?

Bom, se você estiver falando sobre o traço dos quadros, uma boa caneta e uma régua resolve o problema…

Agora vou responder perguntas sobre storytelling, ou contação de histórias.

Storytelling

Mateus FilhoComo prender a atenção do leitor?

Olha, eu fiz um vídeo com esse exato título. Vou deixar o link nos cards e também na descrição pra você dar uma olhada.

José Henrique MagatonComo tornar um quadrinho memorável?

Wow! Essa, José, é a pergunta de um milhão de dólares…

José Henrique MagatonNão sinto que as pessoas vão achar graça de algo que eu faço, como saber se minhas piadas que fiz na história foram boas ou bobas?

Olha, José, fazer comédia é correr esse risco, na minha opinião. Você tem que fazer aquilo que acha que vai ser engraçado e confiar no seu trabalho.

Para ajudar, procure estudar como os comediantes formulam uma piada. Tem uma técnica certa para isso!

José Henrique MagatonComo sei que minha história em quadrinhos ficou boa?

Você não tem como saber antes de mostrar para o público, mas da mesma forma que comentei na pergunta anterior, estude estrutura de história, desenvolvimento de personagens e também confie na sua criatividade.

Criatividade e estudo é a combinação que pode te ajudar a fazer uma boa história.

Bom, agora vou para a última parte deste vídeo.

Quero responder as perguntas que não se encaixaram em nenhum dos temas anteriores.

Vamos lá!

Outras

Celso JuniorComo continuar motivado e não parar a produção de um quadrinho?

Olha, Celso, eu sempre digo que motivação significa um motivo para a ação.

Basicamente você precisa fazer isso por algum motivo. Que seja para sua própria diversão ou para entreter aos outros, mas algum motivo você tem para investir seu tempo nos quadrinhos.

O meu, por exemplo, é ver a reação das pessoas a uma história que eu criei. Adoro ler os comentários e ver como as pessoas reagiram.

Então para me motivar eu produzo e publico, assim tenho essa energia retornando pra mim e me motivando a continuar.

Cristiano straccioni quintanaComo prepara a HQ quando manda para a gráfica?

Cristiano, estou preparando uma série de vídeos onde vou documentar minha primeira experiência fazendo um quadrinho impresso.

Por enquanto não consigo te responder isso, mas se inscreve e continua acompanhando o canal que logo você terá todos os detalhes.

Wagner ArmaniQual melhor lugar para encontrar um artista para desenhar suas histórias?
Há alguma tabela de custos?

Hmm… olha, Wagner, acho que hoje em dia você consegue encontrar o pessoal nas redes sociais mesmo…

Sobre a tabela de preços, você pode encontrar algumas na internet, mas na verdade cada desenhista vai ter seu próprio valor por página desenhada, então não vai adiantar muito.

Procure alguns artistas que combinem em estilo com a história que você quer contar e peça um orçamento.

Melqui HQsUm capítulo para uma hq tem que ter quantas páginas?

Ué, depende…

A primeira coisa que você tem que decidir é com que periodicidade você quer lançar: mensalmente, semanalmente, bimestral, trimestral?

Aí você tem que ver quantas páginas consegue produzir dentro deste prazo.

Mas não acho que exista uma regra pra isso, não…

Remy BrancoQuais possibilidades metanarrativas (de exploração da forma) mais lhe chamam a atenção? Lembro que das quatro “fogueiras” que o Scott McCloud aponta a que mais me interessa é a “iconoclasta”. Coincidentemente essa é uma das menos exploradas nos quadrinhos geralmente.

Eita, que pergunta acadêmica, Remy…

Tive até que ir pesquisar pra lembrar das fogueiras.

Pessoalmente eu não saberia me encaixar em um dos tipos, sabe? Nunca gostei de rótulos e acho que artistas não precisam deles.

Se tivesse que escolher talvez o Animista combinado com o Iconoclasta… mas não sei mesmo.

ViniciusxzOlha cara eu to iniciando agora tenho 15 anos gosto muito de desenhar e ler quadrinhos , quero escrever quadrinhos e desenhar quadrinhos , por onde eu começo??

Bom, começa com minha série de vídeos tutoriais. Não é muito aprofundado, mas te dá um passo-a-passo para começar.

Vai ali no meu canal e procura a série “tutorial como criar uma história em quadrinhos”.

Uma coisa que pode te ajudar também é meu ebook de 2017 Como Criar uma História em Quadrinhos.

Vou deixar o link pra baixar ele na descrição… ah, é de graça tá. Cê só precisa entrar na minha lista de emails da Newsletter que já recebe o ebook pra ler.

Thiago Ramos rpgComo sair do bloqueio de não conseguir fazer uma hq por achar que não é bom o suficiente

Olha, Thiago, eu realmente acho que essa autocrítica todos nós temos.

É normal acharmos que nosso trabalho não é bom e por isso não querer fazê-lo… mas pensa assim, se você não fizer, como pensa que vai melhorar?

Se não praticar, não melhora, entende?

Então, mesmo que ache que não tá legal, vai lá e faz!

Feito é melhor do que perfeito.

A cada trabalho que você termina, você já tá melhor do que quando começou.

Fiz um vídeo sobre isso também, vou deixar linkado nos cards e na descrição pra você dar uma olhada.

Ufa!

Acabaram as perguntas… finalmente!

Adorei que vocês me encheram de perguntas, pessoal! Muito obrigado mesmo por participarem do meu canal.

Fico feliz demais em ver que estamos crescendo e ajudando tanta gente a criar suas HQs.

Vou encerrando por aqui pedindo para que você deixe seu like e se inscreva no canal, se ainda não for inscrito.

Ativa o sininho para receber notificação quando eu lanço vídeo novo!

Não esquece de compartilhar esse vídeo para as pessoas que você acha que vão gostar.

Obrigado por assistir até aqui e até a próxima!

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Quem sou eu para falar de personagens, desenho, storytelling e motivação?

Meu nome é Marcus Beck e meus objetivos são:

  • Entreter através das minhas histórias;
  • ajudar quadrinistas independentes a divulgar seus trabalhos através da plataforma Fliptru;
  • e trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos para o maior número de pessoas possível.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho.

Por isso que criei meu canal do Youtube e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Também sempre senti a necessidade de criar uma comunidade e uma plataforma onde quadrinistas nacionais pudessem publicar suas obras e entrar em contato com seus leitores.

Por isso em 2019 eu usei meus conhecimentos como desenvolvedor de software para criar e lançar a plataforma Fliptru.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Como criar HQs

Todo personagem precisa de um medo? – Q&A #04 (parte 2)

Neste vídeo respondo várias perguntas sobre como criar quadrinhos, personagens, desenho, e muito mais. Incluindo “Todo personagem precisa de um medo?”.

Assista a PARTE UM clicando aqui.

Perguntas respondidas neste vídeo:

  • Como posso fazer uma capa que além de convencer o leitor de ler a HQ, seja coerente com a história? – Náira Maria
  • Como posso deixar minha HQ mais atraente? – Gabriel Lodge
  • Primeiramente quero agradecer você me incentivou a voltar fazer quadrinhos, não sou escritor mas amo quadrinhos sempre quis fazer minha HQ e já está em andamento. Agora minha pergunta: você cria o roteiro da história todo primeiro ou vai criando por capítulos? – Colecionador Mineiro
  • Marcus, estou sem idéias para minha história; já fiz um Wordbuilding (pelo menos uma boa parte dele), mas não consigo encaixar uma boa história nele; o que você me recomenda? – Sávio Miranda
  • Todo personagem precisa de um medo? – Vitor Cesar
  • Como dar movimento aos personagens? Sinto meus personagens muito estáticos, parecendo manequins. – Hugo Felix
  • Marcus, quando a gente termina uma história como é o processo de encontrar uma editora. Me responde, por favor! – Larissa Leit

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Quem sou eu pra falar de personagem precisa de um medo?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso ComoCriarHQ.com. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Personagens

3 dicas para melhorar o seu character design

Eu estou sempre estudando como melhorar tudo no contexto de criação de histórias em quadrinhos. E isso inclui o design dos personagens, ou character design.

Gosto de pesquisar conteúdo sobre o assunto em áreas diversas da criação de personagens, não apenas nas histórias em quadrinhos.

Sempre que acho algumas dicas importantes, trago minha interpretação dela aqui para o blog.

Penso nisso como uma forma de assimilar melhor o que estou estudando enquanto compartilho algo de interessante.

Afinal sempre dizem:

“Ensinar é aprender duas vezes.”

Este é mais um post sobre meus estudos.

Antes de começar, um pouco sobre o objetivo do character design

O objetivo principal da aparência de um personagem é representar uma mistura de sua personalidade com o seu histórico de vida, ou seu passado.

Então você pode começar pensando em quem é seu personagem antes de começar a pensar na aparência.

É claro que você pode fazer ao contrário também, como eu já fiz muitas vezes.

Você desenha o personagem e acaba criando uma personalidade e um passado para ele baseado no que você desenhou.

Eu acredito que a primeira maneira, desenhar depois, é mais objetiva e traz um resultado mais interessante se você já tem uma noção de como vai ser sua história.

Mas as vezes uma história pode vir a partir de um desenho que você fez… em resumo, tudo é válido!

Bem, mas o que eu quero dizer com a aparência representar personalidade?

Com as essas dicas vou explicar exatamente isso.

Dica #1: Formas no character design

A forma básica é importante na criação da personalidade do seu personagem por meio de sua imagem. As formas costumam ter associações psicológicas.

Como forma eu quero dizer figuras geométricas que predominam na aparência do personagem.

Seres humanos costumam associar coisas visualmente. É assim que nosso cérebro funciona.

Da mesma maneira vai funcionar associando as formas geométricas básicas (que vai reconhecer em um primeiro olhar) dos personagens com algum efeito psicológico.

Bem, vamos as definições básicas sobre os efeitos, ou associações, psicológicas que cada forma geométrica pode nos trazer.

Círculos e curvas

Formas arredondadas costumam representar leveza, inocência, pureza.

Para demonstrar isso, pense que são formas muito utilizadas para representar crianças e bebês.

Mas também para personagens adolescentes e adultos com essas características.

Triângulos e pontas

Formas pontudas costumam representar perigo, empolgação, imprevisibilidade.

Podemos ver essas formas em pessoas mais caóticas, que não costumam seguir regras e portanto são imprevisíveis de alguma forma.

Formas bem pontiagudas também podem representam algo mais sinistro, malévolo. O oposto de formas arredondadas.

Quadrados e Retângulos

Formas retas costumam representar estabilidade, força, maturidade e confiança.

Normalmente as vemos em adultos sérios e que tem grande responsabilidade sobre algo.

Também podemos ver a predominância dessas formas em pessoas mais sisudas, mais mal-humoradas, com pouca flexibilidade para mudar de opinião.

Alguns exemplos de formas em character design

Na imagem abaixo dos personagens do filme UP, podemos notar a predominância da forma redonda e circular no Russel (personagem da esquerda) e no caso do Carl (personagem da direita) podemos notar claramente as formar retangulares.

Quando eu falo da predominância, estou falando que a maior parte do personagem tem essas formas.

Só que se notarmos o cabelo do Russel tem características mais pontudas e triangulares do que circulares. Isso pode representar o seu jeito mais “caótico” e imprevisível.

Falando do mesmo filme, que tal vermos o nosso vilão?

Charles Muntz, o vilão da história, tem uma aparência com predominância da forma triangular.

Dica #2: Simetria

Uma dica que eu peguei deste post no Instagram, e achei muito boa, é sobre simetria e equilíbrio na aparência do personagem.

Quanto mais simétrica e equilibrada for a composição da aparência do personagem, mais estável e reservado esse personagem aparenta ser.

Quanto menos simétrica, mais o personagem aparenta ser extrovertido e caótico.

Um exemplo que pode trazer essa assimetria é utilizar linhas mais diagonais e menos paralelas tanto para roupas como para cabelos e acessórios em um personagem.

Num exemplo bem básico podemos comparar o design dessas duas personagens, Sakura (esquerda) e Hinata (direita) e notarmos como as linhas paralelas trazem uma certa simetria e as diagonais a sensação menos equilibrada.

Essa não é uma regra exata, ela é flexível.

Um personagem muito simétrico também pode aparentar ser meio sem graça.

Então cuidado ao seguir essa dica.

Pra mim o importância disso é mais como um “algo a mais” na composição do personagem.

A simetria pode ser usada para reforçar algo que as formas e outras dicas de character design já compõe o todo do personagem.

Dica #3: Fluência da silhueta

Mais uma dica deste post no Instagram que é ótima.

Como a silhueta de um personagem flui pode afetar bastante a impressão que as pessoas vão ter dele.

De maneira geral, se a forma de um personagem flui pra dentro, ela expressa uma personalidade reservada, moderada e madura.

Se a forma de um personagem flui pra fora, ela expressa uma personalidade extrovertida, infantil, pomposa e colorida.

Mas o que isso quer dizer? Fluir pra dentro ou pra fora?

Vamos ver um exemplo:

Neste exemplo de Norman (esquerda) e Emma (direita) de The Promised Neverland, vamos verificar apenas os cabelos, mas isso serve para qualquer acessório ou roupa também.

Norman tem as linhas fluindo pra dentro, como em uma espiral de fora para dentro. Enquanto Emma tem linhas fluindo de dentro para fora.

Apenas olhando de primeira, conseguimos identificar qual é o mais reservado e qual é o mais expansivo, não acha?

Obviamente que não é essa única característica que nos faz perceber isso de primeira, mas assim como a dica #2 é mais um reforço dessa impressão inicial que nós temos.

Dicas são apenas guias…

Essas dicas são uma forma de nos guiar na hora de criar o character design dos nossos personagens.

No final das contas o que realmente vai importar é como você acha que seu personagem deve se parecer.

Eu acredito que nossa intuição como artista sempre deve ficar acima de regras e guias na hora de criar.

Estudo tudo isso, character design, storytelling, diálogos, para que eles fixem na minha mente e que acabem sendo meio que parte da minha intuição na hora de criar minhas histórias em quadrinhos.

Dicas, tutoriais, cursos, são ótimos para isso. Para criarmos uma referência na mente que nossa intuição de artista possa usar no futuro.

Lembre-se disso!

Links úteis para você

Quem sou eu pra falar de character design?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso ComoCriarHQ.com. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

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Como criar HQs

Criatividade, desenho e perspectiva, personagens

Aqui eu respondo perguntas sobre criatividade, desenho e perspectiva, personagens, entre outros assuntos.

Através da aba Comunidade do meu canal, pedi para que os inscritos me fizessem perguntas para que eu gravasse um vídeo de respostas.

Foram perguntas bem interessantes e as vezes até bem complicadas de responder em um vídeo não tão longo.

Algumas eu precisaria de mais de uma hora de aula apenas para explicar os detalhes do que eu quis dizer com a resposta.

Mas mesmo assim, foram abordados pontos importantes sobre todos os assuntos.

As perguntas foram as seguintes:

Como funciona a edição de uma HQ?

Phone Guy

Qual é a melhor maneira de digitalizar um desenho pra vídeo sem ter que vetorizar redesenhando a imagem?

Leone Silva

Imagina que você tem 50 cadernos de desenho guardados há 10 anos, com um conteúdo feito por um amador que não sabe desenhar, mas mesmo assim fez uma história e guardou tudo nesses 10 anos… o que você faria com esse material?

Vitória Oliveira

Como ser mais criativo? Como se expressar mais?

Kauan Santos

Como fazer para o leitor ter entusiasmo para ler minha HQ? O que posso fazer para chamar a atenção do leitor? Como fazer uma capa chamativa?

Luiz Carlos Rocha

Quais livros você indica para melhorar o traço e perspectiva?

Mateus Oliveira

Como digitalizar minha hq?

THALISON Piff Puff

Como fazer para parar de procrastinar?

Wanderson Lord

Quando estamos criando uma história em quadrinhos, no momento que estamos decidindo como serão os personagens e talvez até os cenários e ambiente em que os personagens irão interagir, podemos dizer que estamos criando assim os Concepts Arts da HQ?

André Machado

Eu desenho todos os meus personagens com mesmo formato de rosto. como faço para fazer outros tipos de feições?

SHADOW ANIMATIONS

Fiz o possível para responder todos com o máximo de atenção e com tudo que eu poderia falar em um pequeno vídeo de Youtube.

Falar sobre criatividade, desenho e perspectiva, personagens, entre outros assuntos me deixa muito satisfeito, pois noto que as perguntas dos meus inscritos ficam cada vez mais maduras.

Para ver as respostas, assista o vídeo abaixo.

Os seguintes links foram citados:

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Quem sou eu pra responder sobre criatividade, desenho e perspectiva, personagens?

Meu nome é Marcus Beck e sou quadrinista e criador do curso HQ na Prática. Meu objetivo é trazer o máximo possível de informação sobre como criar uma história em quadrinhos.

Publiquei minhas webcomics (quadrinhos online publicados na internet) por mais de dez anos e aprendi muitas lições sobre o que deve ou não ser feito para que as HQs sejam as melhores possíveis.

Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)

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Personagens

Como desenhar o mesmo personagem várias vezes

Você já teve esse problema? Desenhar o personagem em um quadro e quando vai desenhar no outro quadro da página ele não parece o mesmo?

Uma coisa normal quando você começa a criar uma história em quadrinhos sem nenhum método (que é como todos nós começamos) é que você comece tudo já desenhando a página.

Isso é algo que já falei em vídeos no meu canal e também abordo no segundo módulo do meu curso.

Tá tudo bem começar assim.

Mas aí vem um comentário que sempre vejo no meu canal: “Não consigo desenhar o mesmo personagem igual em mais de um quadro da minha página.”

Acaba sendo difícil manter o padrão da aparência do personagem e você acaba tendo dificuldade para desenhar o personagem igual várias vezes seguidas.

Bem, isso acontece porque você está pulando etapas na criação da sua HQ… E eu falei sobre isso no vídeo que acabei de postar no meu canal do Youtube.

Assista aí embaixo. =)

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Quando eu comecei a criar meus quadrinhos eu gostaria muito que tivesse conteúdo sobre o assunto para que eu não tivesse que aprender tudo sozinho. É por isso que criei esse canal e também o meu blog, para ajudar quem está passando pela mesma situação que eu estive quando comecei.

Faço o possível para responder todas as perguntas, por isso fique a vontade para comentar com todas as suas duvidas. =)