em Crônicas

Ensinar Arte Marcial

Eu em 2005 (o que ta voando)

Sendo jogado em 2005

Desde o início de minha adolescência morei em Florianópolis. Lá conheci o Pa-kua e me apaixonei por arte marcial, algo que antes somente admirava em filmes e documentários.

Pouco mais de um ano praticando arduamente (leia 4 a 5 horas de treino por dia) tive a oportunidade de começar a ensinar. Não tinha maturidade suficiente para saber, ou até mesmo questionar, se podia ou não ensinar arte marcial. Era algo que almejava desde que entrei na escola de Pa-kua. Vendo hoje em dia, talvez em termos técnicos, eu não estava pronto para aquilo.

Depois de um tempo ensinando, larguei a informática, algo que trabalhava meio que por falta de opção, e passei a dedicar 100% do meu tempo à ensinar Pa-kua. Descobri que viver de arte marcial é um tarefa muito mais árdua do que treinar cinco horas por dia. Ganhar dinheiro com isso é muito complicado.

Vim para São Paulo cerca de um ano atrás, como havia uma escola de Pa-kua aqui e 11 milhões de possíveis alunos, as coisas seriam “mais fáceis”. Poderia receber mais para ensinar. E ralmente recebi. Mesmo assim, não era o suficiente para me manter e pagar minhas contas.

Praticando Jian 2006

Praticando Jian em 2006

Acabei voltando para a informática aqui mesmo em São Paulo. Minhas contas estão pagas e posso viver tranquilamente. Porém a paixão pela arte marcial é muito forte.

Pratiquei Boxe por um mês, visando melhorar a forma física, que está péssima desde que parei de treinar quatro horas por dia. Acabei desistindo do Boxe, pois gosto mesmo das artes orientais. Fiz aulas experimentais de Wing Chun, Jow Ga, Tai Chi Pai Lin, Haidong Gumdo e Hapkido. Hoje estou praticando Hapkido e iniciando no Kung Fu Garra de Águia.

Mas tudo isso somente serve para expandir minha mente e aumentar meu conhecimento do corpo e de técnicas de combate e defesa pessoal. Estou voltando para Florianópolis no início do ano que vem e pretendo continuar a trabalhar com a informática, estou até fazendo um curso de Java para arranjar um bom emprego por lá, mas quero muito voltar a ensinar Pa-kua, porém sem ter que sobreviver disso. Dessa vez, com o conhecimento extra que estou ganhando com as experiências em São Paulo e com mais de seis anos de prática ininterrupta de arte marcial, me sinto pronto de verdade para ensinar arte marcial.

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