Imagine se Deus fosse um de nós? Aparentemente foi com essa ideia que Carlos Ruas desenvolveu sua incrível série de tiras Um Sábado Qualquer.
Nela Deus convive com seus filhos mais “velhos” Adão e Eva, um casal típico e com problemas comuns, e mais recentemente com o psicopata Caim, primeiro filho do casal. O assassino de Abel é praticamente um carrinho de bebê com péssimo temperamento.
O todo poderoso mais humano das webcomics está sempre em interação com personagens realmente existentes, como o Papa, Nietzsche, Niemeyer, entre outros. Interações estas que criam as situações mais engraçadas possíveis, de gargalhar na frente da tela do computador.
Atualizada constantemente, com uma arte de qualidade, com tiradas cômicas ótimas e muitas vezes com algo para se pensar, Um Sábado Qualquer vale a visita e ainda mais, vale a leitura de todo seu arquivo de tiras!
A partir desta semana o e-Comic, site que divulga webcomics nacionais através de resenhas semanalmente, passará a ser uma “seção” do Beck Art. Ficará mais fácil de manter e, como tenho muito mais visitas aqui, será uma maneira de divulgar mais as webcomics resenhadas.
Inicio passando os links para as resenhas já publicadas no site:
O site e-Comic acaba de disponibilizar a resenha da webcomic O Robô de Euclides. Leia um trecho:
Fabio Ciccone, autor de Magias & Barbaridades, webcomic com maior número de indicações do e-Comic, iniciou pouco tempo atrás uma nova webcomic, que ele leva paralelamente ao M&B. Esta hq online chama-se O Robô de Euclides e serve como uma válvula de escape criativa para o autor.
Euclides é um cientista que está sempre construindo algo diferente e inovador. Até aí, nada demais. O que pega nessa história é exatamente o que o slogan dela diz: “Convenhamos, ninguém ia ler uma hq sobre um cientista se ele não tivesse um robô maneiro“.
Entre agora e confira o resto da resenha e mais informações sobre esta webcomic!
Apesar de Tailer #9 já ter algumas páginas produzidas eu dei uma parada com ela no momento. Estou trabalhando em duas outras hqs atualmente.
Uma, mais séria, se chama Últimos Humanos e tem roteiro de Marcos Gratão. Faz parte de um projeto que envolve vários desenhistas e fui convidado para participar desenhando um dos capítulos. Segue abaixo ilustração que fiz dos personagens que aparecerão na minha parte da mini-série.
Porém, também terei que dar um pause nela durante este final de semana, pois estarei trabalhando nas páginas do game ZMK, brincadeira entre os participantes do Fórum ZineMax.
O ZineMax Kombat consiste em um “campeonato” entre os personagens dos participantes do fórum, no meu caso criei um na hora da inscrição. Usei o desenho dele para o mini-tutorial de pintura digital.
Cada participante desenhará o combate com seu oponente. Quem vencerá é decidido através de votos entre todos os participantes do fórum. Como temos só até semana que vem pra desenhar as 3 páginas, irei trabalhar nisso durante o final de semana.
Ou seja, por ordem de prioridade, trabalharei no ZMK primeiro e depois continuarei as 5 páginas que faltam pro Últimos Humanos e aí Tailer #9 com força total! =)
Estou aqui para mostrar o processo de pintura que costumo utilizar quando resolvo pintar alguma coisa. Como são casos raros, eu não posso me considerar um tutor para esse tipo de coisa, então chamemos apenas de demonstração de processo utilizado e não de tutorial, ok?
Edição: Adicionei, a pedidos, os screenshots das ferramentas e ações que utilizei nesta colorização.
Primeiro passo
Após scanear o desenho em 150 dpi e abrir no Photoshop, duplique a camada (ou layer) e deixe o Plano de Fundo (ou background) todo branco. Eu aconselho que se utilize a ferramenta (Imagem/Ajuste) Brilho e Contraste do Photoshop. Movendo o ponteiro do contraste para a esquerda percebe-se que o lineart vai ficando mais escuro. Eu particularmente acho mais interessante assim.
Segundo Passo
Depois disso, coloco a camada com o desenho como multiplicação (ou multiply) nas opções, o que faz com que ela seja transparente, e crio outro layer embaixo dela, logo acima do Plano de Fundo.
Neste layer começamos a colorir a imagem. Eu utilizo a ferramenta Laço Poligonal (apertando o L você vai direto pra ela) para selecionar por cima das linhas do desenho e definir cores base para as áreas desejadas.
Terceiro Passo
Criamos uma camada acima da base e abaixo do desenho para as sombras.
Agora começa a parte mais complicada. Cada um escolhe a melhor maneira de fazer as luzes e sombras em seu desenho.
No meu caso, eu seleciono a área inteira e uso o mouse com a ferramenta Pincel (ou Airbrush) para ir fazendo as sombras, como se estivesse utilizando um pincel numa folha. Depois vou usando a borracha para tirar os excessos e melhorar as formas.
Também pode-se usar a ferramenta do Laço Poligonal para selecionar as áreas de sombra e adicionar as cores mais fortes nelas.
Quarto passo
Agora, seguimos a mesma ideia do terceiro passo para adicionar as luzes. Criamos uma camada diretamente a cima da camada de sombras e seguimos inserindo as luzes.
Quinto passo
Agora adicionamos um fundo e os detalhes finais que queremos dar (como no caso da arraia voadora no fundo deste) e voíla! Ainda dei um toque utilizando o filtro artístico Pincel a Seco nas luzes e sombras, para parecer mais naturais.
Concluindo
O que posso dizer depois de anos lendo tutoriais na internet e testando tudo que podia para tentar colorir no computador (quem me dera fazer um curso com o Rod Reis um dia), cheguei a conclusão de que nada melhor do que experimentar e continuar experimentando.
Espero que tenham gostado do mini-tut… er, quer dizer, da Demonstração de processo de pintura digital!